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A transformação do PSDB num partido sem memória e sem história está em marcha acelerada. Primeiro foi a aliança com o quercismo em São Paulo - como o nome diz, a corrente do PMDB liderada pelo ex-governador Orestes Quércia, contra o qual o partido foi fundado há 20 anos, deslocando-se de uma costela do PMDB.
Agora é uma aliança - que acaba de ser fechada pelo governador-presidenciável José Serra - com o carlismo na Bahia. É sempre bom lembrar, e você ter na memória leitor, a origem da dissidência dentro do PMDB cujos símbolos foram o ex-governador Mário Covas e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e que resultou na criação do PSDB.
Com relação à Bahia, a oposição do PSDB local a Antônio Carlos Magalhães, o ACM, e a seu carlismo, seus métodos e práticas, era histórica. Como o rompimento com Quércia 20 anos atrás, motivado por formas de o ex-governador administrar e fazer política sobre as quais os tucanos diziam discordar. Passaram borracha em cima e dizem viver novos tempos.
Serra convenceu, ninguém sabe como, o deputado Juthay Magalhães Jr. (PSDB-BA) a aceitar, primeiro o ex-prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy, como presidente do PSDB local e depois como candidato do partido a prefeitura em 2008.
Agora fez o que parecia impossível: os tucanos vão apoiar o ex-governador Paulo Souto (DEM e carlismo de quatro costados) para o governo do Estado em 2010. Em troca, demos e o carlismo baianos apoiarão no ano que vem Serra, que já atua como candidato a presidente da República, como se seu colega tucano mineiro, Aécio Neves não existisse.
Na verdade o anúncio da aliança com o carlismo mais parece uma nota de falecimento do PSDB. É o serrrismo em ação! Vale tudo para chegar ao poder!
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Fonte: Blog do Zé Dirceu
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