Wack, da Globo: crítico feroz da posição do governo sobre Honduras
A TV Globo está desenvolvendo uma campanha contra a posição do governo Lula em Honduras, coordenada pelos apresentadores do Jornal da Globo, Willian Wack, e da Globonews, André Trigueiro. Incom0dados com a atititude do governo de acolher na embaixada do Brasil, o presidente legítimo de Honduras, Manoel Zelaya, os apresentadores da TV Globo tem recorrido a diplomatas que serviram o governo de FHC para tentar desacreditar Lula.
Trigueiro e Wack esqueceram o manual do bom jornalismo e procuram confundir em vez de esclarecer a posição do governo brasileiro que, através de uma atitude concreta de solidariedade, demonstra o seu compromisso de defesa efetiva da democracia. Trata-se de uma posição elogiável da diplomacia brasileira que, diferentemente de outros momentos, não se dobrou diante da pressão dos democratas de ocasião da imprensa e do Congresso — Artur Virgilio, do PSDB, por exemplo — e nem às ameaças dos golpistas hondurenhos.
O governo ex-chanceler Lampreia e os embaixadores, Rubens Barbosa e Marcos Azambuja, são apresentados como autoridades inquestionáveis em política externa e defensores incondicionais das “tradições” da diplomacia brasileira. O fato de terem feito parte do governo de FHC, de tão triste memória em política externa, pouco importa. Com a maior cara de pau, Trigueiro e Wack desenvolvem a sua campanha, com evidente propósito ideológico, evitando veicular opinião de diplomatas e especialistas que defendam a posição do governo brasileiro.
Sobre Honduras, Bóris Kasoy, do Jornal da Noite, da Band, tem superado os dois jornalistas da TV Globo. Ele nem tem se dado ao trabalho de recorrer a diplomatas ou especialistas conservadores como seus colegas da Globo. Tem combatido ele próprio a posição do Brasil, em nome de uma autoridade em política externa que ele certamente não tem. Ao contrário, suas opiniões são primárias e eivadas de preconceitos.
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Fonte: De olho em São Paulo - Zé Américo
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