quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A crise é o bode de Kassab

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O prefeito de São Paulo, com ajuda inestimável da imprensa, não pára de vender para o público uma atitude ponderada perante a crise.
A ela é atribuída os cortes no orçamento inicial de Kassab, quando em verdade esse orçamento -que ele tinha obrigação de enviar para a Câmara no meio da campanha eleitoral- estava artificialmente inflado para poder vender suas promessas. Agora, reeleito, a crise serve para Kassab se desfazer de suas promessas e não ser cobrado por elas.
Assim, sobre a renovação da frota dos ônibus, a crise é a responsável pelo envelhecimento da frota (a Folha chega ao cumulo, para proteger Kassab, de dizer que Marta também deixou no seu primeiro ano de fazer essa exigência). A crise serve para adiar os investimentos, mas não para criar novas secretarias para “empregar” correligionários (aliás, vocês perceberam que quando o jornais falam de nomeações de políticos no governo federal, é “boquinha”, “emprego”, “petistas desempregados”, “favores” etc. Quando se trata de São Paulo são nomeações, solicitações do governador, ex-prefeitos assumindo novas responsabilidades em subprefeituras…).
Kassab afirmou que o congelamento não atingiria nem saúde, nem educação e manteria as obras para gerar emprego. Agora o discurso mudou e os cortes de Kassab também.
A maior parte do congelamento é justamente de investimentos: R$ 2,9 bilhões dos R$ 4,65 bilhões previstos em obras para este ano.
Na prática, nenhuma obra nova vai começar pelo menos nos próximos 60 dias e mesmo as obras em andamento serão desaceleradas, segundo a Folha SP.
Ou seja na contramão das medidas necessárias para combater a crise -ampliar o gasto público e o investimento- Kassab pretende aplicar as receitas classicas dos neoliberais: reduzir o papel do Estado, seus investimentos (redistributivos) e favorecer os especuladores, especialmente no mercado imobiliário.
Mas a escolha de Kassab e sua política, serão vendidas como austeridade necessária e responsável perante a… crise . A crise não será candidata em 2010, mas servirá de bode expiatório e até permitirá a alguns tentar tirar uma casquinha de bons administradores.

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Fonte: Blog do Favre

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