domingo, 13 de dezembro de 2009

Zé Dirceu - O choro dos derrotados

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A Folha de S.Paulo resolveu assumir a defesa de O Estado de S.Paulo no caso da violação que este faz, aberta e permanente, da legislação sobre segredo de justiça. Proibido agora até pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de continuar com a prática, o Estadão se diz censurado e o Folhão o acompanha.

A defesa encampada pela Folha faz sentido já que o jornal dos Frias é o que mais viola a lei e publica vazamentos segundo seus interesses políticos. Com esses propósitos publica informações mantidas sob segredo de justiça, sob sigilo, argumentando que quem deve ser responsabilizado judicialmente é o autor do vazamento e não o jornal ou jornalista, o que evidentemente não tem base legal e nem mesmo ética.

Os dois jornalões paulistas estão inconformados, frustrados mesmo, principalmente, porque durante meses, com apoio de todo o restante da midia, pressionaram o STF com verdadeiras campanhas contra juízes e tribunais - algumas, inclusive, de cunho pessoal contra determinados magistrados - a revogar a decisão tomada e mantida em 1ª e 2ª instâncias judiciais.

O STF não viu o que realmente não há na questão - censura à imprensa. Agora, como o STF não cedeu a pressão, os jornais e a midia conservadora, começam a discutir e a divulgar as razões da decisão numa tentativa de desqualificá-la.

Fazem de tudo para não discutir o mérito da questão, que é o fato de a imprensa não estar acima da lei e da Constituição e que a proibição legal para que não pratique atos ilegais não é censura.

As razões? Medo que o mérito da questão abra caminho para o debate sobre uma verdadeira regulação da midia, uma nova lei de imprensa, que garanta e exija obediência a princípios consagrados na Constituição, como os direitos de resposta e de respeito a imagem e a honra. Tudo o que a mídia não quer.


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