sexta-feira, 10 de abril de 2009

14 anos do PSDB governando São Paulo: é para chorar mesmo!

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A trágica situação do ensino no Estado SP é o verdadeiro “choque de gestão” tucana

Qual é a melhor data para “confessar” que a educação no Estado de São Paulo vai de mal em pior?

Hoje, feriado, quando a maioria dos leitores dos jornais está de ferias e o tema pode passar desapercebido.

Onde está o governador do Estado na qual os alunos aprendem cada vez menos?

Na suíça para ver o trabalho de arquitetos contratados sem licitação para fazer o teatro de dança, ante de ir para New York, sem rir, para acompanhar os trabalhos do metrô de lá (é o que diz a coluna de Mônica Bergamo hoje).

A situação da educação após 14 anos de governo tucano (dos quais durante 8 anos comandaram o Brasil ao mesmo tempo) é “estado de calamidade pública”. Só não vê quem prefere olhar para outro lado, ou quem pode enviar seus filhos para escolas pagas com qualidade um pouco superior.

A Secretária de educação, que está de saída porque não conseguiu esconder como Serra queria a péssima situação do ensino, chorou várias vezes ontem enquanto apresentava os resultados. É para chorar mesmo.

O resultado da avaliação dos alunos da rede pública de São Paulo, não se presta à manipulação malandra que Serra exige para tentar galgar a presidência em 2010. 14 anos de absoluta dominação tucana no Estado mais rico do Brasil e um ano antes do atual governador concluir seu mandato, permite sim avaliar com razoável lapso de tempo os governantes.

Nota zero, pois são eles os responsáveis diretos deste estado “alarmante”.

Leiam a seguir os artigos publicados nos jornais de hoje, jornais insuspeitos de simpatias petistas. LF

http://www.estadao.com.br/imagens/l300/CALCK9.jpg
Nota zero


Projetos de ensino falharam, diz educador

Professor de Educação da USP afirma que os dados sobre desempenho dos estudantes da rede estadual “são alarmantes”

Metodologia antiga e falta de acompanhamento nas escolas são apontadas como algumas das causas do baixo desempenho de alunos

DA REPORTAGEM LOCAL - FOLHA SP

Educadores apontam questões como problemas nos programas do governo estadual, metodologia antiga e falta de acompanhamento nas escolas como algumas das causas do baixo desempenho dos alunos, revelado ontem com a divulgação do Saresp 2008.
Professor da Faculdade de Educação da USP, Ocimar Alavarse afirma que os dados “são alarmantes”, mesmo onde houve melhora. “No caso de matemática, por exemplo, mesmo com o pequeno avanço, mais de três quartos dos alunos não atingiram o nível esperado pela própria secretaria”, disse.
“Os dados indicam que os programas do governo parecem não ter surtido efeito. É preciso uma investigação séria dos projetos e da situação das escolas. São Paulo, com sua condição financeira, não pode ter esse número de alunos sem o conhecimento adequado”, afirma Alavarse.
Para Neide Noffs, da Faculdade de Educação da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, o sistema de ensino está ultrapassado. “Não é ouvindo várias vezes que o plural de pão é pães que eles aprenderão. Os estudantes têm que ler mais.” Em matemática, o mesmo problema: “Os alunos não veem a aplicação do que aprendem, então, é difícil entender o que é dado”.
Ela diz que deve haver uma revisão da metodologia que está sendo usada atualmente. “Tem que ser feita uma atualização do sistema. Já.”
Celio da Cunha, consultor da Unesco e professor da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília), aponta como urgente a necessidade de se vistoriar as escolas. “Insisto na inspeção escolar. As escolas devem ser periodicamente visitadas, como ocorre em países como a França e a Inglaterra.”
Ele elogia o programa de bônus por mérito criado pela secretária Maria Helena Guimarães de Castro, mas diz que mudanças em educação são sentidas a longo prazo. “Avaliar uma escola é um processo multidimensional.”
O pesquisador Ruben Klein, da Fundação Cesgranrio (instituição que aplicou o exame), é mais positivo. Ele afirma que “considerando um período mais longo de análise, São Paulo tem apresentado melhora nos indicadores de português e matemática, como o restante do país”. Ele usa como base os exames federais (Saeb e Prova Brasil). (FÁBIO TAKAHASHI E LUISA ALCANTARA E SILVA)


Cai o desempenho dos alunos em português

Em matemática, estudantes da rede estadual de SP apresentaram resultado melhor entre 2007 e 2008; governo avalia dado como “positivo”

Nas duas disciplinas, porém, a maioria dos alunos não alcançou o conhecimento esperado pela própria Secretaria da Educação

FÁBIO TAKAHASHI - FOLHA SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Dados divulgados ontem pelo governo de SP mostram que o desempenho dos seus estudantes do ensino fundamental (1ª a 8ª) piorou em português entre 2007 e 2008, mas melhorou em matemática. Nas duas disciplinas, porém, a maioria dos alunos não alcançou o conhecimento esperado pela própria Secretaria da Educação.
Na oitava série, ano com os piores indicadores, 82,5% dos alunos não atingiram o nível esperado em português. Em matemática, foram 88,4%.
Já no ensino médio (antigo colegial), houve avanço nas duas disciplinas, mas a situação era pior que das demais séries.
A medição foi feita pelo Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), prova do governo aplicada em novembro. O exame foi um dos parâmetros para o pagamento do bônus por desempenho aos servidores da área (72% receberam).
O governo José Serra (PSDB) avaliou os dados como “positivos”, pois houve avanços em alguns níveis. Admitiu, porém, que ainda há “muitas deficiências”. Já especialistas veem os dados como “alarmantes” (leia mais nesta página).
O número de alunos de oitava série que não atingiu os conhecimentos esperados em língua portuguesa foi 19% maior do que em 2007. Os critérios foram fixados pela própria Secretaria da Educação.
Foi nessa série que houve a maior concentração de alunos no nível inadequado e também foi a que mais piorou. Ainda em português, a situação menos negativa está no sexto ano (67% com nível inadequado).
A atual secretária da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, afirma que uma das explicações para a queda em língua portuguesa foi uma mudança na prova, que passou a cobrar gramática e literatura. Antes, era basicamente leitura e interpretação de texto.
“[Mas] teremos um esforço maior para que os alunos desenvolvam todas as habilidades, porque os alunos também precisam saber gramática e literatura”, disse Maria Helena, que será substituída pelo ex-ministro Paulo Renato Souza na segunda-feira.
Ao apresentar os resultados, ela chorou três vezes ao falar dos programas e ao agradecer à sua equipe. Na terceira vez, saiu sem finalizar a entrevista.

Matemática
Em matemática, houve melhora em todas as séries -exceto a 6ª. A disciplina, porém, apresentava um cenário pior que português.
Na oitava série, por exemplo, a proporção de alunos com desempenho inadequado caiu de 94,6% para 88,4%.
Situação parecida ocorreu no ensino médio, que melhorou tanto em língua portuguesa quanto em matemática, mas os dados eram mais negativos que os do fundamental. Em matemática, 94,8% dos alunos não chegaram ao nível esperado (0,9% a menos que em 2007).
“Temos muitas deficiências. Mas o trabalho está pronto para avançar”, afirmou a secretária Maria Helena. Ela citou como feitos de sua gestão a criação de materiais pedagógicos para os alunos, a maior preocupação com o reforço escolar, entre outros.

82% tiveram resultado ruim em ciências

REPORTAGEM LOCAL

Antes restrito à língua portuguesa e matemática, o Saresp 2008 envolveu também a avaliação de ciências. O resultado, porém, mostrou que a maioria dos alunos não obteve o desempenho adequado.
Segundo a secretária da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, os alunos acertaram questões mais abrangentes, ligadas ao dia a dia deles, e foram pior em temas mais específicos. “Isso indica que é necessário mais investimento em laboratórios de ciência e equipamentos”, disse.
De acordo com os dados, 82% dos alunos da 6ª e 8ª série e do 3º ano do ensino médio têm domínio insuficiente ou parcial dos conteúdos, competências e habilidades para a série em que estão.
Isso, segundo especialistas, é resultado da pouca atenção que o Brasil deu à essa área.
Para Neide Noffs, coordenadora do curso de psicopedagogia da PUC-SP, a área de ciências começou a ser valorizada só recentemente. “A matriz curricular das escolas focava muito língua portuguesa e matemática e se esquecia de ciências”, diz a professora.
Fonte: Blog do Favre

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