Séria cômico, se o problema não fosse sério demais.
A falta de vagas em creches não parou de aumentar na administração demo-tucana. As vagas criadas são majoritariamente fruto de convênios entre a prefeitura e creches privadas. A falta de construção de creches municipais é gritante e a “gestão” Kassab só consegue diminuir a fila, tirando as mães da lista por meio do recadastramento.
Para compensar a falta de vagas e o descaso da administração Kassab, o vereador Arselino Tatto (PT) apresentou um projeto de ajuda financeira as mães que não obtiverem vagas em creches. Um sistema semelhante ao existente na cidade de Paris. A bolsa-creche permitirá a essas mães pagar uma ajuda a domicilio para compensar a falta de vagas.
O cômico é que os representantes de Kassab -que ainda não diz se vetará o projeto adotado-, criticam a iniciativa do vereador petista, mesmo votando à favor. A crítica é hilária: “A base governista aprovou, mas criticou o projeto. Segundo o vereador Floriano Pesaro (PSDB), o projeto não é solução. “O PT, quando não acha uma solução para determinado problema, apela para transferência de renda. Não há vagas nem em creches particulares. Precisamos é investir na construção de novas unidades”, afirmou (Folha 6/5/2009).
Os próprios responsáveis do pouco investimento “na construção de novas unidades”, os que não aportam a “solução” para o problema que eles mesmo geram, não priorizando o investimento em creches municipais, criticando os que buscam uma solução ao descaso.
En passant, como diria Lula, os demo-tucanos mostram o despreço que eles tem pela “transferência de renda”. O que é bastante logico. Confrontados com o “problema” da enorme desigualdade social do Brasil, nenhuma solução fora aportada durante o período em que governaram o país. Foi necessário o PT chegar ao governo para que os programas sociais mostrem sua força na diminuição desta desigualdade. Como diria o vereador tucano “quando não acha solução para o problema, o PT apela para a transferência de renda”.
Ainda bem!
Luis Favre
Bolsa-Creche para crianças sem vaga avança
Adriana Ferraz e Jéssika Torrezan do Agora
Após acordo entre líderes de partidos, a Câmara Municipal aprovou, ontem, projeto de lei que institui a Bolsa-Creche, destinada a todas as mães cadastradas na fila por uma vaga na rede municipal. O valor, segundo o vereador Arselino Tatto (PT) –autor do projeto–, é de R$ 232,50 por mês, equivalente a meio salário mínimo. Se virar lei, pode beneficiar mais de 67 mil crianças de até três anos.
Pelo texto, a grana seria usada para pagar uma vaga em creches da rede particular ou para contratar uma babá para cuidar da criança cadastrada. A aprovação foi em primeira votação. Isso quer dizer que o texto precisa ser votado novamente. Se confirmado o aval dos vereadores, o projeto segue para sanção do prefeito Gilberto Kassab (DEM) e aí pode ou não virar lei.
Segundo Tatto, a Bolsa-Creche é necessária diante da demora da prefeitura em oferecer vaga às crianças que aguardam na fila. De acordo com o vereador, as mães precisam trabalhar para compor o orçamento doméstico e, muitas vezes, ficam impossibilitadas porque não têm com quem deixar os filhos.
“A prefeitura não tem tido condições para suprir a demanda. Precisamos de mecanismos que possibilitem esse direito. Com esse projeto, podemos ainda gerar empregos, com distribuição de renda”, defendeu Tatto, que não soube explicar como seria feita a fiscalização do uso da verba ou a divisão dela.
“O Legislativo lança a lei, mas é o Executivo que cria as regras”, afirmou, ao não responder detalhes, como prazo para implementação ou critério para a distribuição do auxílio. Tatto reconheceu, porém, que a administração não poderia assumir todo o gasto.
“Por isso, vou apresentar um substitutivo [complemento ao texto original] propondo que parte dos recursos venha dos governos federal e estadual.” Se fosse aplicado hoje, o projeto teria custo, aproximado, de R$ 15,5 milhões a cada mês. O valor estimado para a construção de uma creche, segundo projeto elaborado com a iniciativa privada, é de R$ 1 milhão.
Para Claudio Fonseca (PPS), a bolsa acarretaria um aumento na demanda. “Muitas mães que não estão cadastradas iriam se interessar. E a fiscalização, como seria feita?”, questionou, ao sinalizar ser contrário ao projeto.
Procurada, a prefeitura não se manifestou sobre o projeto.
Mães se sacrificam para pagar escola
Lívia Sampaio do Agora
Sem poder deixar o trabalho, mães da zona sul, região que tem a maior fila por vagas em creches municipais, se viram como podem para deixar as crianças aos cuidados de unidades particulares.
Com o marido desempregado por mais de um ano, a educadora Maria Fabiana Santos, 29 anos, não paga a faculdade de pedagogia desde o ano passado.
“Ganho R$ 420 e a creche é R$ 150. Fica muito pesado”, afirma ela, que aprova a bolsa-creche, mas não dispensa a sonhada vaga no CEU Feitiço da Vila, no Capão Redondo. A filha dela, Lívia, está com um ano e sete meses e espera uma vaga desde os dois meses. Além do CEU, a mãe também inscreveu a menina em uma unidade municipal do Jardim Guarujá.
Enquanto vende balas e chocolates em um semáforo de Moema (zona sul), Paola Fernanda Sanches Bruno, 22 anos, paga R$ 100 por mês para que cuidem de cada um de seus dois filhos (no total, R$ 200) em uma escola do Jardim Varginha, onde mora.
O pagamento é feito com ajuda da mãe e do padrasto de Paola, que é separada e diz não ter ajuda do pai das crianças. “Faço o que posso. Preciso muito das vagas, mas me inscrevi há mais de seis meses e nada.”
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Fonte: Blog do Favre
A PROCURA É MUITO GRANDE E O PRAZO PAR INSCRIÇÃO É SÓ DE 3 DIAS.EU PERDI O PRAZO E FUI INFORMADA QUE MESMO SE EU FOSSE NO DIA CERTO,SERIA APENAS PARA DEIXAR O NOME DO MEU FILHO EM UMA LISTA DE ESPERA QUE TEM MAIS DE 100 CRIANÇAS.CADÊ OS POLÍTICOS QUE SÓ APARECEM EM ÉPOCA DE ELEIÇÃO ENGANANDO A TODOS COM FALSAS PROMESSAS.ALGUÉM PODE ME AJUDAR???
ResponderExcluirSOCORROOOOOOO........