sábado, 14 de fevereiro de 2009

Sindicatos do RS denunciam corrupção e mazelas do governo Yeda

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Dez sindicatos de servidores do Rio Grande do Sul lançaram nesta semana, em Porto Alegre, a segunda parte da campanha em defesa dos serviços públicos. A campanha repercutiu com força na mídia estadual e nacional. O lançamento aconteceu na quinta-feira (12) em ato público realizado no Centro de Eventos do Parque Harmonia, seguido de uma caminhada até o centro da capital gaúcha. A campanha publicitária tem como objetivo denunciar as mazelas do governo Yeda Crusius (PSDB) e lembrar que o governo tucano protagonizou, desde o início da gestão, diversos escândalos de corrupção.



Lançamento da campanha em Porto Alegre

Com máscaras reproduzindo o rosto de Yeda e até um ''samba enredo'' criticando a tucana, cerca de 500 funcionários públicos protestaram nas ruas de Porto Alegre. Eles carregavam placas com palavras como ''corrupção'' e ''autoritarismo'' e ''mentira''.


Antes de ser apresentada, a campanha já havia gerado polêmica e sido ameaçada de censura porque 300 outdoors foram espalhados pelo Estado prometendo apresentar a ''face da corrupção'' --o que levou o governo a ameaçar processar os responsáveis e empresas de mídia que veiculam a campanha por danos à imagem de Yeda.


A ameaça surtiu resultado: nos novos outdoors, instalados no fim de semana, a palavra ''corrupção'' foi substituída por ''destruição''.


''Estamos mostrando de quem é o rosto da corrupção e do autoritarismo, é nossa forma de denunciar os equívocos deste governo'', disse a Rejane de Oliveira, presidente do Cpers (sindicato dos professores do Rio Grande do Sul), ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores).


O governo disse que vai acionar judicialmente os sindicatos. ''A esfera agora é a judicial. Os sindicatos encerraram o debate radicalizando quando usaram a palavra 'corrupção'. É uma agressão brutal'', disse o líder de Yeda na Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen (PP).


Partidos políticos aliados da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), divulgaram na noite desta sexta-feira uma nota em que afirmam que a campanha publicitária de sindicatos de servidores contra a tucana tem caráter ''eleitoral''.


Fatos concretos


Segundo o Cpers, todas as denúncias que estão sendo feitas em relação às políticas de destruição do estado pelo governo Yeda estão fundadas em fatos concretos e de conhecimento da sociedade gaúcha. Em pouco mais de dois anos a atual administração estadual já trocou mais de 50% do secretariado, tudo em função de sistemáticas crises. ''As denúncias não foram criadas pelas entidades, que apenas repercutem fatos já públicos. Neste contexto encontram-se as investigações em andamento em relação ao escândalo do Detran, que foi objeto de uma CPI na Assembléia Legislativa. A concepção, pouco ética do governo, é claramente demonstrada em gravação feita pelo vice-governador'', diz o sindicato dos professores em seu site.


O texto do Cpers também diz que ''o comprometimento do interesse público em benefício do interesse privado tem caracterizado o atual governo, e isso possibilita dizer que o governo está destruindo o serviço público. Na educação as iniciativas partem da municipalização, passam pela introdução de critérios privatistas na gestão e se concretizam com o fechamento de escolas, a enturmação, o fechamento de bibliotecas... Na conta do ajuste fiscal, a educação sofre com a não aplicação dos 35% da receita de impostos, previstos no artigo 202 da Constituição Estadual''.

 

''Portanto, acusar o CPERS/Sindicato e qualquer uma das demais entidades que assinam a campanha é desconhecer a postura de um governo que opta em substituir o diálogo pela repressão aos movimentos sociais, inclusive com a Brigada Militar tentando dispersar manifestações democráticas com o uso de gás de efeito moral e balas de borracha. Essa intransigência, autoritarismo e falta de diálogo não é uma leitura apenas dos movimentos, mas da própria Assembleia Legislativa, que abonou os dias greve realizada pelos educadores em novembro do ano passado'', concluem os sindicalistas.


A campanha é assinada por CPERS/Sindicato, Sindicaixa, Ugeirm/Sindicato, Sindisepe, Simpe, Sindiágua, Semapi, Sindjus-RS, Sindet e Federação dos Bancários do Rio Grande do Sul.
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Fonte: Vermelho
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Opinião PIG 2010: "Ai explica porque os governos tucanos detestam a CUT e os Sindicatos."

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