domingo, 23 de agosto de 2009

Carteirada?

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‘Eu quero só justiça’, diz Alemão no hospital

Ex-vereador de Guarulhos quer esquecer que já esteve na política e que jamais fez uso dessa condição para intimidar PMs

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Paulo de Souza
Especial pra o DG
Aparício Reis
Acusação - Alemão diz que PMs intimidam população

"Não sou bandido e não tenho outro lugar para ir a não ser a minha casa". Com estas palavras o ex-presidente da Câmara de Guarulhos, Sebastião Bispo da Silva, o ‘Alemão’, que deve receber alta médica hoje da Casa de Saúde, disse ontem que não pretende se intimidar após as agressões que teria sofrido no sábado à noite por policiais militares, em frente de sua casa.
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"Estou pronto pra denunciar os PMs que me agrediram ao Ministério Público e à Corregedoria da PM", declarou. Com visíveis hematomas em torno dos olhos, além de lesões no lado esquerdo do tórax e um traumatismo craniano – este último sem causar lesões internas ou mesmo hemorragias -, Alemão alega ter sofrido não apenas duras agressões físicas como também chegou a ser psicologicamente torturado.
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Ao lado do advogado João Panocchhia e de seu médico, o vereador José Mário Stranghetti Clemente, Alemão contou que os PMs teriam abusado do poder que deveria resguardar a segurança e a ordem pública. "Não disse nada demais a eles, além de lembrar que deveriam estar prendendo bandidos e não assustando a minha família."
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AGRESSÕES
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De acordo com Alemão, por volta das 21h do último sábado ele saiu por alguns instantes da sua casa, no Jardim Acácio. Pouco depois sua ex-esposa Laís Locotelli estacionou o carro em frente da casa. Além dela estavam a filha e a neta. "Eu estava na frente da minha casa e esperava pelas chaves quando os policiais apareceram", lembrou a mulher.
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Embora ainda não estivesse no local, Alemão garante que Laís obedeceu aos policiais, mesmo quando pediram a documentação dela e do veículo para multa por infração de estacionamento irregular. Pouco depois o ex-presidente da Câmara apareceu e apenas teria dito aos policiais para "prenderem bandidos".
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A partir daí, os PMs teriam partido para agressão física. "Qualquer popular pode perder a razão momentaneamente, mas um policial não. Ele deve estar pronto para trazer a pessoa de volta a razão, mas não por meio de agressões." No estado de vítima, ele afirma ter sido agredido a socos, pontapés e até mesmo pisoteado pelos PMs.
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Por isso não teria tido as algemas retiradas para medirem a sua pressão arterial. Medicado com uma dose de insulina considerada posteriormente por seu médico como sendo nada segura, Alemão foi levado novamente à cela do 7º DP. A taxa de açúcar que tinha no sangue naquele momento seria de 280, considerada perigosa e, mesmo assim, teria recebido alta médica, segundo o seu médico.
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Fonte: Diário de Guarulhos

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