quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Sabesp vai exportar “tecnologia” do esgoto a céu aberto

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Enquanto a Sabesp, empresa de saneamento do governo paulista, gasta os tubos com propaganda e TV pelo Brasil, moradores do bairro paulistano Jardim Peri, na zona norte da cidade, convivem há mais de dez anos com esgoto a céu aberto.
“O cheiro de fezes fica impregnado na casa inteira, na hora de dormir, na hora de comer. Não adianta lavar que o cheiro não sai”, contou ao Conversa Afiada a dona de casa Maria Benedita Bezerra de Lima, de 58 anos.
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Dona Maria mostra o chuveirinho de cocô

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Segundo dona Maria, que mora há mais de dez anos na rua Brasiluso Lopes, no Jardim Peri, a situação do local piorou muito depois que a Sabesp iniciou, em 2007, a obra – que não foi concluída - de uma estação elevatória, que levaria os dejetos das redondezas para um córrego. Resultado: a cada chuva forte, os bueiros da rua espirram jatos de água com fezes nos moradores. “É um problema de saúde pública. Eu já contraí erisipela duas vezes desde que moro aqui”, disse ela.
Para o monitor de museu Robinson Dias, que também mora na mesma rua, há um jogo de empurra entre a prefeitura e a companhia de saneamento. “A Sabesp fala que só vai resolver o problema quando o córrego estiver canalizado. Já a prefeitura diz que está fazendo a parte dela e pede para a população cobrar a Sabesp. Nós ficamos sem ter a quem recorrer”, conta.
Conversa Afiada questiona publicamente a Sabesp: é essa a “tecnologia” que a empresa pretende levar a outros estados (e até outros países)? É esse o nível de excelência que a Sabesp atingiu, que justifica o gasto com publicidade fora de São Paulo (com o dinheiro dos paulistas) a título de buscar novos mercados?
Conversa Afiada questiona publicamente a CVM: e os investidores minoritários da Sabesp, os que compraram as ações da empresa na Bolsa, como ficam? O que a CVM vai fazer para defendê-los? Aliás, para que serve a CVM?
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Fonte: Conversa afiada

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