quarta-feira, 18 de março de 2009

Incompetência administrativa de Kassab "é culpa da crise"

>
As principais obras da Prefeitura de São Paulo na área de transportes estão com recursos congelados, incluindo a verba para o metrô, uma das principais promessas de campanha do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Apenas 31% do orçamento de R$ 1,2 bilhão da Secretaria Municipal de Transportes (SMT) para este ano se encontra disponível para investimento e custeio.
O restante está congelado (R$ 325,4 milhões) ou comprometido com o pagamento de subsídios a ônibus e lotações (R$ 523,9 milhões) - que permitem a manutenção da atual tarifa em R$ 2,30.
As informações constam de levantamento feito no Sistema de Execução Orçamentária pela liderança do PT na Câmara Municipal. A Prefeitura diz que o congelamento é "cautelar" e está previsto para durar 90 dias, "até que o cenário econômico fique mais claro".
O prefeito se comprometeu, por exemplo, a investir R$ 1 bilhão no Metrô em 2008 e mais R$ 1 bilhão até o fim do mandato, em 2012, mas há dificuldades à vista. No ano passado, foram repassados R$ 473 milhões. Este ano, dos R$ 218 milhões previstos, metade está congelada. Em janeiro, ao anunciar a contenção de gastos, motivada pela crise financeira, Kassab afirmou que a verba para o metrô não seria atingida. Outro compromisso eleitoral ameaçado são os R$ 300 milhões para o Rodoanel até 2012. Estão previstos R$ 65,4 milhões este ano, mas só metade está disponível.
Nos cortes, foram mais afetados os corredores de ônibus. A Prefeitura congelou 63% dos R$ 124 milhões previstos no orçamento de 2009, aprovado pela Câmara. Anunciada como prioridade pelo governo municipal, a construção de corredores tem andado a passos lentos. O único previsto para 2008 ainda não foi aberto, na Avenida Celso Garcia. Pior situação é a do corredor Expresso Tiradentes, o antigo Fura-Fila. Foram contingenciados 84,5% dos R$ 133 milhões previstos. E o restante pode nem ser usado, por causa do atraso nas licitações. A Prefeitura anunciou na semana passada que vai refazer os projetos das duas partes que ainda faltam ser construídas.
>
Fonte: Jornal da Tarde

Nenhum comentário:

Postar um comentário