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Silvia Amorim - O Estado SP
A demissão do secretário de Coordenação das Subprefeituras Andrea Matarazzo no início desta semana abriu no PSDB paulistano um foco de desconfiança em relação ao aliado e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Parte do tucanato acusa Kassab de tentar viabilizar um projeto de ampliação de poder do DEM no Estado para as próximas eleições à custa de um enfraquecimento do PSDB.
Eles apontam uma substituição aos poucos de quadros do PSDB em várias áreas do governo municipal. A saída de Matarazzo, homem forte da prefeitura na gestão José Serra, na quarta-feira passada foi a gota d’água para o início dos discursos contra Kassab. Além da perda de espaço na máquina administrativa, há queixas de cooptação de filiados pelo DEM. Dois subprefeitos tucanos - Laert Teixeira (Itaquera) e Beto Mendes (M?Boi Mirim) - já manifestaram que vão disputar uma cadeira de deputado estadual em 2010 pelo partido do prefeito.
Matarazzo foi demitido por Kassab, diferentemente do que informou em nota a prefeitura. Numa reunião anteontem com subprefeitos, Kassab apontou razões pessoais e eleitorais para a saída. Na disputa eleitoral em 2008, Matarazzo não apoiou a reeleição de Kassab, mas o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.
Kassab é hoje a principal liderança do DEM no Estado. Isso, aliado ao alto índice de aprovação de sua gestão, põe o prefeito como alternativa ao governo paulista em 2010. Na pior das hipóteses, uma maior força do DEM no Estado aumentaria o capital político da legenda numa negociação com o PSDB.
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