
sábado, 29 de agosto de 2009
Serra envia propaganda eleitoral em casa. Tudo pago com dinheiro público

Dono do Ibope vira coordenador de campanha de Serra
Serra trata famílias despejadas como moradores de rua
Cerca de 570 famílias despejadas continuam acampadas em frente ao terreno onde era organizado o acampamento Olga Benário, destruído pela Polícia Militar (PM) nesta segunda-feira (24), no Parque do Engenho, zona sul da cidade de São Paulo. Ao invés de moradia digna e definitiva, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ofereceu albergues para os moradores. O albergue é a principal política do Estado para moradores em situação de rua.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Globo alivia Caos no Metrô do Serra








Reportagem do G1 (globo) dá apenas uma pequena nota, enquanto a população sifu!
O Metrô de São Paulo estava um verdadeiro caos no início da manhã desta quinta-feira (27). Segundo informado pelo sistema de som da companhia, um problema na estação Liberdade fez com que os trens circulassem com menor velocidade e maior tempo de parada nas estações.
O trajeto da estação Santana até a Sé, que normalmente leva entre 15 a 20 minutos, às 7h50 da manhã estava levando até uma hora.
O trajeto entre as estações Tiradentes e Vergueiro, que leva 15 minutos, foi percorrido no dobro do tempo.
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Serra vai às compras na Editora Abril… De novo!
Muito se tem falado sobre as relações perigosas do Governo José Serra (PSDB-SP) com o Grupo Abril, que publica entre outros títulos a revista Veja. No último dia 19, como é possível ver na imagem acima, a Fundação Para o Desenvolvimento da Educação – FDE, do Governo de São Paulo, publicou despacho para compra por inexigibilidade (sem licitação) de 540 mil exemplares do Guia do Estudante e 27,5 mil unidades da Revista do Professor, ambas da Abril.
De fato, é de se estranhar a escalada dos contratos entre o Governo Serra, a Fundação Roberto Marinho (das organizações Globo) e a Fundação Victor Civita (editoras Abril, Scipione e Ática). De acordo com o Sistema de Acompanhamento da Execução Orçamentária de São Paulo, os valores pagos ao Grupo Abril pularam de R$ 526 mil, em 2007, para R$ 11,5 milhões, em 2008. Só até marco deste ano, outros R$ 2,5 milhões saíram do bolso dos contribuintes paulistas para o bolso dos Civita.
A Fundação Roberto Marinho saiu dos magros R$ 60 mil, em 2007, para mais de R$ 30 milhões, em 2008 – a maior parte desse valor foi para o projeto Telecurso.
O blog NaMaria News detalha as compras feitas pelo governo paulista à Editora Abril. Veja (veja???) abaixo.
DO – 29/março/2008 (ver também: DO – 4/março/2008)
15/0181/08/04 – Editora Abril S/A – 3.000 assinaturas – Revista Recreio – ao Programa Ler e Escrever Prazo: 365 dias - Valor: R$ 1.071.000,00 – Data de Assinatura: 14/03/2008.
15/0670/08/04 – Editora Abril S/A – 5.155 assinaturas da Revista Recreio – 365 dias -Valor: R$ 1.840.335,00 – Data de Assinatura: 23/07/2008.
15/0149/09/04 – Editora Abril S/A – Aquisição de 25.702 assinaturas da Revista Recreio – destinadas às escolas da Rede de Ensino da COGSP e da CEI – Prazo: 608 dias - Valor: R$ 12.963.060,72 – Data de Assinatura: 09/04/2009.
15/0355/09/04 – Editora Abril S/A – Aquisição de 5.449 assinaturas da Revista Veja, 51 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino – Prazo: 364 dias - Valor: R$ 1.167.175,80 – Data de Assinatura: 18/05/2009.
DO – 23/julho/2009 – ainda sem valores
15/0528/09/04 – Editora Abril S/A – aquisição de 2.259 assinaturas da Revista Recreio destinada às escolas da Rede de Ensino.
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Fonte: Blog Acerto de Contas
Após pagar milhões, Kassab engaveta projeto de túnel na 23 de Maio
“Gestão” Kassab paga R$ 2,9 milhões por estudo e agora anuncia que o assunto ficará na gaveta. O pretexto é a queda na arrecadação, queda inveridica (mas que o lide do Estadão dá como fato real). A prefeitura aumentou sua arrecadação em relação ao mesmo período do ano passado. O problema é que o orçamento de Kassab é fictício e eleitoreiro, não correspondendo portanto com a realidade da arrecadação municipal e agora ele tem que fazer de conta que está obrigado a cortar gastos por conta da crise. LF
Elvis Pereira - O Estado SP
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse ontem que o projeto de um novo túnel na Avenida 23 de Maio, zona sul da capital paulista, vai para a “prateleira de bons projetos” - ou seja, será arquivado. O motivo, afirma, é que a crise financeira mundial reduziu a arrecadação municipal. A obra prevê a abertura do Túnel Ayrton Senna no sentido centro.
Em junho de 2008, a Prefeitura contratou um consórcio por R$ 2,9 milhões para fazer projetos e estudos a respeito do novo empreendimento. Em junho deste ano, declarou de utilidade pública para desapropriação 6 mil metros quadrados necessários para a implementação da obra. A intervenção permitiria que o motorista que faz o sentido bairro-centro pela Avenida Juscelino Kubitschek chegue à Avenida 23 de Maio diretamente pelo Túnel Ayrton Senna. Hoje, após sair da passagem subterrânea, ele tem de fazer um caminho por quatro vias adjacentes para chegar à 23.
“Não é porque você inicia uma licitação de projeto, conclui e o coloca na prateleira é que você vai fazer”, ressaltou Kassab. Ele disse achar “muito difícil” que o túnel seja executado em sua gestão.
Na terça-feira, reportagem do Jornal da Tarde mostrou que o túnel pode melhorar o trânsito na região, mas piorar a qualidade do ar em determinados locais. As conclusões constam do Relatório de Impacto Ambiental (Rima) exigido nesse tipo de obra. O Parque do Ibirapuera encontra-se na área de influência direta do empreendimento. Além disso, o Rima prevê 14 impactos permanentes nas proximidades e nos Distritos de Vila Mariana e Moema, beneficiados pela obra. Será necessário, por exemplo, o corte ou manejo de 203 árvores da região, incluindo dois jatobás de grande porte localizados na Avenida 23 de Maio, perto da Rua Estela.
No total, 15 mil m² de área seriam impermeabilizados. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente informou que seus técnicos estão analisando o Rima para emitir parecer.
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Fonte: Blog do Favre
Favre - Leitora questiona dados da prefeitura sobre fretados
Bom dia. A prefeitura canta aos quatro ventos melhoras no trânsito de São Paulo. Os jornais falam em 4%, mas isso é irreal.
Nenhuma pesquisa ou reportagem foi feita sobre as linhas de fretado que foram extintas. A minha será a partir de 31/08/09.
Assim é claro que o trânsito melhora aparentemente, porque pelas mudanças de horário e itinerário ficou difícil pegar o fretado, e quem ficou nele sofre agora com a queda dos usuários e cancelamento das linhas. Só a minha associação cancelou 20 linhas. E as outras? Isso não é melhora no trânsito, isso é burrice e arbitrariedade, seguida por vereadores hipócritas.
Atenciosamente
Cláudia
Postado por Luis Favrequinta-feira, 27 de agosto de 2009
Montenegro: Dilma já ganhou

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por Luiz Carlos Azenha
Seria demais pedir que eu comprasse a Veja duas semanas seguidas. Não comprei. Portanto, o que escrevo abaixo é baseado em um e-mail que reproduz parte da entrevista com Carlos Augusto Montenegro, o dono do Ibope, publicada na revista. Será que ele disse mesmo o que foi publicado? Não me responsabilizo.
O e-mail veio acompanhado do título "A Luta Continua". Ou seja, a direita brasileira se apropriou até mesmo dos slogans da esquerda. Não saio mais com o meu boné do Che Guevara. Perigas de um bacana aqui do Higienópolis furtá-lo para usar na próxima manifestação "Fora Sarney".
O PT, como se sabe, acabou. Nas palavras de Montenegro, "o partido deu um passo a mais na direção de seu fim. O PT passou vinte anos dizendo que era sério, que era ético, que trabalhava pelo Brasil de uma maneira diferente dos outros partidos. O mensalão minou todo o apelo que o PT havia acumulado em sua história. Ali acabou o diferencial. Ali acabou o charme. Todas as suas lideranças foram destruídas. Estrelas como José Dirceu, Luiz Gushiken e Antonio Palocci se apagaram. Eu não diria que o partido está extinto, mas está caminhando para isso."
Uau! É lógico que o PT se desgastou no poder. Que, como partido do poder, se aprofundou nos grotões e perdeu base nas regiões metropolitanas. É um processo que sempre se deu na política brasileira. Foi assim com a Arena, com o MDB, com o PSDB. Mas acho meio arriscado dizer que o PT está caminhando para a extinção. E arriscado especialmente para alguem que dirige um instituto de opinião. É natural que o eleitor se pergunte: será que o sr. Montenegro vai distorcer pesquisas com o objetivo de garantir que sua entrevista não seja desmentida pelos fatos? Sim, eu sei que ele está falando para o público interno. As últimas semanas foram marcadas por isso: José Serra tentando convencer José Serra de que ele está eleito.
Mas o repórter poderia ter notado que Lula se reelegeu em 2006 depois do mensalão. E que o PT fez uma bancada respeitável. Posso estar enganado, mas acho que o PT foi o partido mais votado nas eleições municipais de 2008. Será que o PT está tão morto assim?
Diz o analista Montenegro que, "tudo indica que agora ele [Lula] não fará o sucessor justamente por causa da mesmice na qual o PT mergulhou."
Uma observação óbvia, que o repórter poderia ter feito.
Isso vale também para os políticos do PSDB, do DEM, do PMDB, do PCdoB, do PSB ou só para os do PT?
Se 70% dos entrevistados admitem ter cometido algum tipo de prática antiética e se boa parte deles vota no PT -- além dos "mais humildes", que são maioria e obedecerão ao Lula -- então a Dilma já ganhou em 2010. Com os votos de pobres, corruptos e pobres corruptos, já que corruptos pobres quase não existem.
Estou apenas aplicando a lógica do Montenegro. Uma pena que o entrevistador não tenha seguido o raciocínio do homem do Ibope.
No Brasil de hoje, esperar que um repórter faça as perguntas lógicas é pedir muito.
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Fonte: Viomundo
Lula reafirma a ”marolinha” e cobra desculpas
Clarissa Oliveira - O Estado SP

Confiante de que não errou ao dizer que o Brasil estava pronto para o “espetáculo do crescimento” e que a crise econômica passaria pelo Brasil como uma “marolinha”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou ontem um pedido de desculpas dos que o criticaram.
“Eu me lembro, como se fosse hoje, que fui na Ford em julho ou agosto de 2003, quando citei a frase do espetáculo do crescimento. Ninguém nunca me pediu desculpas. Eu também não quero mais”, ironizou.
Em São Bernardo do Campo, onde participou de um debate sobre o impacto da crise na região, Lula disse ter enxergado o potencial do País na época. O mesmo, destacou o presidente, ocorreu quando procurou fazer uma avaliação do impacto que a atual crise poderia ter na economia brasileira. “Quando nós dizíamos que era marolinha, não é porque nós não tínhamos ideia do tamanho da crise.”
O presidente investiu no discurso de que a indústria brasileira exagerou ao reagir à eclosão da crise nos Estados Unidos, no fim do ano passado. “Não exista nenhuma razão para a brecada que demos nos meses de novembro, dezembro e janeiro.”
Sem esconder a satisfação em devolver as críticas, ele prosseguiu com as cobranças. Lembrou, por exemplo, que foi atacado por viajar demais. E ainda por ter adquirido o Aerolula. “Quando eu comprei o avião, vocês estão lembrados? É o Aerolula, o avião é do Lula, o avião é do Lula, o avião é do Lula. Uns disseram: Vamos vender e fazer dez hospitais. Hoje eu acho que o avião é pequeno.”
O entusiasmo foi tanto que Lula precisou se desculpar para a plateia quando discursava sobre seu empenho em rodar o mundo para promover produtos brasileiros. “Hoje, não tem mais esse negócio de o presidente ficar com a bunda na cadeira - desculpem o palavrão - achando que as pessoas vão vir aqui comprar”, disse.
Esse não foi o único momento em que Lula arrancou risos da plateia. Ao comentar as dificuldades de estimular as vendas de carros usados, ele disse ter ouvido da direção do Banco do Brasil que faltava “expertise” ao País nesse segmento. “Não tem expertise, vamos comprar. O Corinthians não está sem centroavante? Compra um. Comprou o Fofão, mas o Fofão cismou de fazer lipo”, brincou, em referência ao jogador Ronaldo.
Lula lembrou as inúmeras vezes em que foi retratado em charges. E aproveitou a chance para alfinetar a imprensa. “Hoje eu fico orgulhoso porque não sou só eu que falo”, disse, ao exaltar as conquistas de sua administração. “É só ler. Se vocês lerem a imprensa brasileira, vão ler pouco. Mas leiam a imprensa estrangeira especializada em economia para vocês verem o que falam do Brasil a Alemanha, a França, a Espanha, a Inglaterra, os Estados Unidos, todo o mundo.”
No Brasil, entretanto, Lula disse que “uns poucos” aprenderam a “vender só desgraça”. “Mas os números desmentem qualquer invenção diabólica. Os números são irrefutáveis”, concluiu.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
“Gestão” Kassab: GCM confirma primeira greve desde a sua criação
Cristiane Bomfim - O Estado SP
A Guarda Civil Metropolitana de São Paulo (GCM) está em greve. Desde a zero hora de hoje, apenas 30% do efetivo de 6.520 guardas permanece nos postos de trabalho para cumprir a lei de paralisação. A categoria reivindica reajuste salarial desde a aprovação na Câmara de um projeto do prefeito Gilberto Kassab (DEM) que prevê gratificação de até R$ 1.800 a policiais militares que participam de atividades conveniadas com o Município. .
A decisão de cruzar os braços, tomada em assembleia na última quarta-feira, foi ratificada na noite de ontem em encontro da categoria que reuniu cerca de 700 guardas. “A gratificação dos policiais militares foi a gota d’água. Há mais de dez anos a guarda não tem aumento real”, afirmou o presidente do Sindicato dos Guardas Civis (Sindguardas), Carlos Augusto de Sousa e Silva. O salário base é de R$ 855. A GCM quer elevar para R$ 1.281,60. Esta é a primeira vez que a guarda entra em greve, desde a criação, em 1986.
Sousa e Silva disse que durante reunião, ontem, com o secretário de Segurança Urbana, Edson Ortega, ele afirmou não ter planos de aumento salarial até o fim do ano. “O secretário disse até que não é ele quem decide se pode ter aumento ou não.” Segundo a secretaria, no encontro foram apresentadas “as medidas que o governo já tomou e o andamento de outras para modernizar a GCM e valorizar seus integrantes”. A Prefeitura ressaltou que a greve não é “um instrumento que favorece o ambiente para entendimentos”.
Segundo o presidente do Sindguardas, às 19h30 o comandante da GCM, Joel Malta de Sá, teria ligado para pedir o cancelamento da greve em troca de uma reunião com o secretário de Modernização, Gestão e Desburocratização, Rodrigo Garcia. “Prefiro ser taxado de radical do que de vendido”, teria respondido Sousa e Silva.
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domingo, 23 de agosto de 2009
Altamiro Borges - Globo, Record e a urgência da CPI da mídia
O TRT propôs ainda que nenhum grevista seja punido, que metade dos dias parados seja pago e que a reivindicação do abono seja renegociada com o governo do Estado. Durante a paralisação, o governador José Serra demonstrou total intransigência. Os grevistas foram ameaçados de demissão e suas exigências foram desqualificadas por integrantes do executivo. A categoria teme que o governo, que controla a Fundação Padre Anchieta, parta agora para o revanchismo. A postura vingativa do tucano José Serra e seu ódio visceral ao sindicalismo são bem conhecidos.
José Serra e o bloqueio midiático
Conforme denuncia o Sindicato dos Radialistas, a greve foi deflagrada em 10 de agosto porque o governo simplesmente descumpriu o acordo coletivo assinado com a categoria, que previa 5,83% de reajuste e um abono salarial de 35%. “Na verdade, a Rádio e TV Cultura vem ignorando a lei e as reivindicações dos trabalhadores há muito tempo”, garante a entidade, que crítica do Codec, órgão do governo estadual, como responsável maior pela intransigência. Ela ainda responsabiliza a direção da Fundação Padre Anchieta, presidida por Paulo Markun, pela crise da emissora, que acumulou um rombo financeiro de R$ 19 milhões no período recente e é “incompetente”.
A greve dos radialistas da RTV Cultura também serviu para desmascarar as relações promíscuas entre o tucano José Serra e o grosso da mídia hegemônica. Ela tratou a paralisação como “não-notícia”, evitando qualquer realce à mobilização e às demandas dos trabalhadores. A passeata dos grevistas, que ocuparam três faixas da congestionada Marginal do Tietê, não foi noticiada. O bloqueio midiático prova que há uma forte blindagem para defender a trágica gestão do tucano. Caso a greve tivesse ocorrido na TV Brasil, ela seria manchete nos jornalões e nos telejornais. A “ditabranda” da Folha publicaria outro editorial para defender o fechamento da emissora pública.