sábado, 29 de novembro de 2008

Lula subestima a direita

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Não deveria me surpreender com as tentativas que começam a surgir, aqui e acolá, de responsabilizar Lula pelo desastre em Santa Catarina. Não tem sido diferente em tudo de ruim que vem acontecendo nos últimos anos. A constatação de problemas históricos do país gera críticas de que o presidente não os resolveu todos em quase seis anos de governo.

 

Desastres naturais ou causados pelo homem, desastres do tipo que geram comoção nas sociedades e que em qualquer país civilizado são tratados com consternação e união entre compatriotas, por aqui servem para luta política, para os inimigos do líder político do país tentarem desmoralizá-lo.

 

São críticas ainda difusas e que relutaram em botar a cabeça para fora da toca devido ao absurdo que encerram de quererem responsabilizar pela tragédia em Santa Catarina a esfera de governo mais distante das questões regionais, ou seja, o governo federal.

 

As críticas começam aludindo a “todos” os níveis de governo, mas logo se voltam contra quem “interessa”. Dizem que “não havia mapeamento das áreas de risco”, que a ajuda do governo federal seria “insuficiente” e, finalmente, revelam seu objetivo ao criticarem Lula por ter demorado a visitar essas áreas e por ter ficado pouco tempo na região.

 

Não haveria nada que Lula fizesse sobre essa tragédia – ou em qualquer outra questão – que seria considerado suficiente ou apropriado. Todos os problemas históricos e não-resolvidos do país servem, potencialmente, para atacar o presidente, pois é ele o grande entrave à vitória de José Serra na eleição presidencial de 2010.

 

Teme-se que o candidato indicado por Lula à própria sucessão torne-se imbatível se a popularidade do presidente estiver tão alta daqui a dois anos, pois sabem que São Paulo não é o Brasil e que o apoio que Lula tem hoje no conjunto do país bastaria para ele fazer seu sucessor. Então, não há trégua. Se esse novo ataque irá colar ou não, pouco importa. Atacar é preciso.

 

Irá funcionar? Depende do que se pretende como resultado. Penso que a população brasileira, em sua maior parte, já está meio vacinada contra a tentativa evidente de debitar na conta de Lula qualquer tragédia que aconteça. Contudo, a crítica ficará sempre lá, inscrita nos anais do jornalismo e pronta para ser usada num momento mais propício.

 

Não é de hoje que me recuso a subestimar o poder da mídia. Sei que a impotência diante de sua capacidade de pautar e direcionar o debate público gera em quem enxerga o que ela faz uma espécie de fé mística em que a safadeza não pode triunfar e em que ninguém é tão burro que não enxerga como transformam tudo em motivo para malhar o presidente da República, mas esse é um comportamento que, em certa medida, beira o auto-engano.

 

Há um plano muito esperto em execução no Brasil e na América Latina. O bombardeio incessante contra os líderes progressistas em todo continente deverá perder bastante com a eleição de Barack Obama. Penso que o apoio dos EUA ao golpismo de direita latino-americano deverá ser retirado. Mas o fato de os americanos pararem de fomentar tentativas de ruptura institucional nos países de seu quintal não impedirá as elites locais de continuarem a agir.

 

A grande fragilidade dos países latino-americanos que têm governos progressistas é a de que o que sustenta esses governos são líderes carismáticos que, em alguns anos, deixarão o poder. A grande dúvida é sobre se esses líderes conseguirão fazer com que os processos que desencadearam em seus países prossigam sob sucessores indicados por eles e por seus grupos políticos.

 

Quem sucederá a Lula, a Hugo Chávez ou a Evo Morales? Hoje, ele se confundem com o próprio processo que desencadearam. E seus inimigos políticos vão se travestindo em continuadores de suas obras, só que com “maior competência”, ainda que a aceitação dessa estratégia pelas populações-alvo não tenha sido testada.

 

Em outros países latino-americanos extra-Brasil, porém, os líderes acossados pelas coalizões midiáticas de direita optaram por falar às sociedades. Criaram televisões e rádios e contestam cada ataque que recebem dos meios de comunicação controlados por seus inimigos políticos.

 

Aqui, no entanto, a coisa é bem diferente. A maioria dos brasileiros não conhece o outro lado da moeda de quase todas as grandes acusações da mídia a Lula. Apesar de intuir que todos esses ataques têm alguma coisa que “não bate” e, por isso, continuar apoiando o presidente, essa maioria não sabe o que de fato se passou no caso do mensalão, do “causaéreo”, da febre amarela, do dossiê, da inflação, da crise econômica...

 

O sucesso em manipular a sociedade no caso da crise econômica está sendo tão grande quanto o de alarmar as pessoas no caso da febre amarela. Parte dos problemas na economia deve-se ao medo que a mídia incutiu nas pessoas ao estimulá-las a parar de consumir dizendo que iriam perder seus empregos, apesar de Lula vir dizendo o contrário (timidamente) e de os indicadores econômicos mostrarem que o presidente está certo.

 

O efeito é relativo, claro. Não se pode parar uma máquina gigantesca como o Brasil só porque se quer. Mas estejam certos de que se não tivesse havido estímulo da mídia à paralisação do consumo e dos negócios, o país poderia estar muito melhor.

 

Diante disso, quero reiterar opinião que venho formando nos últimos anos e da qual recuei ou avancei algumas vezes.

 

Penso que Lula – e só ele – deveria reagir. Neste momento, ele deveria mandar um recado claro à sociedade de que tem gente torcendo pela crise e de que os avisos da mídia para que as pessoas parem de consumir poderá prejudicar o país. Além disso, deveria comentar todas as acusações falsas de que foi alvo nos últimos anos – inclusive essa de Santa Catarina – e dizer que a mídia está com seus adversários.

 

É o que fazem Hugo Chávez, Rafael Correa, Evo Morales e até o casal Kirschner. Nos EUA, Barack Obama está propondo medidas para desconcentrar a propriedade dos meios de comunicação. Em parte nenhuma do mundo um governo se deixa espancar pelos adversários como faz o governo Lula.

 

Apesar de ter como contabilizar êxitos em várias áreas, é na política que pairam mais sombras sobre a estratégia lulista. Parafraseando o presidente Lula, quero dizer que estou convencido de que nunca antes neste país uma eventual vitória da direita foi tão perigosa e nunca antes essa corrente política contou com tanto poder para materializar seus desígnios.


Escrito por Eduardo Guimarães

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Pequena recompensa por serviços prestados

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Kassab acerta com PPS e Soninha será subprefeita
Vereadora deve ir para Cidade Tiradentes; prefeito escolheu ex-governador Claudio Lembo (DEM) para Negócios Jurídicos
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Sorria meu bem! sorria!

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A vereadora Soninha Francine (PPS), de 41 anos, deve integrar a gestão Gilberto Kassab (DEM) a partir de 2009. O cargo da ex-VJ da MTV será uma subprefeitura na capital, provavelmente a de Cidade Tiradentes, no extremo leste. A ida de Soninha para o governo vem sendo costurada há 20 dias entre a cúpula do PPS paulistano e o Executivo e foi praticamente ratificada numa reunião ontem na Prefeitura entre Kassab e integrantes do PPS municipal.
Quarto lugar nas eleições à Prefeitura de São Paulo, com 266.978 votos, Soninha afirmou ontem não ter recebido ainda o convite, mas que ”adoraria o desafio de comandar uma subprefeitura”. Eleita vereadora em 2004 pelo PT e uma das que criticaram a gestão atual na Câmara, Soninha diz não temer ser chamada de incoerente ao compor com um governo do DEM.
”Se eu tiver a certeza de que poderei realizar um bom trabalho, que poderei ter uma experiência desafiadora, aceitarei sim. Eu sou budista, não tenho problema em abrir mão do prestígio. Não posso pensar no que vão falar mal de uma coisa da qual eu tenho convicção”, argumentou a parlamentar, também simpática a movimentos sociais ligados à esquerda.
Soninha voltou a dizer que gostaria de ser, na verdade, prefeita, mas que a experiência em uma subprefeitura seria ”fantástica”. Moradora da Pompéia, na zona oeste, disse não considerar fundamental o subprefeito ser da mesma região na qual atua. ”Imagina ser subprefeita de Cidade Tiradentes? Poderia trabalhar com moradia, educação, meio ambiente, seria sensacional ouvir a população, trabalhar em conjunto com a comunidade…”
A Subprefeitura de Cidade Tiradentes é hoje ocupada pelo tucano Renato Barreiros, indicado por Andrea Matarazzo, secretário de Coordenação das Subprefeituras. O martelo só não foi batido em relação a Soninha pela resistência de alguns integrantes do próprio PPS. A Assessoria de Imprensa do prefeito não confirmou nem desmentiu o convite a Soninha.
Kassab confirmou ontem a criação da Secretaria Municipal de Controle Urbano, com Orlando Almeida à frente, e a nomeação do ex-governador Cláudio Lembo para a Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos, no lugar de Ricardo Dias Leme. ”Quero dar continuidade ao bom trabalho da atual gestão e trabalhar em conjunto com as demais secretarias, para dar o suporte jurídico necessário aos projetos do governo”, afirmou Lembo. O prefeito repetiu que Matarazzo não será exonerado. A permanência do secretário foi um pedido do governador José Serra (PSDB).

"É o PPS cada vez mais se alinhando com a direita do tucanato."

Eduardo Reina e Diego Zanchetta - O Estado SP

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Antiguinha e atual

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"Governo negociando com o PCC"

É por isso que o Brasil não vai para frente

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"Tenho vergonha de ser brasileira', diz mãe de jovem morto"

ARARAQUARA - A quarta-feira foi de indignação e vergonha dentro de uma casa em São Carlos, a 232 quilômetros de São Paulo. Lá, morava o estudante Diego Mendes Modanez, 20 anos, morto com dois tiros pelo promotor Thales Schoedl, em 30 de dezembro de 2004, no litoral paulista. A absolvição do promotor deixou a família indignada. A mãe do ex-jogador de basquete, Sônia Mendes Modanez, 50, disse ter vergonha de ser brasileira e ironizou a decisão dos 23 desembargadores do Tribunal de Justiça.


"Eu fiquei com muita vergonha de ser brasileira. Sabíamos que seria uma briga muito difícil porque ele é promotor, é influente. Eu e principalmente meu filho somos peixe pequeno neste oceano. Mas, independente disso, o que me deixa mais magoada é eles (desembargadores) aceitarem que foi legítima defesa. Foi provado pelo legista que esse infeliz (promotor) não tinha marca nenhuma de agressão. Foi provado que meu filho quando sofreu o segundo tiro mortal estava no chão deitado ou ajoelhado e isso parece que esqueceram", diz a mãe.

Sônia afirma que acreditava na Justiça e tinha convicção de que o promotor fosse condenado pelo crime de homicídio. "Agora tive uma certeza. Você já viu lobo comer carne de lobo? Eu nunca vi", diz a mãe do jovem assassinado afirmando que os desembargadores nunca iriam punir um promotor. "Eles (desembargadores) estão colocando um assassino de volta para os quadros da promotoria. E quem irá pagar o salário dele será nós."

Indignada e emocionada com a decisão judicial, a mãe do jovem assassinado há quatro anos critica a Justiça: "O Estado está dando a chance de poder matar, mas, é claro, só pode se for rico. Se for rico, você pode sair alegando legitima defesa. Se for rico pode se esconder e, depois, se apresentar alegando legítima defesa. Parece que esqueceram que ele (promotor) deu 14 tiros e o meu filho nem uma pedra na mão tinha." Segundo o laudo, Diego foi baleado no antebraço e no peito.

"Eu queria dormir e nunca mais acordar. Se eu pudesse embarcaria para fora do País e nunca mais voltaria porque as leis são vergonhosas", diz Sônia afirmando que Thales Schoedl ganhou da Justiça um presente de Natal. E ela, por outro lado, desde que o filho morreu nunca mais comemorou a data. "Ele não vai escapar da Justiça de Deus e duvido que ele esteja tendo os sonhos dos anjos."

Sobre o choro do promotor ao saber do resultado do julgamento a mãe do jovem assassinado ironiza: "Ele chorou lágrimas de crocodilo porque esse resultado estava pronto", questiona a mãe. Ela recebeu durante o dia uma série de e-mails e telefonemas de apoio de amigos. "As pessoas estão envergonhadas porque sabem que pobre se roubar leite fica seis meses preso, mas promotor pode matar e ficar livre. Ele foi absolvido, mas será sempre lembrado como um assassino", sentencia a mãe.
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Fonte: Cláudio Dias, de O Estado de S.Paulo

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Maria-fumaça tucana

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Em julho do ano passado, o governo do Estado anunciou a implantação de uma linha de trem entre São Paulo e Guarulhos. Pelo projeto apresentado, as composições partiriam da estação Brás, com intervalos de 15 minutos, e chegariam até o Cecap. Na oportunidade, também se prometeu que até 2010 seria implantado o Expresso Aeroporto, com saída da estação da Luz até o Aeroporto Internacional.
As obras, dizia o comunicado divulgado à imprensa pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, seriam iniciadas em janeiro deste ano, com investimento total de R$ 3,38 bilhões, divididos entre o governo federal (R$ 580 milhões), o Estado (R$ 1,5 bilhão) e a iniciativa privada (R$ 1,3 bilhão). Juntas, atenderiam diariamente a mais de 220 mil pessoas.
Como se vê agora, tudo não passou de oba-oba do bloco tucano. As obras continuam no papel e, um ano depois, não há um centavo sequer do governo José Serra disponível no orçamento para o propalado projeto de integração entre a Capital e a segunda maior cidade do Estado.
Mais curioso ainda é que o governador voltou a tocar no tema em março deste ano, quando disse em uma visita à Holanda que estava atrás de financiamento externo para aplicar no Expresso Aeroporto. Até agora, porém, nada de concreto surgiu.
Pior do que a omissão em relação ao projeto, é o movimento da tropa de choque de Serra na Assembléia Legislativa. Recentemente, apresentei à Comissão de Serviços e Obras Públicas um requerimento solicitando que o secretário Estadual de Transportes, José Luiz Portela, viesse a Guarulhos para uma audiência pública.
A proposta foi vetada pela maioria governista da comissão. A audiência serviria para que a população de Guarulhos pudesse saber qual é a real situação do projeto apresentado festivamente no ano passado.
A reivindicação do trem entre a Capital e Guarulhos é antiga. O prefeito Elói Pietá que o diga. Na época em que era deputado, ele também cobrava uma posição sobre o assunto. Mas os governos tucanos se sucederam e, após 14 anos no poder, eles ainda mantêm o cidadão preso em congestionamentos na Marginal Tietê e na Dutra.
A sociedade e as autoridades guarulhenses têm que seguir cobrando respostas para a solução deste problema. E o governo estadual precisa falar menos e fazer mais. Caso contrário, o prometido trem-bala pode se transformar na maria-fumaça de José Serra.

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Fonte: Site Dep. Estadual Sebastião Almeida

Escândalo dos contratos da Alstom com tucanos chega a R$ 1,5 bi


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Em valores atualizados, já chega a R$ 1,378 bilhão a soma dos contratos sob investigação do Ministério Público paulista, firmados entre a Alstom e estatais paulistas durante os governos tucanos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, segundo levantamento publicado no fim de semana (domingo, 23.11) pela Folha de S.Paulo.
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De acordo com o jornal, foram abertos mais 20 inquéritos para apurar essas suspeitas de irregularidades - já havia 29 em andamento - na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Companhia Energética do Estado de São Paulo (CESP), Eletropaulo, SABESP e Companhia do Metrô. A maioria dos novos inquéritos abertos apura contratos na área da CPTM, mas relacionados ao metrô.
Multinacional franco-suíça sob investigação judicial desde maio deste ano nos dois países onde tem origem, a Alstom é acusada de pagar nos últimos 14 anos mais de R$ 13 milhões em suborno a políticos do PSDB e a autoridades do governo tucano de São Paulo em troca da obtenção desses contratos com estatais paulistas.
Além das apurações pela Justiça na Suíça e na França, relativas ao pagamento dessa propina, a empresa está sob investigação também pelos Ministérios Públicos estadual e federal paulistas e pela Polícia Federal.
Serra barra e abafa tudo
Só não responde a investigações do Executivo paulista - justamente a área que firmou as dezenas de contratos com ela - porque desde que o escândalo veio à tona, em maio desde ano, o governo José Serra não tomou nenhuma providência nesse sentido.
Pelo contrário, faz o que pode para barrar as investigações e abafar as que estão em andamento, impedindo, inclusive, a instauração de CPI na Assembléia Legislativa e o comparecimento de secretários de Estado, seus e de governos tucanos anteriores (Covas e Alckmin), para depor em CPIs já em funcionamento.
Apesar de o escândalo ter estourado primeiro na Europa e das investigações da Justiça da França e da Suíça, que inclusive levaram à prisão de um executivo da Alstom, em agosto último - ele confirmou o pagamento do suborno - o governador José Serra não tomou nenhuma providência.Ao contrário, irrita-se quando questionado a respeito e costuma chamar de "kit eleitoreiro do PT" as denúncias de grossa corrupção que envolveriam seu governo e o dos dois antecessores, Alckmin e Covas.

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Fonte: Blog do Dirceu

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Não diga bobagem, Fernando Henrique


Atribuindo a Lula um suposto alheamento da crise econômica, o ex-presidente tenta ser irônico ao chamar seu sucessor de "grande economista". Falta um amigo que, em ocasiões como essa, lhe sussurre discretamente: "Não diga bobagem, Fernando Henrique, você continua nu".
por Gilson Caroni Filho*

A psiquiatria define obsessão como idéias ou imagens que ocorrem repetidamente e parecem estar fora de controle. A compulsão surge, então, para aliviar a angústia que essas idéias e imagens provocam. As últimas críticas de Fernando Henrique Cardoso ao presidente Lula estão inseridas em recorrentes esforços de apagar e reescrever a triste história dos seus dois mandatos sucessivos.
Ao aproveitar um encontro com prefeitos eleitos pelo PSDB paulista para atacar o atual governo, FHC comporta-se como uma pessoa que apresenta duas ou mais personalidades, sendo que a função de uma delas é dissimular seu verdadeiro estado, escondendo-se do mundo exterior, de sua própria realidade. Curiosamente, parece viver somente agora o seu verdadeiro exílio. Aquele que o distancia do que foi - e ainda é - para aproximá-lo do que gostaria de ter sido. No imaginário se reconcilia com a imagem cultivada à sombra das ilusões uspianas e escapa da pequenez política que adquiriu.
Atribuindo a Lula um suposto alheamento da crise econômica, o ex-presidente tenta ser irônico ao chamar seu sucessor de "grande economista". O tom jocoso presente em "veste a roupa, rei. Pare de falar bobagem", resvala para o patético quando afirma que "aqui não é marola, não. Vai perguntar pra quem está perdendo o emprego hoje, que é mineiro da Vale, se é marola. Não é marola. Marola é quando você não é afetado. Está afetando."
Provavelmente estamos diante de um lapso. O “conselheiro" do presidente parece ter apagado da memória que, em seu governo, o país se superou em matéria de malversação do dinheiro público, socialização de prejuízos e entrega do patrimônio nacional. Que foram oito anos de securitização de dívidas de latifundiários inadimplentes (o "agrobusiness") com o Banco do Brasil. Oito anos de crescimento mínimo e endividamento externo máximo.
Esquece também que, como em nenhuma outra, sua gestão promoveu a dependência do país ao capital especulativo, sucateou a Previdência, jogou o país na recessão, e submeteu o destino da nação aos ditames do FMI para conseguir empréstimos de socorro. A nudez presidencial nunca foi tão escandalosa como no período compreendido entre 1994 e 2002.
O tucanato no poder, e é bom que nunca esqueçamos disso, fez das teses monetaristas uma religião. Seu legado foi uma inflação camuflada, desequilíbrios imensos tanto no plano interno quanto no externo. A desnacionalização de partes substantivas da produção e serviços nacionais foi a tônica de uma época que insiste em se apresentar como a “era da estabilidade”.
Aumento do desemprego, congelamento - ou irrisórios reajustes salariais dos servidores públicos - e uma escalada sem precedentes da violência urbana foram algumas das obras marcantes de FHC. Esse mesmo que, em tom professoral, pretende ensinar ao presidente como se comportar em uma crise.
Segundo o economista M. Pochmann, comparando-se os dados do Censo Demográfico de 2000 com os de 1994, encontrava-se um adicional fantástico de sete milhões de novos desempregados gerados durante sete anos. Quantos destes foram ouvidos pelo presidente tucano? Perto da política arrasada do neoliberalismo, o que temos hoje ainda é marola, sim.
Talvez fosse conveniente o ex-presidente ler publicações antigas. Na IstoÉ, de 20 de junho de 2002, o industrial Eugênio Staub, da Gradiente afirmava: "Estamos no sétimo ano de um governo que, em 2002, entregará um país em piores condições do que recebeu. O responsável pela situação atual não é o pobre, nem o americano, nem o militar, somos nós, a elite brasileira". Segundo Staub, a única saída era “a eleição de um líder que fosse capaz de mobilizar a força transformadora". Em suma, alguém capaz de consertar os estragos deixados pelo “grande sociólogo". O ex-presidente que, ao deitar falação, reaviva a memória de quais foram as vestes usadas em seu reinado.
Falta um amigo que, em ocasiões como essa, lhe sussurre discretamente: “Não diga bobagem, Fernando Henrique, você continua nu”.

*Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior (onde este artigo foi originalmente publicado) e colaborador do Observatório da Imprensa.

domingo, 23 de novembro de 2008

Choque de gestão

Enquanto o funcionalismo sofre nas mãos do PSDB a patota demo-tucana deita e rola.


Segue texto do Estadão

Se o projeto de reestruturação das carreiras administrativas estaduais que acaba de ser enviado pelo governador José Serra à Assembléia Legislativa não for desfigurado por emendas destinadas a preservar interesses corporativos, pode ser o primeiro passo de uma profunda mudança no serviço público paulista.

Tendo como objetivo aumentar a eficiência da administração direta e institucionalizar o princípio da meritocracia na avaliação do funcionalismo, o projeto se destina basicamente aos 55 mil servidores que trabalham nas chamadas "atividades-meio" do governo, como contínuos, secretárias, copeiros, auxiliares administrativos, chefes de protocolo, fiscais, contadores, desenhistas e técnicos agrícolas. Os servidores que trabalham nas "atividades-fim", como é o caso dos professores, médicos, delegados e procuradores, são submetidos a leis específicas. 

O projeto prevê a extinção de cargos hoje terceirizados, como os de vigia, recepcionista, faxineiro e motorista, e permite o realocamento dos funcionários que ficarem sem função para novas tarefas administrativas, depois de passarem por um processo de reciclagem e treinamento. Pelas regras vigentes, os servidores têm o direito de receber salários sem trabalhar quando suas funções se tornam desnecessárias ou são extintas. 

O projeto também introduz novidades nos critérios de avaliação de desempenho funcional, na qual passarão a pesar as faltas ao trabalho e o excesso de licenças médicas. Hoje, o absenteísmo contumaz não impede os servidores de serem promovidos. Para estimular o funcionalismo a se qualificar e se aperfeiçoar, o projeto concede um reajuste salarial de 40% a todos os servidores com nível fundamental e médio que concluírem curso universitário. O mesmo reajuste será concedido ao servidor que, já tendo nível universitário, faça um curso de pós-graduação (especialista, mestre ou doutor). 

Outra importante inovação do projeto é a extinção do tradicional sistema de qüinqüênios e sexta parte, que beneficia automaticamente todos os servidores estaduais, independentemente de mérito, competência e assiduidade. Pelas regras em vigor, a cada cinco anos de trabalho o servidor tem direito a um reajuste de 5% no salário-base. E, quando completa 7.300 dias efetivamente trabalhados, recebe um aumento de 1/6, que incide sobre todas as parcelas componentes de seu holerite - inclusive os qüinqüênios

Assim, o projeto acaba com os benefícios concedidos por tempo de serviço e introduz um sistema de promoção por avaliação de desempenho. Quem for mal avaliado poderá não ser demitido, mas não será promovido, deixando assim de receber qüinqüênios e outras vantagens. E, para ascender em cada nível hierárquico das carreiras administrativas, os servidores terão de se submeter a uma espécie de concurso. Isto porque, pelo projeto, apenas 20% dos funcionários mais bem avaliados poderão ser promovidos, a cada dois anos. Essa foi a forma adotada para estimular a competição entre eles.

Como era inevitável, os diferentes setores do funcionalismo público paulista receberam com reservas a proposta de reestruturação da administração direta. Eles alegam que o projeto não prevê a obrigatoriedade de reajustes salariais anuais. Reclamam que as promoções pecuniárias previstas incidem só sobre o salário-base, que é baixo, e não sobre as gratificações. E afirmam que os mecanismos de avaliação podem gerar injustiças. "O servidor está fazendo aquele serviço durante dez, vinte anos, e surge a idéia da avaliação. Se ele está ali, claro que é qualificado", diz o diretor do Sindicato dos Servidores do Estado de São Paulo, Jorge Luiz Grappeggia

A principal crítica é de que o projeto revoga direitos adquiridos. Muitos servidores alegam que, quando prestaram concurso para a administração estadual, eles já contavam com a concessão automática de benefícios por tempo de serviço. 

Não será fácil para o governo aprovar o projeto do modo como foi enviado. Evidentemente, ele terá de negociar e fazer concessões. Resta esperar que elas não desfigurem uma das mais conseqüentes propostas de reestruturação do funcionalismo estadual.

Texto do Estadão de 22/11

"É bem característico do PSDB, o partido cuja visão de governo é simplesmente acabar com o funcionalismo o mais rápido possível. Tudo buscando a teórica eficiência governamental, passar das mãos do governo para empresas terceirizadas, e de preferência empresas administradas pelos amigos do tucanato. O pior é que totalmente apoiado pelos jornais colonialistas que escrevem estes textos como o que está ai acima, quando o Lula emprega alguém que tem um histórico do meio sindical, esses jornais atacam veementemente, com o pretexto de dizer que é o aparelhamento do estado e o coleguismo sindical. O problema é exatamente este, o PSDB governa São Paulo há anos e anos, sempre cometendo as mesmas atrocidades, privatizando tudo que encontra pela frente, terceirizando para empresas amigas grande quantidade de serviços vinculados ao estado, e implantando uma politica de desrespeito ao funcionalismo, com conflitos e truculência nas campanhas salariais das categorias. Para sua patota, tudo do bom e do melhor, ao assumir a Prefeitura de São Paulo, alegou que diminuiria substancialmente os cargos de confiança, alguns meses depois lá estava o cabidão, repleto de colegas tucanos e demos. É assim que funciona, enquanto a grande imprensa continuar com esta blindagem, dificilmente veremos os índices de educação, saúde, transportes e segurança melhorarem." 

sábado, 22 de novembro de 2008

Fernando Henrique dispara contra Lula

Ex-presidente da República diz que atual chefe da nação não é confiável

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Durante o 5º encontro de prefeitos paulistas eleitos do PSDB, o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, afirmou que o atual chefe danação, Luiz Inácio Lula da Silva traiu seus eleitores e não é confiável. FHC disse que não cogita ser candidato em 2010 e aproveitou para enfatizar que a atual crise não é uma marola como Lula afirmou em várias ocasiões.
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"Olha ai, bem que eu disse, depois que dona Ruth morreu ele ficou mais amargo, o inveja maldita do Lula. E na opinião dele o Serra é confiável!, depois do que fez com o Alckmin.
Está começando a ficar preocupado com o novo relatório da Satiagraha, onde fica evidenciado de onde vem Daniel Dantas."

Fonte: Jovem Pan online

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

São Paulo é a capital mais endividada do país


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A capital paulista concentrou, em 2007, o maior montante de dívida em relação à sua receita, chegando ao patamar de 199% em débitos. O número posicionou o município como detentor do maior grau de endividamento do Brasil, no longo prazo, em comparação com outras capitais brasileiras. Os números devem causar grande constrangimento para a dupla Serra/Kassab, o atual governador do Estado e o atual prefeito administraram a cidade nos últimos quatro anos e passaram a recente campanha eleitoral fazendo pose de bons administradores enquanto, nos bastidores, a capital paulista se afogava em dívidas.
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As verdades começam a aparecer, e agora Kassab? Vixe!!!!

Fonte: Site Vermelho

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Por favor! vão entrevistar o Kaká

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"Fico observando na imprensa, a cada dez ou quinze dias, um veiculo de comunicação faz uma entrevista com o Sr. FHC. Não sei qual é o propósito, acredito que eles acham que é o máximo entrevistar o ex-presidente, o pior de tudo é que esse pessoal leva ele a sério. Nos oito anos de governo o Sr. FHC teve toda a chance do mundo de melhorar o Brasil, acho até que no seu sub-consciente ele até acha que fez isso, mas na realidade ele fez o grande feito de estagnar o pais por oito anos, privatizar praticamente tudo o que conseguiu, criar uma das maiores taxas de juros do mundo, estagnar a carreira de milhares de funcionários públicos dentre outras atrocidades. Agora o vejo em uma de suas entrevistas recentes dizendo que o governo Lula demorou para atacar a crise. Faça sua analise particular levando em conta os países Europeus o Japão e os EUA em relação a crise, será que o Brasil está tão mal assim?"
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Ps. Vai a merda FHC!

Kassab prometeu o CEU e agora vem o....

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Blog do vereador João Antonio

O secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, anunciou durante a audiência pública da Comissão de Finanças da Câmara Municipal que a Prefeitura não irá mais construir Centros de Educação Unificados, os chamados CEUs, pois “não será prioridade desta administração”. O anúncio foi durante debate sobre o Orçamento de 2009.

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Serra e Kassab nunca gostaram do projeto do CEU, era só questão de tempo para acabar com a alegria do povo.

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"Sempre suspeitei disso, nos quatro anos anteriores o governo demo-tucano sempre declarou que não gostava do projeto dos CEUs, só fez alguns, pois a Marta tinha deixado tudo preparado. O governo demo-tucano detesta destinar verbas para os mais necessitados, é muito melhor mandar a grana para recapear as ruas dos bacanas."

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Ruim para o Folhão, bom para o Brasil?

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A manchete da Folha de S.Paulo de domingo (9/11) gritava, como se pode ver ao lado: "Funcionalismo custa mais que dívida". So what?, diriam os americanos. Em português claro, e daí? De fato, a manchete em si não quer dizer coisa alguma, pois os gastos do governo federal com o funcionalismo podem ter superado os com a "dívida", como diz a Folha, em função ou do aumento salarial concedido aos servidores ou então porque o governo renegociou o pagamento dos débitos. Nos dois casos, a notícia seria motivo de comemoração, mas nitidamente não é este o tom da "reportagem" da Folha. No lead do texto, fica claro o tom condenatório do diário da Barão de Limeira:
"Os gastos com o funcionalismo federal vão superar neste ano os encargos da dívida pública e se tornar a segunda maior despesa da União, só atrás dos benefícios da Previdência Social. Desde 2006, o Planalto aproveita os recordes na arrecadação tributária para dar aos servidores reajustes salariais muito superiores aos da iniciativa privada."
A questão é bem simples e lembra muito o que a imprensa fez no começo do governo Collor, quando o presidente pedia apoio para a sua intenção de introduzir medidas liberais na economia e iniciar o processo de privatização que acabou sendo completado apenas sob Fernando Henrique Cardoso. Naquela época, a mídia abraçou a pauta neoliberal de Fernando Collor de Mello e saiu fabricando "reportagens" para mostrar como era ruim, caro e ineficiente o serviço público. A mensagem que se passava era a de que, em qualquer área, o setor privado funcionaria melhor. A atual crise financeira está servindo para desmontar esse paradigma, mas voltemos à Folha de S.Paulo.
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Sem reajustes
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Agora, quase 20 anos depois de Collor, a Folha parece capitanear uma nova operação que visa fazer hegemônica algumas teses defendidas pelo candidato do jornal à presidência do Brasil, o governador tucano de São Paulo, José Serra. Sim, ele não é de falar muito sobre coisa alguma, mas nas recentes entrevistas que concedeu sobre a crise financeira fez algumas ressalvas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e criticou especialmente os aumentos salariais concedidos e previstos ao funcionalismo público.
Serra também não gosta da política de Lula de dar todo ano um reajuste real no salário mínimo. O governador de São Paulo prefere que o governo use esses recursos em obras de infra-estrutura, para agilizar o crescimento futuro do país. É uma tese respeitável – Lula preferiu aplicar o dinheiro na recuperação da renda dos trabalhadores com o intuito de dinamizar o mercado interno e gerar desenvolvimento "a partir de dentro". Serra apostaria no crescimento "de fora", a partir das receitas das exportações.
Tudo isto posto, o que a Folha fez foi editorializar uma reportagem sem esclarecer o debate que está por trás da questão e tentando colocar os seus leitores – a maioria certamente trabalha no setor privado – contra o funcionalismo público. Pessoalmente, este observador avalia que o governo Lula tem vários problemas, mas as melhores virtudes, ao longo desses dois mandatos, foram as políticas de recuperação do salário mínimo e dos proventos do funcionalismo público. Para quem não lembra, durante os oito anos sob Fernando Henrique, os servidores comeram o pão que o diabo amassou. Várias categorias não tiveram sequer reajustes pela inflação. Quando Lula assumiu, começou a recuperar a auto-estima e a renda dos servidores públicos.
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Recurso emocional
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No fundo, o que a imprensa gosta de chamar de "aparelhamento" na verdade é uma política voltada a trazer dignidade a quem trabalha no Estado. A mídia detesta a discussão, mas o fato é que se um país quer pensar grande, crescer de verdade, precisa de um corpo de burocratas qualificados e competentes – e isto custa dinheiro.
Por que um diretor de estatal deve ganhar menos do que um diretor de empresa privada? Ainda na opinião deste observador, deveria ganhar mais porque suas responsabilidades são maiores ao lidar com recursos públicos. Para a mídia, porém, servidor público é uma categoria nefasta, repleta de gente nomeada por parentes influentes, que trabalha pouco e ganha muito. Basta ver a sub-retranca "Lobby de servidores é forte no Congresso" que acompanha a matéria principal da Folha.
Seria, portanto, mais honesto o jornal paulista assumir que está a serviço de Serra ou apresentar o debate racionalmente, explicando aos leitores os argumentos de cada parte envolvida na questão e as implicações político-partidárias da questão. O que não dá para admitir é o uso de recursos emocionais para convencer os leitores de que o funcionalismo não presta ou que o governo Lula é perdulário. Não é disto que se trata.
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Fonte: Observatório da imprensa www.observatoriodaimprensa.com.br

domingo, 16 de novembro de 2008

"Nada como dar tiro com a pólvora dos outros"

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O PiG de São Paulo festejou como se fosse o lançamento do New Deal por Franklin Delano Roosevelt.

. Não era.

. Era o empréstimo que o Banco do Brasil vai fazer à indústria automobilística paulista.

. Só que quem “faturou” foi o presidente eleito (não é Barack Obama) José Serra, que, como se sabe, concorre às eleições presidenciais de 2002.

. Serra vai vender a Nossa Caixa ao Banco do Brasil.

. Serra vai vender tudo.

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A coisa mais gostosa dessa vida é dar tiro com a pólvora dos outros.

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Até o ar encanado dentro do Viaduto do Chá ao departamento de estudos ecológicos da Universidade de Harvard.

(Gabriel Garcia Marquez concebeu um tirano latino-americano que vendeu o mar para pagar a dívida externa. Serra vende tudo para se eleger em 2002.)

. Como ele vai vender  Nossa Caixa ao Banco do Brasil, pouco antes de vender ele se compromete a dar uma grana à indústria brasileira.

. Quem vai pagar a conta?

. Os otários do Banco do Brasil!

. Ou seja, otários do Governo Lula, na cerimonia representados pelo sorriso cúmplice do Ministro da Fazenda Guido Mantega.

. Quem disse que isso é uma boa idéia?

. O Governo americano acha que não.

Leia no Wall Street Journal.

. Botar grana do contribuinte americano para salvar a indústria automobilística.

. Que certeza tem os acionistas do Banco do Brasil de que serão devidamente ressarcidos, em valores de mercado ?

. Serra é o nosso Putin, como se sabe.

. Ele gosta mesmo é de uma intervenção.

. Intervenção, qual?

. Qualquer intervenção, desde que ele seja o Interventor.

. A idéia de dar grana para a indústria automobilística é desastrosa.

. Seria muito mais simples deixar a indústria automobilística torrar os estoques com a redução dos preços.

. E deixar o consumidor botar grana na indústria.

. O mercado ia resolver a crise.

. Vende, fatura e toca pra frente.

. Quem disse que a indústria automobilística, hoje, é uma indústria central para o desenvolvimento, como foi no século passado?

. Deixa a indústria se virar com o consumidor.

. E usa o dinheiro para aumentar os policiais civis de São Paulo, que tem os piores salários do Brasil.

. Interessante: o presidente eleito José Serra disse que é muito bom comprar automóvel. Está na hora de comprar, disse ele. É verdade. Sobretudo se for para usar na cidade de São Paulo. E ficar 4 horas por dia num engarrafamento construído por 14 anos de administração tucana em São Paulo.

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Fonte: Blog Conversa afiada

sábado, 15 de novembro de 2008

Sorria, meu bem, sorria

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O trânsito na capital parou de novo ontem. Às 18h55, a lentidão chegou a 230 quilômetros - 27,5% das vias monitoradas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Foi o maior índice após a implementação do pacote que teve como principal medida as restrições para caminhões. O recorde histórico é de 9 de maio, quando a lentidão chegou a 266 km, causada, principalmente, por um acidente envolvendo uma carreta.

Conforme a CET, as principais causas foram excesso de veículos, véspera de feriado e dois acidentes na Marginal do Pinheiros. O primeiro foi às 15h43, quando um caminhão que seguia no sentido Ayrton Senna bateu em um poste, atropelou uma pessoa e bloqueou duas faixas. O outro foi a queda de um motociclista no sentido Castelo Branco. As vias mais afetadas foram a Marginal do Tietê, sentido Ayrton Senna; o corredor norte-sul; e a Avenida dos Bandeirantes, sentido Imigrantes.

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Em 30 de junho foi criada a Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC), área de 100 km² no centro expandido, onde veículos de carga ficaram proibidos de circular entre 5 e 21 horas. Um mês depois, estabeleceu-se rodízio para caminhões nas Marginais e o de placas pares e ímpares para os Veículos Urbanos de Carga (VUCs). A Secretaria Municipal dos Transportes mudou recentemente regras de estacionamento nos Jardins.

"Se eu fosse você não me preocuparia com isso, com o checão que o kassab deu ao Serra para a construção do metrô, isso é um efeito temporário. O metrô é a solução! não precisamos de corredores de ônibus, segundo kassab o metrô é a solução. E vamos mandar dinheiro para a Alston. Sorria meu bem, sorria!"

Fonte: Blog do Favre

PPS abre negociações para ser anexado pelos Tucanos

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Assim como grandes empresas quando entram no caminho da falência, vendem o controle acionário à outra maior, o PPS quer passar o controle aos tucanos, num processo de fusão das siglas.

As conversas ocorreram entre o deputado Nelson Proença (PPS/RS, integrante da executiva nacional), e os tucanos José Serra e o senador Sérgio Guerra, em jantar na casa deste último.
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Tudo pelo poder e as alianças mais estapafurdias de todos os tempos.

Proença agiu com a benção de Roberto Freire, e da bancada de 15 deputados desesperados com o futuro sombrio de não conseguirem se reeleger em 2010.

A perspectiva do partido é de extinção.

Nas últimas eleições o PPS foi o partido que mais encolheu, quase dizimado nas urnas. Perdeu quase 60% das prefeituras conquistadas em 2004. Elegeu apenas 132 prefeitos agora, contra 320 nas eleições anteriores.

Roberto Freire, convertido ao neoliberalismo demo-tucano, se auto-declara "um velho comunista" (???), e diz que há identidade com o PSDB e a anexação "não é estranha nem violenta a cultura do Partidão" (antigo PCB).

Quanto a identidade entre o PPS e o PSDB não há qualquer dúvida, uma vez que o PPS já age como se fosse uma sub-legenda demo-tucana. Já quanto à violentar princípios do antigo "Partidão", só pode ser piada...
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"Me parece que esta ação faz parte de mais um movimento em torno do projeto da direita para as eleições de 2010, me dá pena de ver o PPS envolvido nisto, o mesmo PPS que acolheu tantos politicos de esquerda do PT após o escândalo do mensalão".

Fonte: Blog Amigos do Presidente Lula

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Crédito a montadoras em SP é abusivo

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“O governo de São Paulo lançou uma linha
de crédito de R$ 4 bilhões para financeiras
das montadoras de veículos de todo o país.
É o mesmo valor disponibilizado na semana
passada pelo governo federal para tentar
minimizar o efeito da crise. Os empréstimos
serão oferecidos pela Nossa Caixa, em
operações com prazo de até 18 meses.”



A notícia que você leu acima foi manchete de primeira página da Folha de São Paulo de ontem, acompanhando a grande divulgação que a mídia deu a medida do governo de José Serra para aumentar o crédito ao mercado de carros novos em São Paulo.

A medida soma-se à do governo federal, que, a exemplo do que estão fazendo vários países, vem incentivando o consumo para combater o estancamento da oferta de crédito pelos bancos privados, decorrente da crise internacional.

A medida do governo federal de oferecer recursos para crédito a fim de substituir os recursos que os bancos estão negando e, assim, evitar uma retração maior da economia, é correta e, inclusive, é papel dos governos nacionais fazerem isso.

Os governos estaduais ou municipais, no entanto, não podem ter pretensão de atuar na macroeconomia. Esses governos até podem tomar medidas de natureza que promova o aumento da atividade econômica, mas devem ser medidas ligadas à atuação básica do Estado, como provedor de Saúde, Educação, Segurança Pública, Habitação etc.

Política macroeconômica – e injetar recursos num setor que se espraia por todos os entes federativos é fazer política macroeconômica – é da competência da União. Ou seja: enquanto o Estado de São Paulo paga os piores salários a policiais no Brasil, enquanto os professores da rede pública estão entre os mais mal pagos, enquanto a Saúde pública paulista é um caos, enquanto o transporte público é uma verdadeira merda em São Paulo, Serra sai por aí brincando de presidente da República.

O “intensivão” tucano-paulista para a Presidência revolta os mais conscientes num Estado que nega recursos para tudo que é básico para o bem estar da população. Trata-se, inclusive, de jogada publicitária, referente ao projeto eleitoral de Serra e da mídia para 2010. Daí o alarde dos meios de comunicação sobre a medida do governo do Estado.




Fonte: blog da cidadania


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Serra salvou o Brasil

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Presidente da Chuiça brasileira libera 4 bi da Nossa Caixa para o setor automobilístico. Agora o Brasil tira o pé da lama.
Enquanto isso os funcionários do estado continuam passando fome com o Pior Salário Do Brasil, não dá para a policia civil mas para os banqueiros e especuladores liberou geral!
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O pior é que a imprensa dá grande destaque, provavelmente se a crise acabar de hoje para amanhã ele deve levar toda a fama de grande estrategista financeiro do Brasil.
Quem não te conhece é que te compra!
O mais engraçado é que ele e grande parte da classe dominante insiste que o funcionário publico não deve receber aumento. É uma campanha incessante e dominante nos meios de comunicação contra os reajustes do governo federal para o funcionalismo. Com esse pensamento o empresariado evita um efeito bola de neve, desencadeando aumentos também no setor privado.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

"Força Serra Presidente"


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O prêmio desta semana para a maior besteira da imprensa mercantil brasileira e sua ditadura midiática vai dividido para O Globo e a FSP (Força Serra Presidente*) pelas matérias sobre os gastos do governo. Ambos escancaram a manchete do domingo passado, para protestar que os gastos com o funcionalismo superam os do pagamento da dívida pública. Relatam que o primeiro item de gastos do governo é o da previdência, o segundo agora é com o funcionalismo, deixando para terceiro o pagamento da dívida pública.

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Protestam, a partir de sua visão — derrotada espetacularmente na atual crise mundial, sem que se dêem conta, com sua obtusa visão mercantil e anti-estatal — do Estado mínimo, da diminuição sistemática da tributação, buscando fomentar nos leitores o sentimento de que estão tomando dinheiro para pagar impostos do seu bolso para alimentar funcionários públicos.
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O raciocínio é o do egoísmo consumista: para que pagar impostos para que o governo contrate professores, médicos, enfermeiras — que constituem o grosso do funcionalismo publico, o pessoal de educação e saúde publica. Ainda mais para gente como os jornalistas e donos da midia privada que — como a elite brasileira — usa escolas privadas, planos de saúde privados, segurança privada, correios privados, transporte privado, bancos privados, etc. etc..
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Não precisam dos serviços públicos, porque pertencem aos 5% mais ricos, que fazem do Brasil ainda o país mais injusto da América Latina, que por sua vez é o continente mais desigual do mundo. Incentivam o egoísmo de pagar menos impostos, de sonegar — a profissão melhor remunerada em direito é a de advogado tributarista, que busca formas das empresas contornarem os impostos.
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Isto em um país em que a estrutura tributária é sumamente injusta, em que as grandes empresas — principalmente os bancos — praticamente não pagam impostos, enquanto os trabalhadores sim o fazem, em que a grande maioria da arrecadação tributaria procede dos impostos indiretos e não dos diretos, fazendo com que todos paguem os mesmos impostos, ricos e pobres, quando uma estrutura tributária socialmente justa é aquela em que os que recebem mais, devem pagar mais.
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Quando dizem que o Estado deve arrecadar menos, gastar menos com funcionários, querem menos serviços públicos — menos professores, menos enfermeiras e médicos —, com menos qualificação. Que se dane o povo, que segue sendo atendido por esses serviços, que se dane a escola pública, que segue atendendo à grande maioria das crianças e jovens.
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Quando querem menos Estado, querem mais mercado — exatamente aquilo que levou à crise global atual. Mas eles não aprendem nada, porque pensam com o bolso, com os lucros, com os olhos postos nos grandes clientes privados — a começar pelos bancos, que publicam aqueles longos relatórios periódicos nos jornais, além das reiteradas publicidades que inundam os espaços publicitários da mídia mercantil, a sustentam e tem assim o seu apoio.
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Sob a aparência de defender os cidadãos contra a volúpia arrecadatória do Estado, o que fazem é defender seus grandes clientes, é tentar ganhar adeptos para seu candidato — Serra —, que terá, como teve em São Paulo, sem colocar em pratica, a promessa de campanha de diminuir os impostos.
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Enquanto isso na rede estadual de ensino.


O Globo e a FSP (Força Serra Presidente) fazem jus assim a ganhar o primeiro prêmio semanal do Festival de Besteira que Assola a Imprensa Brasileira (FEBEAIB), legítimo continuador do Festival de Besteira que Assola o País (Febeapá), do grande cronista da época da ditadura militar, Stanislaw Ponte Preta.
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