quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Frase da semana

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'Lula é o único economista que presta no Brasil'

Delfim Netto diz que virtude de Lula é falar a verdade sobre a economia
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"O que você pode esperar do Brasil? Devido a essas condições, pode-se esperar uma situação um pouco melhor. Não adianta fazer editorial dizendo que o Lula é oportunista, que fala errado. Também ele não vai brigar por conta disso. E dizer que o Lula não conhece física quântica porque ele também prefere não saber física quântica. O que ele conhece é gente. Então, se quatro quintos do Nordeste e dois terços do Sul acreditam no Lula, é porque tem alguma coisa que funciona."
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"O Lula, com todas as críticas... As pessoas ficam furiosas com o Lula. Porque há, na verdade, um preconceito enorme. A vantagem do Lula é não ter um curso superior."
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"O Lula é o único economista que presta no Brasil porque é o único que está falando a verdade. A intuição dele mostra o seguinte: nós estamos interrompendo o circuito econômico porque, se você não comprar o carro, porque tem medo de ficar desempregado, é certo que você vai ficar desempregado, porque a Volkswagen não faz o carro por medo que não vai ter demanda. E o banqueiro, no final, que pensa que está salvo, ele também vai morrer junto com o sistema."
Delfim Neto
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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Serra vai dobrar gastos com publicidade

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Governador de São Paulo, do PSDB, utiliza dinheiro público em 2009 de olho no pleito eleitoral do ano seguinte


Ano que vem a publicidade dobra, o transporte terá mais dinheiro, e a educação, menos. À primeira vista, é isso que salta aos olhos de quem lê o Projeto da Lei Orçamentária do Estado de São Paulo para 2009, proposto pelo governo José Serra à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Atendo-se à publicidade, o governo tucano terá a sua disposição R$ 313 milhões para o setor de comunicação social no ano que antecede a eleição para presidente. Quase o dobro do valor de R$ 166 milhões gastos neste ano nessa área.
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Mas o deputado Raul Marcelo (Psol/SP) discorda. “Configura-se de forma clara que isso (o excesso de verbas para a publicidade) tem um componente eleitoral para 2010”, afirma.
Ele pondera, ainda, que eticamente, além do objetivo eleitoral, o dinheiro está sendo investido no lugar errado. “Só a cidade de São Paulo tem 1,3 milhão de desempregados; além disso, o Estado possui 1 milhão de terras devolutas, e esses recursos poderiam ser utilizados para fins de reforma agrária” analisa o deputado.
Já o economista Eduardo Marques, compara os números. São R$ 313 milhões empenhados somente para o setor da publicidade em 2009. Com esse dinheiro, seria possível a construção de 156 escolas públicas, ou 6 hospitais de grande porte, ou ainda 10 mil moradias populares. Marques fez parte da assessoria técnica da bancada estadual do PT na Alesp que apresentou, no dia 9 de dezembro, uma análise crítica sobre o total da peça orçamentária para 2009.
Marques, que também integra o Fórum Paulista de Orçamento Participativo, critica – além do excesso de gastos para o setor da publicidade – a ausência da população na elaboração das diretrizes orçamentárias para o Estado. Uma ausência, segundo ele, induzida pelo próprio governo. “Esse governo não fez nada próximo à participação popular, não tem essa característica; e promove audiências públicas com, no máximo, 20, 30 pessoas; e sempre com difícil acesso”, lembra ao Brasil de Fato. líder do governo tucano na Assembléia Barros Munhoz justificou publicamente que o dinheiro não será empenhado para gastos pessoais do governador, mas sim para campanhas publicitárias que têm a intenção de divulgar ações governamentais que necessitam da participação direta do contribuinte, como a Nota Fiscal Paulista.
Obras à vista
Ano a ano o Estado de São Paulo quebra recordes de arrecadação, e isso reflete diretamente no orçamento. Para 2007, foram R$ 85 bilhões; no ano seguinte, R$ 98 bilhões; e para 2009, R$ 115 bilhões. Os investimentos passaram de R$ 7,3 bilhões em 2007 para R$ 18,5 bilhões em 2009. O que significa que, com a aproximação das eleições presidenciais de 2010, obras em diversas setores serão tocadas, sobretudo no setor dos transportes.
Conforme a análise do orçamento feita pelos petistas, o governo de José Serra não incluiu nenhuma previsão de aumento para o funcionalismo público, e a educação perderia espaço na distribuição dos recursos para o setor dos transportes. Dados internos do PT prevêem, por exemplo, menos 26% para a manutenção do ensino fundamental e menos 80% para o ensino médio.
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Fonte: Brasil de Fato

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Gestão Kassab: no transporte público 4 anos quase perdidos


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O jornal Agora, do grupo Folha, faz um balanço da gestão Kassab na questão do transporte público. A manchete: “Corredor é desafio de Kassab nos transportes”.
Qual é o diagnostico após 4 anos de gestão demo-tucana?
Segundo pesquisa publicada na semana passada, a gestão Serra-Kassab do transporte municipal foi responsável pela queda de 20 pontos na aprovação do usuário do sistema. De 61% de aprovação em 2004 a 40% hoje, qual é a explicação de tamanho desastre?
Uma parte da explicação, recolhida na manchete do Agora, é a queda de 11% na avaliação dos coletivos que trafegam nos corredores exclusivos em apenas um ano.
Para todos os especialistas em transporte, os corredores são a resposta adequada aos problemas do transito e do transporte público na cidade, conjuntamente com a extensão da rede do metrô. Acontece que em 4 anos nenhum corredor novo foi construído, apenas 8 km do ex-fura-fila foram concluídos (transportando um número muito pequeno de passageiros).
Já em relação aos corredores existentes eles perderam a fluidez que tinham quando implantados na gestão Marta Suplicy por falta de fiscalização, expansão da frota de veículos particulares e falta de planejamento.
O jornal Agora diz que a prefeitura promete criar faixas exclusivas, uma repetição do que fora prometido 4 anos atrás e que não foi cumprido.
Paradoxalmente, o jornal escreve que “Comparando os cenários do transporte público de 2004 e 2008, houve avanços significativos.”
Resta a convencer os usuários que aprovavam a 60% o sistema em 2004, e o desaprovam na mesma proporção hoje.
Se acrescentarmos que as empresas recebem hoje subsídios gigantescos e a prefeitura conta com um orçamento anual de R$10 bilhões a mais que em 2004, os avanços insignificantes ficam menores ainda, como constatam consternados os usuários do transporte público da cidade.
Como considerar um avanço “significativo” nesse contexto, a conclusão de apenas 8 km do fura-fila? É bom lembrar, como disse o próprio jornal, que a totalidade dos seus 31,8 km de extensão deviam ser entregue este mês, pelas promessas da prefeitura. Agora a promessa é para o próximo mandato, como ficaram para o próximo mandato os 5 corredores novos não realizados (convém ter presente que em 4 anos, a gestão Marta Suplicy construiu mais de 100 Km de corredores, com finanças bem menores que as atuais)
Como se vê, só com muita e “significativa” boa vontade podemos falar de “avanços”!
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Pesquisa Associação Nacional de Transporte Público (ATTP)

Fonte: Blog do Favre

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Frase de pára-choque de caminhão

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Frase de caminhão vista nesta semana em uma das principais avenidas de São Paulo:"Feliz é o Kassab, que não tem sogra nem caminhão".
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"eu vou além, mais feliz ainda pois nem precisa pegar transporte público."

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Brasil é eleito o 'país do ano' por agência dos EUA

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Você sabia que o Brasil foi escolhido o "País do Ano" pela Agência para o Comércio e o Desenvolvimento dos Estados Unidos (USTDA, na sigla em inglês). O prêmio foi entregue nesta quarta pelo diretor da USTDA, Larry Walther, ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.Segundo Walther, a escolha do País considera três aspectos: o desenvolvimento de projetos em parceria com a agência, o grau de liberalização do mercado para receber investimentos externos e quão bem as empresas norte-americanas são aceitas no Brasil. O prêmio existe desde 2001 e já foi entregue a países como Colômbia, México, Vietnã e Afeganistão.InvestimentoA USTDA concede financiamentos para estudos de viabilidade ou projetos de investimento em países em desenvolvimento ou de renda média que possam abrir mercado para as exportações norte-americanas.Segundo o órgão, desde 1981, quando foi criado, já realizou investimentos em 91 projetos brasileiros que representaram US$ 263 milhões em vendas dos Estados Unidos para o Brasil. A USTDA investiu R$ 21 milhões nestes projetos, principalmente de infra-estrutura. Walther anunciou que a agência terá um escritório no Brasil, o primeiro em toda a América Latina.Segundo o ministro Miguel Jorge, entre os investimentos que receberam recursos da USTDA estão projetos incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Você leu essa notícia na imprensa brasileira?
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Fonte: Blog amigos do presidente lula

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Presente de Grego

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No dia 02 de outubro passado, escrevi um artigo intitulado "O tempo não Pára", parafraseando o título de uma obra de Cazuza, explicitando uma preocupação quanto à crise e suas conseqüências, particularmente sobre a classe trabalhadora. Estava na cara que iriam jogar sobre nós os custos das perdas que banqueiros, investidores, especuladores e grandes empresários tiveram no jogo de "roleta russa" a que nos submeteram - claro - que com a "arma" apontada pra nossa cabeça.
Mesmo reconhecendo o fracasso das políticas neoliberais, das quais "tucanos" e "demos" foram seus fiéis seguidores, levando a cabo todas as diretrizes do chamado Consenso de Washington, neste momento não faltam oportunistas querendo aparecer com medidas extravagantes como receita para o enfrentamento da crise. Chegam atrasados ao baile, e ainda se recusam a tirar a máscara.
O último desses oportunistas, como não poderia deixar de ser, é o secretário de emprego e relações de trabalho de São Paulo, Afif Domingos, secretário de José Serra, querendo aparecer com uma dessas medidas que se retiram de uma "varinha de mágica". Essa tem nome inglês, layoff. Em um bom português, significa desemprego temporário. Dá vontade de rir pra não chorar!
Segundo este senhor e sua equipe, o milagre para o enfrentamento da crise durante o ano de 2009 consiste no seguinte receituário: a) as empresas suspendem o contrato de trabalho do/a trabalhador/a, por 10 meses; b) neste período, mesmo não havendo rescisão de contrato, o/a trabalhador/a entra no cadastro de desemprego; c) como tal, passa a perceber parcelas do seguro desemprego, que seriam ampliadas para 10 meses; d) não haverá nenhum custo para as empresas; e) para sua viabilidade, deve-se alterar a CLT através de uma Lei Ordinária ou de uma Medida Provisória. Ressalta-se que a equipe do Sr. secretário, propõe que seja através de MP. Ironia do destino. Os tucanos que tanto batem nas MPs, quando lhes convêm, estas não representam nenhum problema. Segundo estes alquimistas, ao final dos 10 meses as empresas, dependendo dos rumos da crise, poderão confirmar ou não a suspensão definitiva do contrato de trabalho. É LAMENTÁVEL...!
Esta receita será levada ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - CODEFAT. Segundo seus mentores (Afif, Serra e Cia. Ltda.), os custos desse milagre giraria em torno de R$ 6 bilhões em 2009. Resumo da história: 1) Nós trabalhadores/as não geramos crise alguma mais querem que paguemos a conta, flexibilizando direitos da forma mais oportunista jamais vista. Se há R$ 6 bilhões para desempregar, porque não se investe este dinheiro em políticas estruturantes que estimulem mais crédito, mais investimentos na produção e gerem mais emprego? Ao contrário do que de forma "equivocada", foi publicado no O Globo, Diário de São Paulo e Agência Brasil, a CUT se coloca de forma veemente contrária a este tipo de solução para o enfretamento da crise. Pois esta responsabiliza e penaliza a classe trabalhadora e isenta os verdadeiros responsáveis pelos impactos da crise em nosso país, tucanos e demos, que com este tipo de proposta, mesmo reconhecendo o fracasso daquilo que já fizeram, não perdem a chance de mostrarem suas verdadeiras faces neoliberais. No fundo sabemos que o patronato vai utilizar do discurso da crise para reestruturar e desempregar.
Nossa Central Sindical, já explicitou de forma muito clara para o Governo, empresários e toda a sociedade que, não vai dar tréguas a nenhuma empresa, privada ou estatal, que se utiliza da crise como justificativa e apresenta o desemprego como única alternativa. Sobretudo, não vamos permitir que recursos públicos que podem potencializar o papel do Estado como indutor do desenvolvimento, sejam utilizados para dar de presente aos trabalhadores/as neste Natal, um verdadeiro "presente de grego". ABAIXO LAYOFF! ABAIXO O DESEMPREGO E SEUS MENTORES. Contra o aparelhamento do estado em favor do capital. Não permitiremos!

Essa medida expressa o caráter do governo José Serra - autoritário, não dialoga com os movimentos sociais, nega-se a reconhecer e implantar o Piso Salarial Nacional do Magistério, desrespeita o funcionalismo público e coloca o Estado a serviço dos interesses de patrões e banqueiros. Na verdade, Serra e seus mascotes, representam interesses que a sociedade brasileira já repudiou. É BOM QUE ESTADO DE SÃO PAULO SAIBA E NÓS MOSTRAREMOS.
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Fonte: Site da CUT
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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Serra, queremos redução do icms

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Você já notou que o governador tucano José Serra, de olho em 2010 está aproveitando a tal "crise" para se promover? .

De olho na eleição presidencial em 2010, o candidato José Serra(PSDB), anunciou na sexta-feira crédito de R$ 1,2 bilhão para empresas dos setores de máquinas e autopeças. Empresários do setor dizem que as medidas tributárias, ficaram aquém das reivindicações das empresas e centraram-se na prorrogação de prazos para recolhimento do ICMS, com poucos incentivos que resultam efetivamente em renúncia fiscal. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que deve procurar o governador nas próximas semanas para reforçar solicitações já feitas. A Fiesp pediu a redução efetiva de ICMS para vários setores, e uma dilatação mais generalizada no prazo de recolhimento do imposto.

O governador paulista poderia também, fazer um "agrado" para os paulistanos, reduzindo o ICMS cobrado na conta de luz. Uma família que consome 184kwh de energia elétrica, paga R$ 12,32 de ICMS para o governador José Serra.
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Fonte: Blog Amigos do Presidente Lula

Charge da semana

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E agora vampiro?

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Quando houve o leilão que deu a concessão das rodovias paulistas- em que ganharam cinco empresas (Invepar/OAS, BRVias, Brasinfa, Triunfo Participações e Consórcio Integração/Odebrecht) - foi acertado que as ganhadoras deveriam apresentar garantias de curto e longo prazo por meio de carta de crédito para que fossem analisadas, em momento posterior, pela Comissão de Julgamento e Processamento.

Conforme noticiado pelo Estadão, três das cinco empresas - BRVias, Brasinfa e Triunfo Participações - não honraram o acordo e estão perto de serem desqualificadas por descumprimento das regras. As três juntas concordaram em pagar R$ 1,52 bilhão pelo direito de operar as estradas, sendo 20% à vista (previsto para ser quitado nesta segunda-feira, 15/12) e o restante em 18 parcelas.

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Empresas descumprem exigências e podem perder concessão de rodovias

Das cinco companhias que ganharam leilão para explorar estradas de SP, duas não conseguiram financiamento

Renée Pereira

Três das cinco empresas vencedoras do leilão de concessão das rodovias paulistas, realizado em 29 de outubro pelo governo do Estado de São Paulo, estão perto de serem desqualificadas por dificuldade na obtenção de crédito, problemas financeiros e descumprimento das regras do edital. Na mira da Comissão de Processamento e Julgamento das Propostas, sob coordenação da agência reguladora Artesp, estão Triunfo Participações, BRVias e Brasinfra.

Elas arremataram, respectivamente, 974 quilômetros das rodovias Ayrton Senna-Carvalho Pinto, Marechal Rondon Oeste e Marechal Rondon Leste, com deságios que variaram de 13,09% a 54,9%. Mas, de acordo com informações obtidas pelo Estado, duas das empresas não conseguiram fechar uma estrutura de financiamento com os bancos para honrar compromissos do programa de concessão e a outra não entregou todos os documentos exigidos.

A situação põe o governo paulista numa situação delicada. Além de contar com o dinheiro para fazer vários investimentos na área de transporte, o anúncio de desclassificação das empresas pode ser entendido como um fracasso do leilão, o que seria uma publicidade negativa para o governo de José Serra. Apesar disso, o governador avisou que não vai interferir na decisão da Artesp sobre o caso.

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Fonte: Conversaafiada

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Pesquisa PIG - lá eles levam de lambuja

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em uma atitude que acho desesperada o site do Estadão está fazendo uma pesquisa que faz a seguinte pergunta ao leitor: "Você aprova o governo do Lula?".

Dadas as caracteristicas dos leitores do Estadão, o não está vencendo. Sugiro a todos a ida ao site para colocar as coisas em seu devido lugar. Eu já votei SIM.

Tonin - Porto Velho (RO) - Assalariado

PARA VOTAR NA ENQUETE DO ESTADÃO, CLIQUE AQUI 

 

Comentário: É uma tremenda malandragem do Estadão. O site do jornal não informa que é uma pesquisa sem qualquer base científica. Assim, muita gente desinformada pode acabar deduzindo que aquela é a pesquisa verdadeira.

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Fonte: Blog Cidadania.com

domingo, 14 de dezembro de 2008

'Não faz sentido' Metrô ter ambulância, diz Serra

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O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), informou que a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) não renovará o convênio que tinha com ambulâncias para levar a hospitais passageiros que passam mal nas estações. Segundo ele, "tem outro esquema de segurança para a assistência médica que tem funcionado satisfatoriamente". Para Serra, "não faz sentido" ter uma ambulância de plantão em cada estação. "Tem atendimento médico e avaliação e chama-se o transporte quando é necessário", disse ele.

Reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo revela que, o Metrô precisa usar um convênio informal com taxistas para encaminhar os passageiros que passam mal para hospitais. A companhia admitiu que utiliza os veículos particulares, "mas só em casos considerados menos graves...

O governador deu a entrevista enquanto acompanhava a chegada do primeiro dos 16 novos trens que o Estado comprou para a Linha 2 - Verde. Os trens foram adquiridos da empresa suíça Alstom, cada um a um custo médio de R$ 27 milhões. A empresa está no centro de um escândalo, acusada de pagar propinas a políticos para obter contratos no Brasil. Questionado sobre o fato da Alstom estar sendo investigada, Serra limitou-se a comentar: "Não tem nada a ver".

sábado, 13 de dezembro de 2008

Dinheiro pra que Dinheiro?

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http://oglobo.globo.com/fotos/2006/11/14/14_MVG_sp_rodoanel.jpghttp://portaldecaragua.com.br/images/stories/jose_serra.jpg

Daniel Gonzales - O Estado SP

Começa à 0h da próxima quarta-feira a cobrança de pedágio no Trecho Oeste do Rodoanel. O motorista vai pagar tarifa única de R$ 1,20, sempre nas saídas da pista, ao longo dos 32 km do percurso. Previsto para começar na próxima segunda-feira, o pedágio foi adiado porque, de acordo com a Agência Reguladora de Transportes do Estado (Artesp), foi necessária a realização de campanha educativa para os motoristas. Desde ontem, funcionários distribuíam folhetos nas cabines, cuja construção foi concluída há uma semana. Faixas de aviso também foram colocadas perto dos pontos de cobrança.

As 13 linhas de cabines estarão espalhadas nas saídas para as cinco rodovias cruzadas pelo Trecho Oeste - Bandeirantes, Anhangüera, Castelo Branco, Raposo Tavares e Régis Bittencourt -, além da ponta do Rodoanel na zona norte, a Avenida Raimundo Pereira de Magalhães. Também haverá dois pontos de cobrança na única saída do Trecho Oeste que dá acesso a um bairro, o Bairro Padroeira, em Osasco.

Na pista do Rodoanel sentido Raimundo Pereira de Magalhães, as praças estarão no Km 0 (saída para a própria Raimundo), 3,6 (Bandeirantes), 6,7 e 7 (saídas para a Anhangüera), 15,6 (Castelo Branco), 21 (Bairro Padroeira), 24,7 (Raposo Tavares).

Na direção oposta (sentido Régis Bittencourt), as praças ficarão nos Km 3 (Bandeirantes), 6 (Anhangüera), 14 (Castelo Branco), 19,5 (Bairro Padroeira), 24 (Raposo Tavares) e 25,3 (última saída, já na Régis).

Com o movimento diário de 145 mil veículos no Trecho Oeste (80% carros e o restante veículos comerciais, ônibus e caminhões, que pagarão R$ 1,20 por eixo), é estimada arrecadação diária em torno de R$ 200 mil com os pedágios.

Segundo a concessionária RodoAnel, que vai operar o trecho, serão investidos R$ 465 milhões obtidos com o pedágio em melhorias de segurança e fluidez nas pistas. Outra parte vai para campanhas educativas voltadas a caminhoneiros e contra o consumo de álcool por motoristas. Comunidades carentes próximas do Rodoanel terão cinemas gratuitos com parte dos recursos, promete a concessionária. Além disso, a RodoAnel vai pagar R$ 2 bilhões ao governo do Estado, como contrapartida à exploração do Trecho Oeste.

Segundo o secretário de Estado de Transportes, Mauro Arce, o dinheiro custeará as obras do Trecho Sul, de 61,4 km, iniciadas em setembro de 2006 e com conclusão prevista para 2010. Este trecho integrará as Rodovias Anchieta e Imigrantes ao Rodoanel.

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Fonte: Blog do Favre

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"O legal do povo em São Paulo é que a grande parte burguesa pensa como o governador, que está na suiça, e que é mais do que justo pagar R$ 4,00, R$ 10,00 ou R$ 18,00, pelo pedágio, e dizer orgulhoso temos as melhores estradas do país. Esse pensamento é dissipado pela imprensa, que apóia as iniciativas, o grande entrave é o pobre, o mesmo que adora o Lula, que geralmente não tem condições de pagar uma pequena fortuna para ir para Santos por exemplo. Pena que esse mesmo pessoal cai como patinhos nas propagandas que o Sr. Serra faz, e acha um luxo comer as migalhas do queijo suiço".

O "choque de gestão" já não é mais o mesmo

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A direita brasilera é engraçada. Acham que qualquer aumento de gasto público com a criação de secretarias é desperdício de dinheiro, mas, a partir do momento que assumem o poder, tomam as mesmíssimas atitudes, muitas vezes até pior.

Quantas vezes escutamos em campanhas políticas e entrevistas que o grande defeito do governo Lula era o excessivo aumento de gasto com os funcionários públicos e "loteamento" de cargos para aliados políticos? Quantas vezes ouvimos de tucanos ilustres, como José Serra e Aécio Neves, a expressão "choque de gestão"? Quantas vezes nos foi colocado sobre ressurgimento do Dem em São Paulo com a vitória de Gilberto Kassab? Quantas vezes a campanha de Kassab acusou a adversária Marta Suplicy de "inchar o Estado" com a criação de secretarias durante a administração petista? Agora, meu caro leitor, adivinhe qual a primeira atitude de Kassab como prefeito? Criar secretarias! Simplesmente 6 secretarias a mais que o governo Marta, embora o orçamento da prefeitura tenha um decréscimo de 3,2 bilhões de reais devido a crise econômica.

Mais uma coisa me surpreendeu aqui em São Paulo. Estava andando pela Avenida Paulista, voltando da escola, quando vi a decoração de Natal montada pela prefeitura. É muito bonita, não vou negar, mas imaginem o que a nossa gloriosa classe média diria se o prefeito fosse do PT: "Imaginem quanto isso deve custar, deveriam construir escolas,hospitais,etc". Lembram-se dos coqueiros plantados nos Jardins? Para quem não sabe, Marta suplicy foi a primeira e única administradora em toda a história da civilização ocidental que foi criticada por ter plantado árvores. E quantas reclamações houve quanto a esse gasto público supérfluo? Nenhuma, meu caro leitor, nenhuma. Cheguei a ouvir que a avenida Paulista com essa decoração parecia a "América do Norte". Acreditem, não estou mentindo.

E o tal "choque de gestão"? Deixa pra lá!

Veja abaixo a notícia da Folha que, logicamente, e não podia ser diferente, foi devidamente isolada, não recebendo o destaque necessário.

Prefeito iniciará novo mandato com 27 secretarias, seis a mais do que quando assumiu; prefeitura diz não saber custo total da medida

Aumento da estrutura municipal contradiz discurso de oposição dos principais dirigentes do DEM em relação à União

FOLHA SP

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) iniciará seu segundo mandato com um número recorde de secretarias: 27, seis delas criadas por ele mesmo. A decisão de aumentar a estrutura municipal foi tomada para acomodar aliados.

O prefeito já confirmou a criação de duas pastas para o DEM: Controle Urbano e Desenvolvimento Urbano. Também prometeu dar status de secretaria a duas coordenadorias comandadas por tucanos: Direitos Humanos e Segurança.

Agora colocou José Aristodemo Pinotti (DEM), deputado federal, na Secretaria Especial da Mulher. Uma sexta pasta foi criada por Kassab no início do ano a fim de abrigar outro antigo aliado, o deputado estadual Rodrigo Garcia -seu ex-sócio.

A assessoria de Kassab diz que, de modo geral, as novas secretarias usarão estruturas já existentes, uma vez que a idéia é “dar status” de secretário para alguns cargos já ocupados.

Discurso e prática

A prática da atual gestão se mostra bem diferente do discurso que elegeu José Serra (PSDB) em 2004 -Kassab era o seu vice. O hoje governador dizia que sua adversária à época, a então prefeita Marta Suplicy (PT), tinha a equipe “inchada”. Marta deixou a administração com 21 secretarias -criou as pastas de Relações Internacionais e de Segurança.

Ao assumir o comando do município, em 2005, Serra extinguiu essa última, transformando-a numa coordenadoria. Kassab vai recriá-la agora.
Ainda em 2004, durante a transição de governo, a equipe tucana chegou a montar um organograma que, se levado a cabo, reduziria o número de secretarias para 14. O plano foi abandonado, também para acomodar aliados políticos.

O recorde do número de secretarias na gestão municipal também colide com o discurso de oposição dos principais dirigentes de seu partido em relação ao governo federal.

No primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, quando o presidente criou seis novas vagas para abrigar aliados políticos do PT- parlamentares do PFL (depois rebatizado de DEM) criticaram a iniciativa.

Ao final daquele ano, o então presidente nacional do PFL e um dos principais interlocutores de Kassab, Jorge Bornhausen, deu esta declaração: “O governo criou seis novos ministérios e secretarias especiais. Patente a incompetência de seus colaboradores e a ineficiência dos novos ministérios, o Planalto se recusa a rever esse verdadeiro cabide de empregos.”

Procurado ontem pela Folha, Bornhausen afirmou, por meio de sua assessoria, que não comentaria as medidas de seu aliado e colega de sigla.

Mesma estrutura

A assessoria de Kassab afirma que nem todos os novos cargos no primeiro escalão criados por ele precisarão de novas estruturas na máquina municipal e de eventual aumento do gasto público.

As pastas de Segurança e de Direitos Humanos, dizem os assessores, utilizarão os mesmos espaços físicos que já ocupam atualmente como coordenadoria e comissão, respectivamente. Nos dois casos, não será preciso aumentar o número de funcionários, afirmam.

Nas pastas de Controle Urbano e Desenvolvimento Urbano ainda há certa indefinição. As duas novas pastas surgirão do desmembramento de estruturas já existentes. A gestão de Kassab não tem clareza sobre a necessidade de criação de cargos nem sobre a demanda orçamentária.

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Fonte: Blog Opinião Pontual

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O quanto o povo paga por falsas promessas

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Uma discussão entre vereadores e representantes da São Paulo Transporte (SPTrans) durante audiência ontem na Câmara Municipal colocou em xeque a manutenção da tarifa do transporte coletivo a R$ 2,30 em 2009, como prometeu o prefeito Gilberto Kassab (DEM) na campanha à reeleição. Pelos cálculos da Comissão de Transportes do Legislativo, com base em informações fornecidas pelo próprio governo, serão necessários R$ 1,1 bilhão de subsídios para viações e cooperativas em 2009 para evitar o reajuste.

Kassab, no entanto, previu no orçamento conceder R$ 600 milhões em subsídios, valor já pago este ano e reduzido em R$ 76 milhões com o corte de 7,5% no orçamento de 2009. Mas, se for levado em conta que a remuneração média recebida por empresários e perueiros por passageiro transportado é hoje de R$ 1,58, e a média anual de viagens é de 2,850 bilhões, o sistema vai custar R$ 4,504 bilhões em 2009. A previsão fornecida pela SPTrans com a arrecadação das viagens no próximo ano, entretanto, é de R$ 3,4 bilhões.

No momento em que os vereadores apresentaram o cálculo e registraram o déficit, os representantes da SPTrans ficaram calados por alguns segundos. Em seguida, após conversa com assessores, o diretor-adjunto de Gestão e Receita da empresa, José Carlos Martinelli, afirmou que no cálculo de R$ 1,58 estava também embutido os repasses previstos às viações com a “operação em terminais”. No final da audiência, o diretor declarou não reconhecer os números da comissão, mas que ajustes, como corte de gastos, precisam ser feitos para garantir a tarifa a R$ 2,30.

“Na rubrica chamada compensações tarifárias entraram novos cálculos nos últimos anos, como a operação dos terminais. (O R$ 1,1 bilhão) É uma conta que não bate. A conta razoável é a de R$ 600 milhões”, argumentou Martinelli. Os vereadores, porém, não se convenceram das explicações.

PARLAMENTARES

“Queremos saber de onde a Prefeitura vai tirar quase R$ 600 milhões de diferença”, afirmou o vereador Abou Anni (PV). Para a governista Mara Gabrili (PSDB), novas audiências precisam ser realizadas para esclarecer os números das contas. “Se o prefeito prometeu que vai manter a tarifa, é lógico que ele vai cumprir. Só precisamos saber mais detalhes sobre como as contas do sistema vão fechar”, comentou.

A oposição aproveitou para atacar Kassab e pretende levar o caso ao Ministério Público Estadual (MPE). “A sociedade não foi informada sobre o custo de R$ 1,1 bilhão para a manutenção da tarifa. O eleitor foi enganado quando recebeu a informação de que R$ 600 milhões em subsídios seriam suficientes”, criticou Antonio Donato (PT).

Se chegar a R$ 1,1 bilhão, o valor dos subsídios seria suficiente para a construção de quatro pontes estaiadas iguais à da Marginal do Pinheiros ou 44 Centros Educacionais Unificados (CEUs) para 3.500 alunos cada.

EMPRESÁRIOS

Logo após a audiência, a reportagem conversou com dois empresários, um dono de viação de ônibus e outro sócio de cooperativa de perueiros, ambos concessionários e permissionários na zona sul da capital paulista. Os dois foram enfáticos ao afirmar que será necessário pelo menos R$ 1 bilhão de subsídio para fechar a conta do sistema em 2009, caso a passagem seja mantida a R$ 2,30. “O dissídio do contrato das viações com o governo ocorre em março. Com certeza haverá um bom reajuste no R$ 1,58 pago por passageiro transportado, isso se o prefeito não quiser fazer remanejamentos para ampliar os subsídios”, disse um dos empresários.

Ao apresentar seu texto final, o relator do orçamento e responsável pelo corte no orçamento de 2009, vereador Milton Leite (DEM) - ligado às cooperativas de perueiros da zona sul -, dizia que o novo orçamento não vai causar aumento de passagem, apesar do subsídio menor. “O prefeito pode depois transferir mais dinheiro para os subsídios, como já fez neste ano”, afirmou um empresário, na época, que pediu sigilo. Por meio de transferências do superávit financeiro, Kassab aumentou em mais de R$ 80 milhões os subsídios pagos neste ano ao setor. O superávit acumulado pela Prefeitura nos últimos quatro anos, que era de R$ 1,7 bilhão em janeiro, hoje é de R$ 447 milhões.

Já o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo (SindMotoristas) teme que os 20 mil funcionários de viações e cooperativas fiquem sem aumento em 2009 para custear a manutenção da tarifa. O dissídio da categoria está previsto para ocorrer em março. “O prefeito concedeu 1 hora a mais de gratuidade (no bilhete único) e isso já causou um rombo nas empresas. Quero ver qual é a mágica que o governo vai fazer agora para fechar as contas. Ninguém é a favor de aumento de passagem, mas só espero que os trabalhadores não paguem por isso”, afirmou Isao Hosogi, presidente do SindMotoristas. “E os condutores com certeza vão querer aumento no ano que vem, pois a inflação em 2009 deve chegar a mais de 9%.”

NÚMERO

R$ 1,58 é quanto
recebem as empresas de ônibus por cada passageiro transportado a uma tarifa de R$ 2,30, cobrada nas catracas
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Fonte: Blog do Favre

Votou nele esperando construção de creches? "sifu"

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Gilberto Kassab (DEM) foi reeleito à prefeitura de São Paulo na base de promessas. Uma dessas promessas seria a construção de creches nos bairros periféricos da cidade. Pois bem, vejam essa notícia publicada no jornal Folha de São Paulo desta sexta-feira. Uma creche da Prefeitura de São Paulo em construção na zona leste foi abandonada após o segundo turno da eleição, e, desde então, foi saqueada várias vezes e parcialmente incendiada no último domingo.

A obra da gestão Gilberto Kassab (DEM) foi largada e nenhum segurança ou guarda municipal foi colocado no local. Com isso, tijolos, madeiras e outras materiais de construção foram levados por invasores -no último sábado, a reportagem presenciou um caminhão sendo carregado na entrada do prédio por mais de uma hora.

A creche, projetada para abrigar 160 crianças, deveria ter sido entregue em agosto. O prazo foi estendido até anteontem, em razão de ocupações do terreno e de atrasos da construtora, mas tampouco foi cumprido. No local, há hoje apenas a estrutura de alvenaria.

Segundo moradores de Sapopemba, a obra enfrenta problemas desde o início de sua construção, em 2007. O último abandono, dizem, ocorreu entre o final de outubro e o início de novembro. Os operários haviam retomado os trabalhos após o primeiro turno eleitoral.

R$ 1,05 milhão

A cidade de São Paulo tem hoje um déficit de cerca de 80 mil vagas em creche. Na eleição, Kassab prometeu que iria "zerar o déficit". O presidente da Sociedade Estrela do Bairro, conhecido como Capoeira, reclama do que chama de "uso eleitoreiro da obra". "A construção já estava parada havia uns três meses. Os operários reapareceram por volta de duas semanas antes do segundo turno. Passados dois ou três dias das eleições, eles saíram novamente, deixando os materiais e a obra do jeito que está, abandonada"


A obra, localizada na rua Salvador de Mesquita, em Sapopemba, a construção era ocupada por meninos, que aproveitavam o último pavimento para empinar pipas. O portão principal se encontrava aberto e era transitado livremente, assim como uma porta com saída para a rua atrás da construção. Não havia operários trabalhando. Do lado de fora, entulho se acumulava. Os moradores dizem que à noite o local é mais perigoso, pois vira um ponto de uso de drogas. A construção é vizinha de uma escola pública infantil. O custo estimando da construção é de R$ 1,05 milhão. Até agora, foram feitas a fundação e 80% da estrutura, o equivalente a 40% da obra, segundo a Secretaria da Educação. Ah e tem mais: SP gastará R$ 600 mi para manter tarifa de ônibus. 

SP fica atrás de 13 Estados e deixa de cumprir metas da educação

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Treze Estados se saíram melhor do que São Paulo no cumprimento de metas para aumentar a qualidade do ensino no País, estipuladas pelo movimento Todos pela Educação. O grupo, que reúne empresários, organizações sociais e gestores públicos, lançou um compromisso pela melhora da educação em 2006 e traçou objetivos até 2022. Seu primeiro relatório foi divulgado ontem e mostra que mais de 70% das crianças de 4ª e 8ª séries não aprenderam o que deveriam em português e matemática.

A meta para o País em 2022 é justamente o inverso: mais de 70% deverão ter aprendido o essencial para sua série. "Será preciso acelerar o ritmo de melhoria da qualidade", diz Mozart Ramos Neves, presidente-executivo do movimento.

Os resultados de agora se referem às metas intermediárias, determinadas para 2007. Todos os Estados deveriam atingir uma porcentagem de alunos no nível considerado adequado à 4ª e à 8ª série, em português e em matemática, nas avaliações oficiais do Ministério da Educação (Prova Brasil e Saeb).

As metas são definidas conforme avaliações já feitas pelos alunos do Estado e pela sua capacidade de investimento e melhoria. São Paulo, por exemplo, deveria chegar em 2007 a 40,3% de seus alunos de 4ª série no nível adequado de português, mas ficou em 37,5%. Já o Amazonas deveria ter 8,8% dos estudantes da 8ª série com aprendizado satisfatório, mas conseguiu registrar 14,5%. Isso significa que essa minoria de alunos consegue identificar a finalidade de um texto, perceber metáforas e notar informações implícitas e explícitas.

Em São Paulo, apenas as metas para matemática foram cumpridas. Na 4ª série, 32,8% das crianças fizeram a pontuação adequada, assim como 16,5% dos adolescentes da 8ª série. As metas eram de 29,5% e 16,3%, respectivamente. Os índices de São Paulo estão entre os mais altos do País. No entanto, nove Estados - entre eles, Tocantins, Pernambuco e Paraná - conseguiram cumprir todas as suas quatro metas. Quatro alcançaram três delas. Só Minas e Distrito Federal não atingiram nenhuma.

"Cada Estado agora está colhendo resultados de suas políticas adotadas alguns anos atrás", analisa a presidente do conselho de secretários da Educação (Consed), Maria Auxiliadora Seabra Rezende. "Relatórios como esse ajudam a traçar melhor os projetos para o futuro", diz.

Os resultados mostram que houve mais melhora em matemática do que em português. Na 4ª série, só três Estados não chegaram à meta. O Pisa, avaliação mundial de educação, já havia mostrado melhor desempenho dos alunos em matemática. "O desempenho de São Paulo é razoável se comparado ao Brasil de hoje, mas tem de melhorar", diz o consultor Rubem Klein, que participou do relatório.

As metas do Todos pela Educação se baseiam em avaliações do MEC, mas são mais audaciosas que as do próprio governo. O ministério criou em 2007 o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), formado pelo desempenho dos alunos nas provas oficiais e pela quantidade de alunos na série correta para a idade. As metas do Ideb são bienais e, neste ano, o MEC anunciou que só Minas não havia cumprido seus objetivos para 4ª série. Na 8ª, apenas dois Estados não chegaram à sua meta no Ideb.

Além da quantidade de alunos com o conhecimento adequado para a série, que é chamado no Todos pela Educação de meta 3, o movimento tem ainda outros quatro objetivos. A meta 1 pede toda criança de 4 a 17 anos na escola e foi verificado que 90,4% delas estavam estudando em 2007.

A meta 2 se refere à alfabetização de todos que tiverem até 8 anos; como não havia avaliações ainda para essa idade no ano passado, o relatório usa dados do IBGE para constatar que o índice é de 88%, o que é considerado superestimado. A meta 4 exige a conclusão do ensino médio por todos que tenham até 19 anos; o índice atual está em 44,9%. E a meta 5 trata do investimento público em educação e conclui que isso tem aumentado.

Para o secretário da Educação do Amazonas, Gedeão Timóteo Amorim, as mudanças ocorrem após reestruturação das escolas. "Profissionalizamos nossa gestão e mudamos o sistema das escolas", afirma. Estadão
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Fonte: blog amigos do Presidente Lula

Lelê Teles: Em defesa de Lula

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Pelas barbas de Bin Laden, eu vi o homem.

Desde a minha adolescência sou apaixonado pela energia cinética deste retirante nordestino, alçado no novo século ao píncaro dos palácios.

Lembro bem de suas barbas hirsutas, de seu jeito desajeitado, sua cara suja e oleosa; seu semblante verdadeiro e puro, seu ar de anjo natural, de um ser fabricado com os tênues fios que afinam os instrumentos da orquestra que toca a sinfonia do universo.

Sei dele desde menino, quando fundei um grêmio estudantil na escola. Fiz, em serigrafia, milhares de bandeiras vermelhas com uma estrela branca no meio, em 1989, e distribui pelos comitês de Brasília, louco para elegê-lo.

O vi sofrer derrotas. O via como um vencedor que acabou de sofrer uma derrota e saiu ganhando, sempre. O via como um skatista, aprendendo com a queda: a cada tombo a certeza de que na próxima pegou a manha e não vai cair de novo; até acertar na veia.

Via o povo dentro das fábricas, homens em cima de caminhões de som, gritos, palavras de ordem, rebeliões. E os poderosos engravatados, perfumados pela churume da insensibilidade social, obrigados a negociar com eles, aceitar algumas de suas exigências, dialogar.

Via isso na TV como se estivesse nos grandes teatros clássicos, vendo desfilar sobre mim a história da minha civilização e a construção do meu conceito de civilidade.

Na universidade, um dia vi o caminhão de som e os funcionários em protesto na reitoria. Era meu primeiro semestre. Os funcionários, os limpa-chão, os abre-portas, confabulavam, com os seus microfones em punho, usando palavras como exploração, patrão, data-base, greve, direitos, constituição, cidadania, corrupção, direita e esquerda, classe trabalhadora etc. Um léxico tão rico de significados, uma força tão pujante no espírito daqueles homens simples meu Deus.

E eu, na reitoria da universidade, vendo os funcionários de nível fundamental a parlamentar e pensando em Lula da Silva, o monoglota de Guaribas. O homem que colocou a palavra fome nas discussões internacionais.

Sei dele também de sonhos vivos. Banhava-se numa banheira de âmbar, embora a mídia o descrevesse sempre imerso em fétida lama. Banhava-se, sobretudo, num pré-sal que contém uma substância consistente e nutritiva chamada povo, que alergia a mídia.

Tinha um lapso de paixão pelos seus amigos intelectuais, gostava da gente técnica e cheia de conhecimento, mas era mesmo amante da sabedoria. E falava sempre de forma simples, como convém aos sábios e aos santos, e fazia sempre questão de ser compreendido.

Diferentemente dos grandes jornais do meu país. Manchetes de hoje, 10 de dezembro: 1- O Globo: Crise freia país no auge do seu crescimento econômico. 2- Folha: Antes da crise, economia cresce 6,8%. 3- Estadão: PIB surpreende e cresce 6,8%. 4- JB: País cresce, apesar da crise. Análise: 1- como crise freia se o país cresceu? 2- como antes da crise se os próprios jornais dizem que a crise começou no ano passado? 3- surpreende quem se o presidente disse várias vezes que o país não sentiria a crise como o resto do mundo? 4- mas se o país cresce onde está a crise, meu Deus!

Os líderes do mundo vêem suas economias minguarem e Lula triunfa, apesar do cenário internacional. Mas antes diziam que Lula só triunfava porque era bom o cenário internacional. Vai entender? O povo entende, tanto que em meio à crise internacional Lula da Silva, o monoglota de Guaribas, obteve 70% da aprovação popular, apesar da mídia!

Depois que FHC quebrou o país três vezes, Lula da Silva o converteu na oitava maior economia do mundo. A mídia o massacrou com crises artificiais e factóides, com o tempo a febre amarela não veio, e os laudos técnicos confirmaram que os dois acidentes aéreos nada tiveram a ver com o presidente. Era uma pegadinha de mau gosto da mídia.

Ontem eu via o jornal na TV, o mundo desabava, empresas com séculos de existência fechavam as portas nos Esteites; na Europa, demissões em massa. Queda de exportações e o fantasma do desemprego na China. Enquanto isso, o moça do jornal falava que no Brasil houve aumento de emprego, a inflação caiu, o PIB subiu acima de 6% (como não acontecia há décadas), as vendas cresceram etc. E ela falava tudo isso com uma inexplicável fleuma. Ela dava essa notícia para todos os brasileiros de forma triste, como se ela torcesse contra e fosse derrotada e agora tivesse que pagar o mico de dar essa notícia.

É claro que a matéria terminou com a entrevista de um "especialista" tucano que falou que o cenário para o futuro não é tão bonito; e a moça sorriu.

Lelê Teles, Brasília
 
blog do Lelê Teles:
http://fastosenefastos.blogspot.com

Blog de poesias:
http://blogdoleleteles.blogspot.com/

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Lula, a Folha e os intelectuais

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Telefona Jean-Paul Lagarride, de Vladivostok. “Você leu a Folha de sábado?” Não, não leio aFolha e qualquer outro jornalão nativo, a não ser que algum amigo chame a minha atenção para algum artigo ou reportagem, para estimular o meu bom ou mau humor. “Então você perdeu algo importante para entender até onde vai a irresponsabilidade do Lula na sua tentativa de mostrar aos brasileiros que não há crise”. E como se deu a denúncia? “Um grupo de grandes intelectuais, ouvidos pela Folha, põem seus dedos na ferida”. Como? “O Goldberg, por exemplo, avisa que o cidadão se alheia cada vez mais da realidade se o aval vem do próprio presidente, e por isso a sociedade brasileira se nega à maturidade”. Ah, Jacob Pinheiro Goldenberg... E quem mais, na ínclita companhia? “Figuras de imenso saber e infindo destemor, o historiador Boris Fausto e o sociólogo Bolívar Lamounier, ainda bem que o Brasil pode contar com personagens deste porte”. “São todos tucanos, estão para Fernando Henrique Cardoso como o cinto está para as calças”, permito-me observar. Jean-Paul entrega-se a uma pausa, eu volto à carta: “Gostaria que eles tivessem se manifestado quando FHC, quando presidente por dois mandatos, aproveitou o largo período para quebrar o País três vezes”. “É – admite Jean-Paul, – isso é verdade...” Percebo-o de súbito um tanto desolado. Pretendo reanimá-lo: “Que acha você, honrado jornalista, de um jornal que para falar dos comportamentos de Lula ouve somente seus adversários, como se, no caso, não houvesse intelectuais em outras áreas políticas?” “Bem, – diz ele, – isto não é jornalismo”.
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Fonte: Blog do Mino

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Três patetas

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Em nota conjunta, o PSDB, o DEM e o PPS rebateram às críticas do PT à suposta responsabilidade do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) pelos efeitos da crise econômica mundial no Brasil. Reportagem da Folha informa que o tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, disse que o governo FHC e o DEM foram os patrocinadores da crise.

Li a tal “nota conjunta” assinada pelos presidentes do PSDB, do DEM e do PPS. Reproduzirei a íntegra abaixo e depois de cada parágrafo dela, que estarão em itálico, farei meu comentário.

O PT esgotou seu prazo de carência para atribuir ao passado a culpa pelos efeitos da crise econômica. Depois de seis anos do Governo Lula, a legenda do oficialismo surpreende o País com uma dupla incongruência: se o Presidente oficializou a versão, evidentemente falsa, de que o Brasil não sofre os efeitos da crise econômica, como atribuir a onda de desemprego e de forte recesso das atividades produtivas ao "governo anterior"? Como governistas no poder podem culpar o "passado" por uma "realidade" que o seu Presidente nega peremptoriamente?

Primeiro, não entendi uma coisa nesse primeiro parágrafo da tal nota: quando as coisas dão certo, são mérito de FHC – a tal “herança bendita”. Dizem que o PT manteve o modelo tucano. E agora a culpa por uma crise que surgiu bem longe daqui é do PT. Os oposicionistas perguntam como pode o PT “culpar o passado por uma realidade que o Seu presidente nega peremptoriamente”. Que realidade? Que há crise? Quando Lula negou que a crise exista e que o Brasil será afetado? O que Lula disse foi que o país será menos afetado do que outros países. O FMI diz a mesma coisa, a OCDE diz a mesma coisa e dezenas de economistas e instituições ao redor do mundo dizem a mesma coisa.

As manifestações petistas refletem o pânico que vivem em função das reações da população, por eles mesmos expostas detalhadamente na reunião de São Roque (SP). Reconhecem a crescente incapacidade do Governo para enfrentar a crise e indicam que escolheram um perigoso e débil álibi: queixam-se de um passado remoto - o qual denominam "governo anterior" - a que já tiveram tempo suficiente não apenas para superar, mas para revogar e denunciar seus atos, o que jamais fizeram.

Será que as “reações da população” contra o governo Lula a que se refere o triunvirato destro são as “reações” que se viu na última pesquisa Datafolha?

Após seis anos de juros altos, de populismo cambial, de permissividade nos gastos públicos, de escândalos financeiros e corrupção disseminada e acobertada, o PT e o Governo Lula não apenas têm todas as culpas como, em vez de procurar bodes expiratórios remotos, mostram-se incapazes de apresentar à Nação um programa efetivo e transparente de ações do Estado brasileiro para enfrentar os reflexos do quadro de evidente calamidade para o qual caminha a economia mundial e que se agrava a cada dia.

O que mais me chamou atenção nesse parágrafo foi a menção a “populismo cambial”. Os membros do governo que manteve o dólar engessado por decreto por cinco anos (o governo FHC) e que fez o Brasil mergulhar em recessão, desemprego e o endividou até o pescoço agora chamam de “populismo cambial” um sistema de dólar livre em que o governo, inclusive, vinha comprando essa moeda para segurar a cotação. Depois não entendem por que Lula não cai nas pesquisas.

Em vez de convocar as forças vivas da Nação, independentemente e acima das divisões partidárias, para a indispensável mobilização da sociedade, os petistas partem para provocações mesquinhas e facilmente desmoralizadas.

Essa história de “forças vivas da nação” já vi no Equador e na Venezuela, e é uma espécie de fetiche dos reacionários de ultradireita. Aliás, o presidente equatoriano, Rafael Correa, disse que não são forças vivas coisa nenhuma, mas forças “de vivos”, ou seja, de espertalhões que viram minguar sua fonte de moleza com as eleições dos presidentes de esquerda pela América Latina e, agora, até alguém da esquerda possível nos EUA passará a governar o país que manda nesses três patetas reacionários.

O Governo Lula já representa o próprio passado de que reclamam os petistas, que, portanto, atingem a si mesmos.

O papel aceita tudo. Eles acham que já elegeram Serra presidente só porque colocaram o Kassab na prefeitura da cidade mais conservadora do país, onde até o Maluf nadou de braçada durante décadas. Palhaços. Esquecem que Serra ganhou em 2004 e em 2006 a oposição levou uma surra nas urnas. E olhem quem nem em 2002 nem em 2006 Lula tinha tanta popularidade.

Brasília, 8 de dezembro de 2008

Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Sérgio Guerra (PSDB-PE)

Roberto Freire (PPS-PE)

De todos os três patetas do atraso, o mais patético é esse Roberto Freire. O cara era comunista. Acho que para deixar de ser comunista e virar aliado da nata da direita brasileira, e ainda por cima depois de velho, é preciso ter desprezo por ideais. É preciso ser um grandíssimo canalha.

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Fonte: Blog Cidadania