quarta-feira, 31 de março de 2010

Favre - Serra não se enxerga


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Comentei ontem e volto ao assunto hoje. “Serra reduz imposto do setor têxtil e ataca Lula”, é a manchete do artigo no Estadão. No artigo nenhuma referência é feita ao fato que o setor têxtil reclamava essa redução desde 2003 e nada é dito sobre o fato de Serra ter deixado passar um ano e meio desde o começo da crise internacional, para finalmente adotar a medida, já com o impacto da crise no Brasil superada.
No seu discurso auto-elogioso e crítico do governo federal, Serra disse que “o Brasil não se defende tanto quanto seria necessário”, mas enquanto o governo federal convidava os brasileiros a responder à crise consumindo e desonerava o IPI dos carros e dos eletrodomésticos, além de numerosas outras cargas tributárias, Serra permanecia insensivel à demanda do setor têxtil de São Paulo que reivindicava que o ICMS do setor passasse de 12% para 7%. (ver Serra acorda e com mais de um ano de atraso reduz ICMS da indústria têxtil).
Como indica o artigo da Folha SP (ver a seguir), outros Estados assim procederam e Serra foi a reboque dos demais. Volto a repetir, com mais de um ano de atraso em relação a crise.
Para o Brasil se “defender tanto quanto seria necessário” foi preciso um presidente como Lula, estadista reconhecido com tal pelo mundo inteiro e não um pusilânime administrador sem visão, que só reduz o ICMS do têxtil quando seu interesse eleitoreiro se manifesta, como alavanca para sua campanha eleitoral e que ficou insensível aos problemas do setor durante todo seu governo.
Um setor, o têxtil, que emprega 500 mil pessoas no Estado, segundo dados daFolha.
Luis Favre

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