sábado, 4 de abril de 2009

Eduardo Guimarães - Ridículo degenerativo

>

Hoje, lendo as “explicações” dos sequazes da mídia para os elogios que Lula recebeu em Londres durante a reunião do G20, fiquei me perguntando se esses tipos acreditam em alguma coisa do que dizem.

Estavam embatucados, sem saber como distorcer o fato, quando foram “salvos” pelo blogueiro global Ricardo Noblat. Afinal, por mais idiota que fosse sua teoria, ao menos era uma teoria para os que estavam num deserto de teorias explicativas.

Dêem uma espiada:

Faz tempo que não implico com Lula. Dirão que voltei a implicar. Mas desconfio que debocharam com classe dele em Londres, ontem e hoje”.

Por que Barack Obama e Kevin Rudd estariam debochando de Lula ao dizerem que ele é o político mais popular do mundo? Porque ele é impopular? Porque, num mundo em que a popularidade de todos os governantes está despencando, a de Lula deu uma caidinha, apesar de que permanece estrepitosamente alta?

Não, não. A teoria é a de que os elogios dos dois chefes de Estado saxões ao colega latino seriam deboche porque o político mais popular do mundo seria Obama. O fato de ele governar há um par de meses e Lula há mais de seis anos – e de Kevin Rudd ter lembrado isso –, não importa.

O ridículo a que essa gente se expõe, é degenerativo. Essa de hoje do Noblat parece-lhes o auge? Que nada... Logo eles arrumam outra.

Quem é capaz de dizer que o Brasil está como está – emprestando dinheiro para o FMI, batendo recorde de vendas de carros e invertendo a curva do nível de emprego –  graças FHC e que Lula não tem nada que ver com isso, por que não inventar que dois chefes de Estado debocharam de um terceiro como se estivessem todos num boteco enchendo a cara e contando piadas sujas?

Eles afirmam, sem medo do ridículo, que o Brasil vem sendo governado por inércia há mais de seis anos. E que o governante que deixou o cargo como um dos mais impopulares da história, é merecedor do crédito pela boa situação do país. Situação que, distraidamente, na maior parte do tempo dizem que está uma droga.

Esse, um dia, pareceu o auge do ridículo, como pareceu o auge quando disseram que Lula era popular porque comprava mais da metade dos brasileiros – cerca de cem milhões de pessoas – com o Bolsa Família.

Eles sempre conseguem se superar. Com esse ridículo degenerativo, conseguiram a façanha revelada pelas últimas pesquisas sobre a popularidade presidencial, a façanha de Lula ter perdido apoio apenas entre os mais pobres e incultos, mantendo intocada sua popularidade esmagadora entre os mais ricos e escolarizados.

Vocês ficaram irritados com a tese do Noblat? Deveriam ficar é contentes com essas patacoadas que eles dizem. É graças a elas que não conseguem influir na opinião de mais ninguém.

>

Fonte: Cidadania.com - Eduardo Guimarães

Um comentário:

  1. Mastercard nelles!
    Não tem preço: aurubóloga Miriam Leilão com aquela cara de "engasgada" no Bom Dia(?). Não tem preço!
    Não tinham como negar, esconder, já no minuto que a BBC Londres colocou o vídeo na web, tornou-se a noticia do Dia nos jornalões do PIG gringo e aí o PIG do B não pode fazer mais nada, apenas tentar (e envergonhado)diminuir o impacto das imagens.

    ResponderExcluir