domingo, 15 de fevereiro de 2009

Roberto Freire oferece o PPS para ''qualquer um do PSDB''

>

>

De olho nas próximas eleições, a Comissão Executiva Nacional do Partido Popular Socialista (PPS) reuniu nesta sexta-feira e sábado representantes dos estados em Brasília para discutir suas estratégias até outubro de 2010, quando será escolhido o novo presidente do país, governadores, deputados e senadores. O partido, na oposição, se propõe a apoiar qualquer um que seja o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) na corrida eleitoral.



A definição da posição oficial do PPS em relação a 2010 será tomada nos dias 11, 12 e 13 de julho, quando o partido vai realizar um congresso nacional, provavelmente no Rio de Janeiro. Até lá, o PPS espera que o PSDB tenha se posicionado sobre seu candidato a presidente.


Militante histórico desde a época do Partido Comunista Brasileiro, Givaldo Siqueira defende que a aliança precisa ser feita não só com o PSDB, mas também com o Democratas (DEM) para enfrentar o escolhido pelo PT e pelo governo para disputar as eleições do ano que vem.


Segundo o blog do jornalista Etevado Dias, o presidente do PPS, Roberto Freire, julga que a chapa ideal para derrotar o candidato do governo em 2010 é Serra na cabeça e Aécio no pé. De acordo com ele, há gente no PPS que defenda Serra, gente que defenda a candidatura de Aécio, mas no grosso os socialistas querem ver Serra presidente.


Antes mesmo de ser questionado se não parece estranho o PPS apoiar uma chapa pura de tucanos a dois anos das eleições, Freire se explica: ''Essa é a melhor chapa para enfrentar o atual governo. Quem faz um encontro para prefeitos para lançar Dilma não tem escrúpulos. Vencer um governo em que o presidente é um marqueteiro sem limite, que consegue ao mesmo tempo ser governo e oposição na mídia não vai ser fácil. É preciso dessa chapa para derrotar essa camarilha que está no poder'', disse o dirigente partidário ao blog.
 

Que estão avançadas as negociações para que o PPS seja incorporado oficialmente ao PSDB todo mundo nos bastidores da política já sabe. Mas conduzir os trâmites para 2010 de forma tão subalterna aos tucanos é um comportamento que deve embrulhar os estômagos políticos mais sensíveis, até mesmo dentro do PPS.

 

PSDB tem pressa


A acelerada submissão do PPS aos interesses eleitorais de José Serra ocorre num momento em que o próprio tucanato busca antecipar a nomeação do governador paulista como candidato oficial da direita para 2010.


Atento às movimentações do governo para emplacar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como candidata do PT, o comando do PSDB está decidido a precipitar o lançamento da candidatura Serra. Sob o argumento de que, graças à colocação nas pesquisas, ele sairia vitorioso da disputa interna, tucanos chegam a insistir para que Serra enfrente o governador de Minas, Aécio Neves, em prévias partidárias.


A imprensa aliada de Serra diz que ele "resiste" à precipitação, mas nos bastidores, a movimentação do governador paulista é intensa, com direito aos métodos sorrateiros que lhe são peculiares.


Numa reunião com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso alegou que, se não lançar candidato o "quanto antes", a oposição ficará sem um porta-voz no país. Uma das avaliações é que, se fosse escolhido, o candidato já poderia monopolizar o programa partidário do PSDB. Agora, terá que dividir o tempo com outros governadores.


Ao longo da semana, FHC pediu para que o partido trabalhe para convencer Aécio Neves a abrir mão da disputa. O comando tucano defende ainda que Serra viaje mais pelo Brasil, numa tentativa de ampliar seu capital político fora das regiões Sul e Sudeste. O governador já tem feito isso. Com a desculpa e estar apresentando os serviços de estatais paulistas como a Sabesp para outros estados, o governador tem percorrido o Brasil de Norte a Sul.


O PSDB promete aprovar, dentro de dois meses, o regulamento da prévia do partido. Guerra tenta convencer Serra de que a prévia é benéfica para o partido: "Se o Aécio quiser, teremos prévia. Isso movimenta o PSDB", diz Guerra. Além disso, os tucanos organizam para o fim de março uma reunião com prefeitos e vereadores do PPS e do DEM. "Vamos apresentar Serra e Aécio para os aliados", justificou o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro. "Pelo bem do partido, os dois têm de viajar pelo país", diz Guerra.


Ele avalia que seria melhor lançar o candidato no segundo semestre, porque antes a direção do partido precisa costurar a aliança nos Estados. A data de lançamento da candidatura divide os serristas: o deputado federal Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB-ES) acha que, diante da movimentação de Dilma, "não dá mais para esperar 2010".


Mas o deputado federal Jutahy Jr. (PSDB-BA), discorda. Para ele, a escolha tem de ficar para 2010, pois os candidatos -incluindo Dilma- poderão pagar um preço alto caso antecipem a disputa: "Em 2009, os governadores de São Paulo e Minas têm de administrar seus Estados, e o presidente, o país. Antecipar o processo eleitoral num momento de crise é um desserviço".
>
Fonte: Site Vermelho
>
Opinião PIG 2010: "É só olhar para a foto e ver quem está ao lado e por trás do Serra no projeto politico para 2010."

Um comentário:

  1. Julguei que o"freire" respeitasse os ideais e a luta comunista. Com tempo o que ocorreu aumentou a barriga e sumiram os valores. Cadê Ciro ? Abraços Yvy

    ResponderExcluir