quarta-feira, 31 de março de 2010

Eduardo Guimarães - Essa luta precisa de foco






 



Foi uma surpresa a descoberta de que a Polícia Militar de São Paulo infiltrou um “agente” entre os professores que vêm protestando contra o governo José Serra, mas essa foi só a última gota para se concluir que o candidato do PSDB à Presidência da República e o seu aparato propagandístico constituem uma ameaça à democracia.

Enquanto Serra e seu grupo político se limitaram a usar Globos, Folhas,Vejas e Estadões para acusar adversários e defender suas posições contra o governo Lula, não era nada. O problema é que agora, não contente em calar seus adversários, o proto-ditador paulista está partindo para a violência e para a intimidação jurídica.

Os professores em passeata não ameaçaram a integridade de nada nem de ninguém, mas isso não impediu o governador do Estado de mandar a PM espancá-los simplesmente por exercerem o direito constitucional de reunião e de manifestação.

Se a manifestação dos professores fosse reprimida na Venezuela ou se o governo Lula reprimisse manifestação de alguma entidade contra si, as concessões públicas de mídia eletrônica e a imprensa escrita chamariam as repressões de “ditatoriais”.

Mas, além do espancamento de professores por sua polícia, agora o governador paulista decidiu tornar ilegal a sociedade civil se organizar e protestar contra ele, conforme dá conta a imprensa ao noticiar que o PSDB irá à Justiça Eleitoral contra a Apeoesp e outros sindicatos que eventualmente decidam ir à rua para protestar contra os baixos salários do funcionalismo estadual.

Chega-se, pois, à incrível situação de Serra atacar o sindicalismo exatamente como o regime militar atacava, usando violência física e proibições judiciais contra manifestações.

A imprensa, que simplesmente não expõe Serra de forma nenhuma e que se recusa a veicular qualquer questionamento direto a ele, acusa os sindicatos de serem “petistas”, como se um dirigente sindical ser vinculado a um partido político fosse crime.

Ao mesmo tempo em que a Justiça Eleitoral, intimidada pela mídia de Serra, multa o presidente Lula por supostamente “fazer campanha antecipada”, e ao mesmo tempo em que a mesma mídia acusa o mesmo presidente da mesma coisa, o governador paulista não sai da tevê fazendo campanha eleitoral escancarada e ninguém diz nada. Isso sem falar na propaganda do governo de São Paulo em outros Estados, que até hoje permanece impune.

Se o PSDB denuncia os sindicatos à Justiça porque eles receberiam dinheiro público para se contraporem a Serra, por que o PT também não processa a mídia, que também recebe muito dinheiro público, por fazer campanha eleitoral em favor do governador ao blindá-lo contra questionamentos públicos e ao lhe defender cada uma das teses enquanto acusa seus adversários?

Agora vamos transpor essa situação para um eventual governo federal presidido por Serra. Imaginem um governo que a mídia se recuse a questionar como acontece em São Paulo. Ao mesmo tempo, essa mídia voltará suas baterias contra a oposição tachando suas ações de sabotagens ao país exatamente como fazia quando FHC governava.

Em um governo desses, quem sair à rua para protestar contra alguma coisa, além de apanhar da polícia ainda será processado na Justiça e difamado pela mídia. Para mim, portanto, o Brasil mergulhará em uma autêntica ditadura. E como não pretendo assistir calado ao nascimento de uma ditadura, quero fazer um alerta.

Sindicatos como a Apeoesp têm um incrível poder de mobilização, mas desperdiçam tempo fazendo atos públicos contra Serra porque, sob a desculpa de “defender o governador”, a Polícia dele parte para a agressão e sua mídia esconde essas manifestações.

É aí que me lembro do Movimento dos Sem Mídia, ONG fundada com leitores deste blog em 2007. Várias vezes conseguimos reunir algumas centenas de pessoas. Imaginem vocês se a Apeoesp e outros sindicatos tivessem se juntado ao ato contra a Ditabranda da Folha e colocado dezenas de milhares de manifestantes na Barão de Limeira...

Onde estavam esses sindicatos em um momento em que poderiam ter denunciado que a mídia serve a Serra? E por que ainda não fizeram uma grande manifestação contra a Globo e o resto por esconderem os protestos dos professores ou por deturparem e mentirem sobre ele, transformando reivindicações justas em meras ações políticas e até “ilegais”?

Vivemos um momento um tanto quanto assustador, no Brasil. Um governo nacional presidido por Serra se converterá em uma verdadeira ditadura e tenho a impressão de que o PT, o presidente Lula e a ministra Dilma não estão sabendo avaliar corretamente o risco que o governador de São Paulo representa para a democracia.

Em minha opinião, a sociedade civil organizada deve ocupar as ruas para protestar contra o uso político de concessões públicas de rádio e tevê em favor da candidatura de José Serra à Presidência da República. Se conseguíssemos colocar na rua aquelas dezenas de milhares de pessoas que se viu na avenida Paulista, em São Paulo, só que protestando contra a mídia, as coisas começariam a mudar neste país.

Mas quem viria conosco? Será que Apeoesp, CUT e tantos outros abririam mão do protagonismo em favor de uma manifestação contra a mídia que não pudessem vincular a partidos? Se o MSM, que não tem qualquer ligação partidária, convocasse um ato público exclusivamente contra a mídia, será que conseguiria fazer o que fez a Apeoesp em São Paulo nas últimas semanas?

Entidades como a dos professores precisam entender que a força de Serra está na mídia. É ela que lhe permite manter CPIs bloqueadas e criminalizar movimentos sociais e reivindicações justas como a do funcionalismo.

Se não houver foco sobre quem combater, o país correrá o risco de ser atirado em um regime no qual protestar será coibido por métodos que nada deverão aos da ditadura militar em que a mídia atirou o Brasil há 46 anos. Afinal, ninguém pode garantir que as armas midiáticas da direita não surtirão efeito novamente.

Kassab gasta R$ 30 milhões em publicidade de turismo em 8 Estados




E ai! já percebei que vc caiu num tremendo golpe publicitário...

Então! Sorria meu bem, Sorria...



Nenhuma intervenção licitada contra as enchentes que alagaram a cidade nos últimos meses, por exemplo, saiu tão cara quanto os dois contratos publicitários.

AE – Agência Estado

Nos três primeiros meses deste ano, os dois maiores contratos assinados pela gestão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), não foram nas áreas de Educação, Saúde ou Transporte, o “tripé” prioritário no Plano de Metas 2009-2012. Para divulgar a “São Paulo turística”, o governo chamou, por R$ 30 milhões, duas gigantes publicitárias, ambas com contratos milionários já assinados com a administração estadual de José Serra (PSDB).
As contratadas são a Lew Lara, que por R$ 19 milhões já responde pela Sabesp, e a Propeg Comunicação, responsável por parte da divulgação da CPTM, por R$ 14 milhões. Os dois contratos semestrais com a Prefeitura, de R$ 15 milhões cada, feitos por meio de licitações, preveem a produção de vídeos, informativos e campanhas sobre a cidade que já circulam em oito Estados do País.
Os R$ 30 milhões da propaganda representam 10% do valor total, de R$ 133 milhões, de todos os novos contratos assinados pelo governo municipal desde janeiro, conforme indica o site De Olho nas Contas. Nenhuma intervenção licitada contra as enchentes que alagaram a cidade nos últimos meses, por exemplo, saiu tão cara quanto os dois contratos publicitários. O terceiro contrato de maior valor, para o fornecimento de produtos hospitalares, custou R$ 11,3 milhões.


Recorde

Até o fim do ano, Kassab pretende gastar a quantia recorde de R$ 126 milhões com publicidade. Esse montante, segundo o prefeito vem argumentando desde dezembro, será investido principalmente em campanhas de prestação de serviços, como no combate à dengue e em informações sobre a coleta de lixo. Os gastos com propaganda já haviam crescido de R$ 39 milhões, em 2008, para R$ 90 milhões, no ano passado.
Para o presidente da São Paulo Turismo S.A. (SPTuris), Caio Carvalho, o turismo também se enquadra como prestação de serviços, uma vez que o setor apresentou nos dois primeiros meses do ano um crescimento inédito de 37,5% no volume arrecadado somente em hospedagens na rede hoteleira, ante os dois primeiros meses do ano passado – salto de R$ 19,2 milhões para R$ 24,3 milhões, turbinado principalmente pela realização da prova inédita da Fórmula Indy, da Campus Party e do carnaval.
Até o fim do primeiro semestre, de acordo com Carvalho, o calendário paulistano terá a Virada Cultural (15 e 16 de maio) e a Parada Gay (6 de junho), o que torna necessária a divulgação da capital. “Nós fomos bombardeados pela mídia com o noticiário sobre as enchentes. E, mesmo assim, o início do ano teve um desempenho recorde. Com certeza será o melhor ano da história do turismo em São Paulo e precisamos fazer a divulgação do nosso calendário. Não é um gasto para divulgar o governo”, argumenta o presidente da SPTuris. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Favre - Serra não se enxerga


http://img.estadao.com.br/fotos/99/F1/BD/G99F1BDAA9527445EBF0D39C57FD66393.jpg
Comentei ontem e volto ao assunto hoje. “Serra reduz imposto do setor têxtil e ataca Lula”, é a manchete do artigo no Estadão. No artigo nenhuma referência é feita ao fato que o setor têxtil reclamava essa redução desde 2003 e nada é dito sobre o fato de Serra ter deixado passar um ano e meio desde o começo da crise internacional, para finalmente adotar a medida, já com o impacto da crise no Brasil superada.
No seu discurso auto-elogioso e crítico do governo federal, Serra disse que “o Brasil não se defende tanto quanto seria necessário”, mas enquanto o governo federal convidava os brasileiros a responder à crise consumindo e desonerava o IPI dos carros e dos eletrodomésticos, além de numerosas outras cargas tributárias, Serra permanecia insensivel à demanda do setor têxtil de São Paulo que reivindicava que o ICMS do setor passasse de 12% para 7%. (ver Serra acorda e com mais de um ano de atraso reduz ICMS da indústria têxtil).
Como indica o artigo da Folha SP (ver a seguir), outros Estados assim procederam e Serra foi a reboque dos demais. Volto a repetir, com mais de um ano de atraso em relação a crise.
Para o Brasil se “defender tanto quanto seria necessário” foi preciso um presidente como Lula, estadista reconhecido com tal pelo mundo inteiro e não um pusilânime administrador sem visão, que só reduz o ICMS do têxtil quando seu interesse eleitoreiro se manifesta, como alavanca para sua campanha eleitoral e que ficou insensível aos problemas do setor durante todo seu governo.
Um setor, o têxtil, que emprega 500 mil pessoas no Estado, segundo dados daFolha.
Luis Favre

sábado, 27 de março de 2010

Blog do Mello - Manchetes impagáveis (pois já estão pagas) do PIG




Hoje, no Globo:





Se fosse no boxe seria: Queixo entra em confronto com luvas no ringue.

Agora, o resto da matéria porcalística. Repare que desde o título os professores são tratados como "grevistas", "de sindicatos ligados à CUT e ao PT", "manifestantes". Mas, no penúltimo parágrafo, já ficamos sabendo que "A partir da primeira palavra de ordem, os PMs obrigaram o grupo a recuar". E, no último, o texto afirma o oposto do que está no título. Os professores estavam parados e foram agredidos pelos policiais.


Ao inaugurar ontem à tarde uma unidade de atendimento de doentes mentais em Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), foi recebido com um protesto de professores grevistas da rede estadual — de sindicatos ligados à CUT e ao PT —, que gritaram palavras de ordem e até chamaram o tucano de ditador.

Cerca de 30 manifestantes entraram em confronto com um pelotão de 40 PMs, que usaram cassetetes, spray de pimenta e escudos para evitar que eles invadissem área restrita. Quatro professores foram presos. A categoria está em campanha salarial desde a semana passada.

Mesmo com um forte esquema de segurança, os manifestantes chegaram ao local da cerimônia, cercado por grades, onde Serra inaugurou o Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental. A partir da primeira palavra de ordem, os PMs obrigaram o grupo a recuar.

Quando os professores, que também levaram apitos, pararam de recuar, os policiais passaram a empurrá-los e o confronto começou.


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Desabafo de um Mestre!






Esse ano não recebi bônus. Motivo? talvez as minhas 15 faltas do ano passado. Mas minha questão não é receber bônus e sim, discutir algo mais profundo. Faltei sim, pois, como estudante de mestrado e PESQUISADOR em educação estava participando de vários congressos. E participei com muito orgulho de ser PROFESSOR da rede pública. Participei de cursos, com gente importante, fui aceito em congressos, simpósios, grupos de pesquisas ...enfim, arrebentei minha cabeça de tanto pensar a educação. Do ponto de vista acadêmico, estou feliz. Mas agora a pergunta: o que isso acrescenta na minha carreira profissional? Todas as faltas - que eu tentei justificar como formação - foram descontadas.

Poxa vida! Não dizem que o professor da escola pública é péssimo? Pois então quando provo publicamente minha competência qual o retorno de tanto esforço?
( Sem contar o esforço em sala de aula!) Faltas descontadas, nenhum reconhecimento por conta disso, silêncio. Nenhum incentivo. Voltava dos congressos com mais vontade, louco para socializar meus conhecimentos novos, minhas descobertas. Tenho um posicionamento ético frente minhas faltas: faço questão de dar um retorno para minha escola e comunidade, primeiramente com meus alunos, em sala de aula, e depois, por meio daquilo que venho chamando de formação continuada dentro da escola, oferecendo palestras, mini-cursos, depoimentos onde eu possa repassar aquilo que tenho vivenciado e aprendido. Faço isso com muito prazer. Mas não é fácil: isso tem um custo mental, financeiro, emocional.

As coisas não param por aqui, pois a última é a seguinte:

Submeti um trabalho para um congresso de arte e educação a ser realizado na Finlândia. Meses depois recebo uma carta de aceite. Isso é besteira? Um professor da escola pública tem seu trabalho aceito para um congresso internacional na Finlândia! Será que esse professor não tem nada a aprender na Finlândia cujo sistema de ensino é considerado um dos mais avançados no mundo? E porque será que esse professor da escola pública brasileira, por sua vez, foi aceito para apresentação de trabalho nesse país?

Qual o retorno disso tudo? Você imagina o que me sucede quando abro meu holerite e vejo lá: Faltas: 5. Penalizado porque estava no Congresso da Associação Nacional de Pós-Graduação em EDUCAÇÃAAAAAAOOOO!!!!


Ok, sou pago para estar em sala de aula. E não para participar de congressos...alguém poderia facilmente calar minha boca. Sinceramente, não ligo para os descontos dos dias não trabalhados...( me fazem muita falta! ) mas eu só queria que isso pudesse ser aproveitado de alguma maneira, sei lá, pontos, honra ao mérito...

Sabe...ai eu penso no meu aluno...que talvez o relatos das viagens, o sabor de novas terras conquistadas por causa do estudo, talvez isso o estimule a estudar mais...que eles percebam que estudar vale à pena...

Penso que meu aprimoramento como intelectual e profissional da educação é meu modo de protestar. Eu penso a educação, produzo conhecimento...se isso tem algum valor aqui, não sei... sei que, pelo menos o "Rovaniemi-Lapland Congresses University of Lapland" reconhece esse fato...

Torno público tudo isso ou me calo de uma vez por todas?


Professor Anônimo com receio de retaliações por parte do Sr. José Serra.

Governo Serra altera classificação das notas para elevar médias


Essa história de melhoria da nota do IDESP está muito mal contada. Em fevereiro, quando a Secretaria de Educação divulgou as notas das provas do SARESP, que é a base de cálculo do IDESP, os resultados foram pífios. Houve, na época, inclusive a suspeita de alteração de critérios de classificação, conforme denúncia do Jornal Agora:
27/02/2010 – Agora

Governo Serra altera classificação das notas para elevar médias

A gestão José Serra (PSDB) modificou a classificação do Saresp para elevar as médias dos alunos. Se o modelo utilizado no ano passado fosse mantido, nenhuma das séries avaliadas teria superado o conceito básico
Adriana Ferraz
do Agora

A gestão José Serra (PSDB) modificou a classificação do Saresp para elevar as médias dos alunos. Se o modelo utilizado no ano passado fosse mantido, nenhuma das séries avaliadas teria superado o conceito básico.
Pelo novo sistema, a Secretaria de Estado da Educação reduziu o número de notas dentro de uma escala que vai de zero a 500 pontos. Até 2008, o exame oferecia quatro conceitos: abaixo do básico, básico, adequado e avançado. Agora são apenas três. O básico e o adequado transformaram-se em suficiente, puxando a média para cima.

As imagens falam por si só!












Nassif - O fim da TV Cultura nacional



Até pouco tempo atrás, a TV Cultura de São Paulo era cabeça da enorme rede de TVs educativas estaduais. O Jornal da Cultura capitaneava o horário nobre, acompanhado pelos demais programas.
Foram vinte anos de esforços para conseguir esse feito.
Fora de São Paulo, o alcance da TV Cultura era tal que, em um carnaval no Recife, anos atrás, surpreendi-me por ser tão reconhecido pelo público quanto o governador Mendonça Neto, que me acompanhava.
Paulo Markun conseguiu jogar fora o último ativo valioso da empresa.
Primeiro, pela incapacidade de fixar uma grade de programação – tarefa que caberia ao Gabriel Priolli. Depois, por ter permitido interferência total do governo do Estado, tirando o caráter nacional da cobertura do jornal, transformando-o numa sucursal do Palácio Bandeirantes, culminando com o afastamento do jornal do âncora Heródoto Barbero, um dos mais premiados do país. Seguiu-se o desmonte do jornalismo da Cultura com a descontinuidade de diversos programas. Finalmente, a pá de cal, ao decidir cobrar pela retransmissão dos seus programas.
Consequência: a programação da TV Cultura deixou de ser retransmitida por todas as emissoras estaduais. É possível que o Roda Viva e um ou outro programa consigam espaço. Mas, a voz de São Paulo no Brasil calou-se. Sobraram as propagandas da Sabesp.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Obras na Marginal Tietê - Bilhões investidos e nenhuma prioridade ao transporte coletivo







É triste ver todos os dias o povo paulistano perdendo cerca de uma hora para andar poucos quilômetros da nova marginal tietê. Apesar do grande volume de recursos investidos, fica cada vez mais claro que o objetivo é priorizar o transporte individual. A sensação fica mais forte ao ver que nas pistas laterais, onde os ônibus coletivos se amontoam com os fretados, a busca de alternativas para fugir do caos é inútil. Ficamos condicionados entre os guard-rails.
Eles não falam, mas visivelmente o projeto foi concebido para que futuramente se cobre pedágio na pista expressa, é questão de tempo. É passar as eleições e teremos esse presentinho. Mas pelo menos na propaganda tudo está funcionando direitinho.

SERRA E KASSAB, A DUPLA QUE CONSEGUIU ACABAR COM SÃO PAULO!



domingo, 21 de março de 2010

Em busca de reconhecimento e identidade: A greve na Educação Pública no estado de São Paulo







ESCRITO POR WELLINGTON FONTES MENEZES   
20-MAR-2010

Para que a mobilização atinja o êxito necessário, é fundamental a adesão massiva dos professores nesse processo. Naturalmente, ampliando o número de participantes que engrossa a fileira da paralisação, o governador José Serra e seu fiel amigo e secretário da Educação, Paulo Renato, não terão como continuar a saraivada de deboches irresponsáveis contra a categoria docente. Serra vem praticando o jogo do "faz-de-conta que não existe" com a greve dos professores do estado de São Paulo e se recusa peremptoriamente a negociar. Um cínico teste de resistência que o governo aplica para medir a capacidade de mobilização dos professores.

A grande participação dos professores na assembléia do dia 12 de março mostrou a face da indignação da categoria. É pertinente ressaltar que somente a mobilização dos professores e o esclarecimento da população sobre a pauta de reivindicação da categoria poderão garantir fôlego para continuar a manutenção da greve e sua crescente ampliação. Sublinha-se ainda que, muito além de uma óbvia reivindicação salarial, a luta urgente e inadiável deverá ser por um novo modelo de Educação Básica.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP), assim como o próprio governador Serra, zombam dos professores dizendo que a greve é "política" e realizada por um punhado de descontentes. Como se não fosse "político" o descaso irresponsável dos tucanos com a Educação. E como não ser "político" o ato natural de gritar pela sobrevivência? Como não é de causar estranheza o falso modelo de democratização da informação aonde toda a grande mídia vem apoiando as nefastas políticas neoliberais, estampando passivamente em seus jornais e noticiários televisivos a versão governamental sem os mínimos critérios que mereceria qualquer denominação vulgar de "jornalismo democrático". A deturpação esboçada em perdulárias campanhas publicitárias do governo falseia a realidade e logra a boa-fé e desinformação de números expressivos da população.

Obviamente, toda grave é profundamente política. Assim como todas as decisões dos atores sociais possuem raízes essencialmente políticas. Portanto, todo movimento político não é passível de terceirização ou de se tornar espectador das decisões na cômoda arquibancada. Cada professor é um militante nesta batalha pela dignidade profissional e auto-estima de sua própria condição humana.

Toda alienação permite a virulenta eclosão de espasmos ininterruptos de opressão, despotismo e barbárie. É muito fácil fingir a aneurisma profissional, incutir um olhar rasteiro para os lados ou recitar os velhos chavões da passividade irresponsável do inútil reacionarismo. A alienação engrossa a fileira da miséria humana. Enquanto muitos professores, de forma ingênua ou resignada, acreditam que seja "normal" trabalhar em condições subumanas, de violência cotidiana e precariedade alarmante com uma remuneração cada vez mais irrisória e defasada, o sistema educacional sistematicamente gangrena e apodrece. Para o professor que se julga "profissional", cabe participar do cenário de decisões sobre duas distintas saídas: submeter-se à ordem da calamidade educacional patrocinada há anos por sucessivas gestões acéfalas do PSDB ou lutar por reconhecimento de sua própria identidade e sua condição de existência.

Um movimento grevista não é o fim, mas tão somente um meio de lutar pela construção de um espaço reivindicatório de sobrevivência diante da arbitrariedade. Infelizmente, diante do impasse promovido pelos governos do PSDB e a notória falta de compromisso histórico com a Educação pública no estado de São Paulo, não há outro meio de pressão democrático, digno e persuasivo a não ser a continuidade da greve. Uma greve cujo objetivo é a sobrevida da categoria docente em prol de um novo modelo educacional. Sem direito a recuos ou desistências, a ordem é a ampliação do poder transformador que somente a mobilização popular pode construir no interior de qualquer sociedade.

Wellington Fontes Menezes é professor da rede pública.

Governo Serra: o desastre da Educação em números




A Receita total aumentou significativamente, para o Governo Serra, sem o correspondente aumento do orçamento da Educação.
O Governo Serra não prioriza a educação e a saúde e sim as obras que dão visibilidade.
Ainda assim, se o Serra mantivesse o percentual do período 2002-2005 o orçamento da Educação teria dobrado, permitindo pagar salários decentes aos professores.
A seguir apresento o gráfico com os percentuais da Educação em relação à Receita total.

***
Os gráficos que apresentamos nesse trabalho foram processados pelo DATAFBI, a partir de dados extraídos dos Projetos de Lei Orçamentária do Governo de São Paulo, no período 2002-2010.
Todos os valores foram atualizados para 2010, pelo IPCA.
Com esses gráficos, encerramos a série sobre o desastre da Educação em números.
A próxima sequência será relativa á Saúde.
Sempre lembrando que esses números devem ser divulgados amplamente, via internet, porque as Organizações Serra não irão fazê-lo.

Brizola Neto - Pedágio na Dutra não subirá, que escândalo!


A Folha de S. Paulo publica hoje uma matéria que tenta criar intrigas políticas com a Ministra Dilma Roussef com o fato de  que a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT, reduziu a base de cálculo do pedágio da Dutra e, com isso, o preço cobrado nas praças de pedágio não será reajustado ou pode sofrer, ainda, uma pequena redução.

Apesar da ANTT informar que essa redução se dá pelo início da cobrança em Seropédica (RJ), determinada pelo TCU, e pela cobrança bidirecional em Parateí (SP), o jornal (aqui, para assinantes) especula sobre “ingerências” políticas  na decisão.
Folha devia procurar escândalo é nos pedágios paulistas.
O pedágio para percorrer os 402 km da Dutra, do Trevo das Margaridas, no Rio, até a ponte de acesso à Marginal Tietê é de R$ 36,60. E é caro.
Já o cidadão que sai de Indaiatuba, via Campinas, para São Paulo, anda 99 km e paga R$ 21.
Por quilômetro, o preço na Dutra é de R$ 0,091, Na viagem de Indaiatuba a São Paulo, R$ 0,212. Exatos 133% mais caro.
Essa gente gosta de um pedágio. Meu avô sempre falava da luta que foi para evitar o pedágio na Linha Vermelha. O BNDES recusava-se – no Governo Collor e depois Itamar – a dar financiamento para a obra se não houvesse pedágio. Ele fincou pé e recusou-se a aceitar. propôs até que, alternativamente, se cobrasse um dólar a mais na taxa de embarque do Galeão – servido pela Linha .  A Infraero e os “juristas”  bloquearam e acabou ficando sem pedágio, graças a Deus.
Já imaginaram que sacrifício para o povo da Baixada e que confusão para o trânsito cada vez mais intenso?

sábado, 20 de março de 2010

Jovem Pan AM - A rádio do Serra!





JÁ SE FOI O TEMPO EM QUE INICIAR AS MANHÃS

OUVINDO A RÁDIO JOVEM PAN

ERA UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA

NA CIDADE DE SÃO PAULO.


TRAZIA AO POVO AS INFORMAÇÕES IMPORTANTES

PARA O DIA A DIA DA CIDADE

NARCISO VERNIZE SEMPRE AJUDAVA

NA ESCOLHA DA ROUPA E NA PREVENÇÃO

DOS DIAS CHUVOSOS.



OS EDITORIAIS LEVAVAM EM CONTA 

A PREOCUPAÇÃO COM A POPULAÇÃO

OS PARÂMETROS ÉTICOS ERAM EVIDENTES!



HOJE O QUE RESTOU?



UMA RÁDIO MANIPULADA PELO MARKETING POLÍTICO

80% DAS PROPAGANDAS TRANSMITIDAS

PELA RÁDIO SÃO DO GOVERNO DO ESTADO.



CHEGA SER CANSATIVO AO OUVINTE

TAMANHA REPETIÇÃO DE PROPAGANDAS

VANGLORIANDO O GOVERNO DO ESTADO

E CONSECUTIVAMENTE O GOVERNADOR CANDIDATO.



AS OPINIÕES DO JOSÉ NEWMANE SÃO ATAQUES

RAIVOSOS E INCOERENTES AO GOVERNO FEDERAL



NEM MESMO A PROGRAMAÇÃO ESPORTIVA ESCAPA

(UMA DAS POUCAS QUE AINDA OUVIA)



LIGUEI NESTE SÁBADO PELA MANHÃ

E ME DEPAREI COM O FLÁVIO PRADO

LIXANDO PUBLICAMENTE UMA DAS CATEGORIAS

QUE MAIS RESPEITO A DOS PROFESSORES.



RESPEITO PORQUE ELA LEVA A CULPA PELA 

TRUCULÊNCIA DE UM GOVERNO TUCANO LIBERAL

QUE ACABOU DE VEZ COM O ENSINO PÚBLICO NO ESTADO.



O GOVERNADOR JOSÉ SERRA

É O REI DO MARKETING

ALEGRA AS EMISSORAS DE RÁDIO E TV

COM FARTAS VERBAS PUBLICITÁRIAS

E ESQUECE O BÁSICO.



AFRONTA A CATEGORIA DOS POLICIAIS

AFRONTA OS FUNCIONÁRIOS DA SAÚDE

EDUCAÇÃO ENTÃO...



MANIPULADOR, REPETE EXAUSTIVAMENTE

ILUSÕES EM QUE A GRANDE MAIORIA

POR NÃO CONHECER ACABAM ACEITANDO COMO VERDADE!




A RESPOSTA SERÁ DADA NAS URNAS



QUANTO A JOVEM PAN

TROCA DE ROUPA CONFORME A NECESSIDADE

DAQUI A ALGUNS MESES ESTARÁ FAZENDO 

O PAPEL QUE LHE CONVIR



INFELIZMENTE, PARA OS MAIS BEM INFORMADOS

PARA OS NÃO MANIPULADOS

A JOVEM PAN PERDEU AQUILO QUE ELA TINHA DE MELHOR

A CREDIBILIDADE!