sábado, 23 de maio de 2009

“Gestão” Kassab: boquinha e privatização

>

Kassab quer vender o patrimônio da prefeitura e endividar mais a cidade. O pretexto é a crise, mesmo tendo arrecadado até agora um pouco a menos que no ano passado (0,7% a menos que no primeiro quadrimestre de 2008 que foi o melhor das últimas décadas. Mas, mesmo esse 0,7% a menos é relativo, pois no mês de abril parte do ICMS que vai para à município não foi contabilizado, por conta dos feriados). As obras e investimentos da prefeitura estão contingenciados e o dinheiro da arrecadação está no banco.

Os pretextos de Kassab, difundidos como verdade por alguns jornais, permitem também criar mais cargos para o apetite eleitoreiro de José Serra. A famosa boquinha que já fez da atual administração a maior criadora de secretarias da história da prefeitura de São Paulo. São 28 secretarias para abrigar os correligionários e amigos.

Agora mais uma empresa será criada,  já prevista para vender o patrimônio desde a época em que Serra era prefeito e a crise não existia. A boquinha vai, pelo jogo de cadeiras,  para o PV.

A privatização está no DNA dos demo-tucanos e sempre a primeira ideia é vender o patrimônio público, a segunda é favorecer com algum negócio os amigos empresários e a terceira é a boquinha para os aliados.

Para travestir seus objetivos, pretextos -”finanças abaladas pela crise”-, generosamente divulgados por alguns setores da mídia.

O álibi agora é a crise -fazer obras e creches (obras e creches contingenciadas, apesar do dinheiro da prefeitura estar abondante dando lucro para os bancos). Antes era “eficiência e modernidade”. Luiz Favre.

http://www.portalzonanorte.com.br/conteudos/375.JPG

Kassab cria companhia para captar dinheiro para obras

Empresa poderá vender imóveis do município avaliados em R$ 300 milhões

Secretário estadual de Assistência Social ficará encarregado de montar a companhia, e seu cargo será destinado ao PV

CATIA SEABRA - FOLHA SP
DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), criou uma empresa para captar recursos para a prefeitura. A nova companhia ficará com o patrimônio do município para eventual venda ou uso como garantia para empréstimos.
A empresa será presidida pelo secretário estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, Rogério Amato, que deixará o governo José Serra (PSDB) para montar a companhia.
O papel da empresa será a captação de investimentos, num momento em que a crise econômica abala os cofres da prefeitura. No primeiro quadrimestre, o município teve perda real de arrecadação de 1% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em meio à crise, a ideia é assegurar o cumprimento de promessas de Kassab, como a criação de 400 creches na cidade.
A criação da empresa foi autorizada em 2007 pela Câmara Municipal. Para ela serão transferidos imóveis do município avaliados em R$ 300 milhões. A companhia terá ainda um reforço de mais de R$ 1 bilhão de créditos que a prefeitura tem a receber.
A prefeitura poderá vender os imóveis. O dinheiro recebido poderá ser aplicado diretamente em obras ou como garantia nos projetos em PPPs (Parceria Público-Privada).
Mesmo que não sejam vendidos, esses imóveis servem de lastro para as parcerias. São a segurança de que o município poderá honrar seu compromisso nas PPPs.
Além disso, a companhia poderá obter empréstimos dando como garantia créditos que a prefeitura tem a receber. O município pode, por exemplo, usar títulos da União, que só deverão ser pagos no futuro. Ao antecipar a venda, a prefeitura arrecada menos do que oficialmente eles valem.
Essa operação possibilita que a prefeitura contraia dívida acima do limite fixado pela lei. Mas, para isso, também há um teto: de até 1% da arrecadação do município.
O projeto de criação da companhia foi enviado à Câmara na gestão de José Serra, antecessor de Kassab na prefeitura. À época, a intenção era vender os imóveis para pagamento de fornecedores do município.
O diretor do conselho da Agência Estadual de Desenvolvimento, Cláudio Vaz, também trabalhará na companhia, que ficará subordinada à Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social.
A cadeira de Rogério Amato na secretaria que ocupa hoje será destinada ao PV. Apesar da boa relação com o secretário, o governador José Serra aproveitará a mudança para acomodar os verdes no seu gabinete.
Potencial candidato ao Planalto, Serra poderá atrair um aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cenário nacional para seu governo.
>
Fonte: Blog do Favre

Nenhum comentário:

Postar um comentário