quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Frase da semana
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Serra vai dobrar gastos com publicidade
Ano que vem a publicidade dobra, o transporte terá mais dinheiro, e a educação, menos. À primeira vista, é isso que salta aos olhos de quem lê o Projeto da Lei Orçamentária do Estado de São Paulo para 2009, proposto pelo governo José Serra à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Atendo-se à publicidade, o governo tucano terá a sua disposição R$ 313 milhões para o setor de comunicação social no ano que antecede a eleição para presidente. Quase o dobro do valor de R$ 166 milhões gastos neste ano nessa área.

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Mas o deputado Raul Marcelo (Psol/SP) discorda. “Configura-se de forma clara que isso (o excesso de verbas para a publicidade) tem um componente eleitoral para 2010”, afirma.
Ele pondera, ainda, que eticamente, além do objetivo eleitoral, o dinheiro está sendo investido no lugar errado. “Só a cidade de São Paulo tem 1,3 milhão de desempregados; além disso, o Estado possui 1 milhão de terras devolutas, e esses recursos poderiam ser utilizados para fins de reforma agrária” analisa o deputado.
Já o economista Eduardo Marques, compara os números. São R$ 313 milhões empenhados somente para o setor da publicidade em 2009. Com esse dinheiro, seria possível a construção de 156 escolas públicas, ou 6 hospitais de grande porte, ou ainda 10 mil moradias populares. Marques fez parte da assessoria técnica da bancada estadual do PT na Alesp que apresentou, no dia 9 de dezembro, uma análise crítica sobre o total da peça orçamentária para 2009.
Marques, que também integra o Fórum Paulista de Orçamento Participativo, critica – além do excesso de gastos para o setor da publicidade – a ausência da população na elaboração das diretrizes orçamentárias para o Estado. Uma ausência, segundo ele, induzida pelo próprio governo. “Esse governo não fez nada próximo à participação popular, não tem essa característica; e promove audiências públicas com, no máximo, 20, 30 pessoas; e sempre com difícil acesso”, lembra ao Brasil de Fato. líder do governo tucano na Assembléia Barros Munhoz justificou publicamente que o dinheiro não será empenhado para gastos pessoais do governador, mas sim para campanhas publicitárias que têm a intenção de divulgar ações governamentais que necessitam da participação direta do contribuinte, como a Nota Fiscal Paulista.
Obras à vista
Ano a ano o Estado de São Paulo quebra recordes de arrecadação, e isso reflete diretamente no orçamento. Para 2007, foram R$ 85 bilhões; no ano seguinte, R$ 98 bilhões; e para 2009, R$ 115 bilhões. Os investimentos passaram de R$ 7,3 bilhões em 2007 para R$ 18,5 bilhões em 2009. O que significa que, com a aproximação das eleições presidenciais de 2010, obras em diversas setores serão tocadas, sobretudo no setor dos transportes.
Conforme a análise do orçamento feita pelos petistas, o governo de José Serra não incluiu nenhuma previsão de aumento para o funcionalismo público, e a educação perderia espaço na distribuição dos recursos para o setor dos transportes. Dados internos do PT prevêem, por exemplo, menos 26% para a manutenção do ensino fundamental e menos 80% para o ensino médio.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Gestão Kassab: no transporte público 4 anos quase perdidos
O jornal Agora, do grupo Folha, faz um balanço da gestão Kassab na questão do transporte público. A manchete: “Corredor é desafio de Kassab nos transportes”.
Qual é o diagnostico após 4 anos de gestão demo-tucana?
Segundo pesquisa publicada na semana passada, a gestão Serra-Kassab do transporte municipal foi responsável pela queda de 20 pontos na aprovação do usuário do sistema. De 61% de aprovação em 2004 a 40% hoje, qual é a explicação de tamanho desastre?
Uma parte da explicação, recolhida na manchete do Agora, é a queda de 11% na avaliação dos coletivos que trafegam nos corredores exclusivos em apenas um ano.
Para todos os especialistas em transporte, os corredores são a resposta adequada aos problemas do transito e do transporte público na cidade, conjuntamente com a extensão da rede do metrô. Acontece que em 4 anos nenhum corredor novo foi construído, apenas 8 km do ex-fura-fila foram concluídos (transportando um número muito pequeno de passageiros).
Já em relação aos corredores existentes eles perderam a fluidez que tinham quando implantados na gestão Marta Suplicy por falta de fiscalização, expansão da frota de veículos particulares e falta de planejamento.
O jornal Agora diz que a prefeitura promete criar faixas exclusivas, uma repetição do que fora prometido 4 anos atrás e que não foi cumprido.
Paradoxalmente, o jornal escreve que “Comparando os cenários do transporte público de 2004 e 2008, houve avanços significativos.”
Resta a convencer os usuários que aprovavam a 60% o sistema em 2004, e o desaprovam na mesma proporção hoje.
Se acrescentarmos que as empresas recebem hoje subsídios gigantescos e a prefeitura conta com um orçamento anual de R$10 bilhões a mais que em 2004, os avanços insignificantes ficam menores ainda, como constatam consternados os usuários do transporte público da cidade.
Como considerar um avanço “significativo” nesse contexto, a conclusão de apenas 8 km do fura-fila? É bom lembrar, como disse o próprio jornal, que a totalidade dos seus 31,8 km de extensão deviam ser entregue este mês, pelas promessas da prefeitura. Agora a promessa é para o próximo mandato, como ficaram para o próximo mandato os 5 corredores novos não realizados (convém ter presente que em 4 anos, a gestão Marta Suplicy construiu mais de 100 Km de corredores, com finanças bem menores que as atuais)
Como se vê, só com muita e “significativa” boa vontade podemos falar de “avanços”!

Pesquisa Associação Nacional de Transporte Público (ATTP)
Fonte: Blog do Favre
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Frase de pára-choque de caminhão
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Brasil é eleito o 'país do ano' por agência dos EUA
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Presente de Grego
No dia 02 de outubro passado, escrevi um artigo intitulado "O tempo não Pára", parafraseando o título de uma obra de Cazuza, explicitando uma preocupação quanto à crise e suas conseqüências, particularmente sobre a classe trabalhadora. Estava na cara que iriam jogar sobre nós os custos das perdas que banqueiros, investidores, especuladores e grandes empresários tiveram no jogo de "roleta russa" a que nos submeteram - claro - que com a "arma" apontada pra nossa cabeça.
Mesmo reconhecendo o fracasso das políticas neoliberais, das quais "tucanos" e "demos" foram seus fiéis seguidores, levando a cabo todas as diretrizes do chamado Consenso de Washington, neste momento não faltam oportunistas querendo aparecer com medidas extravagantes como receita para o enfrentamento da crise. Chegam atrasados ao baile, e ainda se recusam a tirar a máscara.
O último desses oportunistas, como não poderia deixar de ser, é o secretário de emprego e relações de trabalho de São Paulo, Afif Domingos, secretário de José Serra, querendo aparecer com uma dessas medidas que se retiram de uma "varinha de mágica". Essa tem nome inglês, layoff. Em um bom português, significa desemprego temporário. Dá vontade de rir pra não chorar!
Segundo este senhor e sua equipe, o milagre para o enfrentamento da crise durante o ano de 2009 consiste no seguinte receituário: a) as empresas suspendem o contrato de trabalho do/a trabalhador/a, por 10 meses; b) neste período, mesmo não havendo rescisão de contrato, o/a trabalhador/a entra no cadastro de desemprego; c) como tal, passa a perceber parcelas do seguro desemprego, que seriam ampliadas para 10 meses; d) não haverá nenhum custo para as empresas; e) para sua viabilidade, deve-se alterar a CLT através de uma Lei Ordinária ou de uma Medida Provisória. Ressalta-se que a equipe do Sr. secretário, propõe que seja através de MP. Ironia do destino. Os tucanos que tanto batem nas MPs, quando lhes convêm, estas não representam nenhum problema. Segundo estes alquimistas, ao final dos 10 meses as empresas, dependendo dos rumos da crise, poderão confirmar ou não a suspensão definitiva do contrato de trabalho. É LAMENTÁVEL...!
Esta receita será levada ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - CODEFAT. Segundo seus mentores (Afif, Serra e Cia. Ltda.), os custos desse milagre giraria em torno de R$ 6 bilhões em 2009. Resumo da história: 1) Nós trabalhadores/as não geramos crise alguma mais querem que paguemos a conta, flexibilizando direitos da forma mais oportunista jamais vista. Se há R$ 6 bilhões para desempregar, porque não se investe este dinheiro em políticas estruturantes que estimulem mais crédito, mais investimentos na produção e gerem mais emprego? Ao contrário do que de forma "equivocada", foi publicado no O Globo, Diário de São Paulo e Agência Brasil, a CUT se coloca de forma veemente contrária a este tipo de solução para o enfretamento da crise. Pois esta responsabiliza e penaliza a classe trabalhadora e isenta os verdadeiros responsáveis pelos impactos da crise em nosso país, tucanos e demos, que com este tipo de proposta, mesmo reconhecendo o fracasso daquilo que já fizeram, não perdem a chance de mostrarem suas verdadeiras faces neoliberais. No fundo sabemos que o patronato vai utilizar do discurso da crise para reestruturar e desempregar.
Nossa Central Sindical, já explicitou de forma muito clara para o Governo, empresários e toda a sociedade que, não vai dar tréguas a nenhuma empresa, privada ou estatal, que se utiliza da crise como justificativa e apresenta o desemprego como única alternativa. Sobretudo, não vamos permitir que recursos públicos que podem potencializar o papel do Estado como indutor do desenvolvimento, sejam utilizados para dar de presente aos trabalhadores/as neste Natal, um verdadeiro "presente de grego". ABAIXO LAYOFF! ABAIXO O DESEMPREGO E SEUS MENTORES. Contra o aparelhamento do estado em favor do capital. Não permitiremos!
Essa medida expressa o caráter do governo José Serra - autoritário, não dialoga com os movimentos sociais, nega-se a reconhecer e implantar o Piso Salarial Nacional do Magistério, desrespeita o funcionalismo público e coloca o Estado a serviço dos interesses de patrões e banqueiros. Na verdade, Serra e seus mascotes, representam interesses que a sociedade brasileira já repudiou. É BOM QUE ESTADO DE SÃO PAULO SAIBA E NÓS MOSTRAREMOS.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Serra, queremos redução do icms
E agora vampiro?

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Quando houve o leilão que deu a concessão das rodovias paulistas- em que ganharam cinco empresas (Invepar/OAS, BRVias, Brasinfa, Triunfo Participações e Consórcio Integração/Odebrecht) - foi acertado que as ganhadoras deveriam apresentar garantias de curto e longo prazo por meio de carta de crédito para que fossem analisadas, em momento posterior, pela Comissão de Julgamento e Processamento.
Conforme noticiado pelo Estadão, três das cinco empresas - BRVias, Brasinfa e Triunfo Participações - não honraram o acordo e estão perto de serem desqualificadas por descumprimento das regras. As três juntas concordaram em pagar R$ 1,52 bilhão pelo direito de operar as estradas, sendo 20% à vista (previsto para ser quitado nesta segunda-feira, 15/12) e o restante em 18 parcelas.
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Empresas descumprem exigências e podem perder concessão de rodovias
Das cinco companhias que ganharam leilão para explorar estradas de SP, duas não conseguiram financiamento
Renée Pereira
Três das cinco empresas vencedoras do leilão de concessão das rodovias paulistas, realizado em 29 de outubro pelo governo do Estado de São Paulo, estão perto de serem desqualificadas por dificuldade na obtenção de crédito, problemas financeiros e descumprimento das regras do edital. Na mira da Comissão de Processamento e Julgamento das Propostas, sob coordenação da agência reguladora Artesp, estão Triunfo Participações, BRVias e Brasinfra.
Elas arremataram, respectivamente, 974 quilômetros das rodovias Ayrton Senna-Carvalho Pinto, Marechal Rondon Oeste e Marechal Rondon Leste, com deságios que variaram de 13,09% a 54,9%. Mas, de acordo com informações obtidas pelo Estado, duas das empresas não conseguiram fechar uma estrutura de financiamento com os bancos para honrar compromissos do programa de concessão e a outra não entregou todos os documentos exigidos.
A situação põe o governo paulista numa situação delicada. Além de contar com o dinheiro para fazer vários investimentos na área de transporte, o anúncio de desclassificação das empresas pode ser entendido como um fracasso do leilão, o que seria uma publicidade negativa para o governo de José Serra. Apesar disso, o governador avisou que não vai interferir na decisão da Artesp sobre o caso.
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Fonte: Conversaafiada
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Pesquisa PIG - lá eles levam de lambuja
em uma atitude que acho desesperada o site do Estadão está fazendo uma pesquisa que faz a seguinte pergunta ao leitor: "Você aprova o governo do Lula?".
Dadas as caracteristicas dos leitores do Estadão, o não está vencendo. Sugiro a todos a ida ao site para colocar as coisas em seu devido lugar. Eu já votei SIM.
Tonin - Porto Velho (RO) - Assalariado
PARA VOTAR NA ENQUETE DO ESTADÃO, CLIQUE AQUI
Comentário: É uma tremenda malandragem do Estadão. O site do jornal não informa que é uma pesquisa sem qualquer base científica. Assim, muita gente desinformada pode acabar deduzindo que aquela é a pesquisa verdadeira.
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Fonte: Blog Cidadania.com
domingo, 14 de dezembro de 2008
'Não faz sentido' Metrô ter ambulância, diz Serra

sábado, 13 de dezembro de 2008
Dinheiro pra que Dinheiro?


Daniel Gonzales - O Estado SP
Começa à 0h da próxima quarta-feira a cobrança de pedágio no Trecho Oeste do Rodoanel. O motorista vai pagar tarifa única de R$ 1,20, sempre nas saídas da pista, ao longo dos 32 km do percurso. Previsto para começar na próxima segunda-feira, o pedágio foi adiado porque, de acordo com a Agência Reguladora de Transportes do Estado (Artesp), foi necessária a realização de campanha educativa para os motoristas. Desde ontem, funcionários distribuíam folhetos nas cabines, cuja construção foi concluída há uma semana. Faixas de aviso também foram colocadas perto dos pontos de cobrança.
As 13 linhas de cabines estarão espalhadas nas saídas para as cinco rodovias cruzadas pelo Trecho Oeste - Bandeirantes, Anhangüera, Castelo Branco, Raposo Tavares e Régis Bittencourt -, além da ponta do Rodoanel na zona norte, a Avenida Raimundo Pereira de Magalhães. Também haverá dois pontos de cobrança na única saída do Trecho Oeste que dá acesso a um bairro, o Bairro Padroeira, em Osasco.
Na pista do Rodoanel sentido Raimundo Pereira de Magalhães, as praças estarão no Km 0 (saída para a própria Raimundo), 3,6 (Bandeirantes), 6,7 e 7 (saídas para a Anhangüera), 15,6 (Castelo Branco), 21 (Bairro Padroeira), 24,7 (Raposo Tavares).
Na direção oposta (sentido Régis Bittencourt), as praças ficarão nos Km 3 (Bandeirantes), 6 (Anhangüera), 14 (Castelo Branco), 19,5 (Bairro Padroeira), 24 (Raposo Tavares) e 25,3 (última saída, já na Régis).
Com o movimento diário de 145 mil veículos no Trecho Oeste (80% carros e o restante veículos comerciais, ônibus e caminhões, que pagarão R$ 1,20 por eixo), é estimada arrecadação diária em torno de R$ 200 mil com os pedágios.
Segundo a concessionária RodoAnel, que vai operar o trecho, serão investidos R$ 465 milhões obtidos com o pedágio em melhorias de segurança e fluidez nas pistas. Outra parte vai para campanhas educativas voltadas a caminhoneiros e contra o consumo de álcool por motoristas. Comunidades carentes próximas do Rodoanel terão cinemas gratuitos com parte dos recursos, promete a concessionária. Além disso, a RodoAnel vai pagar R$ 2 bilhões ao governo do Estado, como contrapartida à exploração do Trecho Oeste.
Segundo o secretário de Estado de Transportes, Mauro Arce, o dinheiro custeará as obras do Trecho Sul, de 61,4 km, iniciadas em setembro de 2006 e com conclusão prevista para 2010. Este trecho integrará as Rodovias Anchieta e Imigrantes ao Rodoanel.
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Fonte: Blog do Favre
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"O legal do povo em São Paulo é que a grande parte burguesa pensa como o governador, que está na suiça, e que é mais do que justo pagar R$ 4,00, R$ 10,00 ou R$ 18,00, pelo pedágio, e dizer orgulhoso temos as melhores estradas do país. Esse pensamento é dissipado pela imprensa, que apóia as iniciativas, o grande entrave é o pobre, o mesmo que adora o Lula, que geralmente não tem condições de pagar uma pequena fortuna para ir para Santos por exemplo. Pena que esse mesmo pessoal cai como patinhos nas propagandas que o Sr. Serra faz, e acha um luxo comer as migalhas do queijo suiço".
O "choque de gestão" já não é mais o mesmo
Prefeito iniciará novo mandato com 27 secretarias, seis a mais do que quando assumiu; prefeitura diz não saber custo total da medida
Aumento da estrutura municipal contradiz discurso de oposição dos principais dirigentes do DEM em relação à União
FOLHA SP
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) iniciará seu segundo mandato com um número recorde de secretarias: 27, seis delas criadas por ele mesmo. A decisão de aumentar a estrutura municipal foi tomada para acomodar aliados.
O prefeito já confirmou a criação de duas pastas para o DEM: Controle Urbano e Desenvolvimento Urbano. Também prometeu dar status de secretaria a duas coordenadorias comandadas por tucanos: Direitos Humanos e Segurança.
Agora colocou José Aristodemo Pinotti (DEM), deputado federal, na Secretaria Especial da Mulher. Uma sexta pasta foi criada por Kassab no início do ano a fim de abrigar outro antigo aliado, o deputado estadual Rodrigo Garcia -seu ex-sócio.
A assessoria de Kassab diz que, de modo geral, as novas secretarias usarão estruturas já existentes, uma vez que a idéia é “dar status” de secretário para alguns cargos já ocupados.
Discurso e prática
A prática da atual gestão se mostra bem diferente do discurso que elegeu José Serra (PSDB) em 2004 -Kassab era o seu vice. O hoje governador dizia que sua adversária à época, a então prefeita Marta Suplicy (PT), tinha a equipe “inchada”. Marta deixou a administração com 21 secretarias -criou as pastas de Relações Internacionais e de Segurança.
O recorde do número de secretarias na gestão municipal também colide com o discurso de oposição dos principais dirigentes de seu partido em relação ao governo federal.
No primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, quando o presidente criou seis novas vagas para abrigar aliados políticos do PT- parlamentares do PFL (depois rebatizado de DEM) criticaram a iniciativa.
Ao final daquele ano, o então presidente nacional do PFL e um dos principais interlocutores de Kassab, Jorge Bornhausen, deu esta declaração: “O governo criou seis novos ministérios e secretarias especiais. Patente a incompetência de seus colaboradores e a ineficiência dos novos ministérios, o Planalto se recusa a rever esse verdadeiro cabide de empregos.”
Procurado ontem pela Folha, Bornhausen afirmou, por meio de sua assessoria, que não comentaria as medidas de seu aliado e colega de sigla.
Mesma estrutura
A assessoria de Kassab afirma que nem todos os novos cargos no primeiro escalão criados por ele precisarão de novas estruturas na máquina municipal e de eventual aumento do gasto público.
As pastas de Segurança e de Direitos Humanos, dizem os assessores, utilizarão os mesmos espaços físicos que já ocupam atualmente como coordenadoria e comissão, respectivamente. Nos dois casos, não será preciso aumentar o número de funcionários, afirmam.
Nas pastas de Controle Urbano e Desenvolvimento Urbano ainda há certa indefinição. As duas novas pastas surgirão do desmembramento de estruturas já existentes. A gestão de Kassab não tem clareza sobre a necessidade de criação de cargos nem sobre a demanda orçamentária.
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Fonte: Blog Opinião Pontual
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
O quanto o povo paga por falsas promessas
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Uma discussão entre vereadores e representantes da São Paulo Transporte (SPTrans) durante audiência ontem na Câmara Municipal colocou em xeque a manutenção da tarifa do transporte coletivo a R$ 2,30 em 2009, como prometeu o prefeito Gilberto Kassab (DEM) na campanha à reeleição. Pelos cálculos da Comissão de Transportes do Legislativo, com base em informações fornecidas pelo próprio governo, serão necessários R$ 1,1 bilhão de subsídios para viações e cooperativas em 2009 para evitar o reajuste.
Kassab, no entanto, previu no orçamento conceder R$ 600 milhões em subsídios, valor já pago este ano e reduzido em R$ 76 milhões com o corte de 7,5% no orçamento de 2009. Mas, se for levado em conta que a remuneração média recebida por empresários e perueiros por passageiro transportado é hoje de R$ 1,58, e a média anual de viagens é de 2,850 bilhões, o sistema vai custar R$ 4,504 bilhões em 2009. A previsão fornecida pela SPTrans com a arrecadação das viagens no próximo ano, entretanto, é de R$ 3,4 bilhões.
No momento em que os vereadores apresentaram o cálculo e registraram o déficit, os representantes da SPTrans ficaram calados por alguns segundos. Em seguida, após conversa com assessores, o diretor-adjunto de Gestão e Receita da empresa, José Carlos Martinelli, afirmou que no cálculo de R$ 1,58 estava também embutido os repasses previstos às viações com a “operação em terminais”. No final da audiência, o diretor declarou não reconhecer os números da comissão, mas que ajustes, como corte de gastos, precisam ser feitos para garantir a tarifa a R$ 2,30.
“Na rubrica chamada compensações tarifárias entraram novos cálculos nos últimos anos, como a operação dos terminais. (O R$ 1,1 bilhão) É uma conta que não bate. A conta razoável é a de R$ 600 milhões”, argumentou Martinelli. Os vereadores, porém, não se convenceram das explicações.
PARLAMENTARES
“Queremos saber de onde a Prefeitura vai tirar quase R$ 600 milhões de diferença”, afirmou o vereador Abou Anni (PV). Para a governista Mara Gabrili (PSDB), novas audiências precisam ser realizadas para esclarecer os números das contas. “Se o prefeito prometeu que vai manter a tarifa, é lógico que ele vai cumprir. Só precisamos saber mais detalhes sobre como as contas do sistema vão fechar”, comentou.
A oposição aproveitou para atacar Kassab e pretende levar o caso ao Ministério Público Estadual (MPE). “A sociedade não foi informada sobre o custo de R$ 1,1 bilhão para a manutenção da tarifa. O eleitor foi enganado quando recebeu a informação de que R$ 600 milhões em subsídios seriam suficientes”, criticou Antonio Donato (PT).
Se chegar a R$ 1,1 bilhão, o valor dos subsídios seria suficiente para a construção de quatro pontes estaiadas iguais à da Marginal do Pinheiros ou 44 Centros Educacionais Unificados (CEUs) para 3.500 alunos cada.
EMPRESÁRIOS
Logo após a audiência, a reportagem conversou com dois empresários, um dono de viação de ônibus e outro sócio de cooperativa de perueiros, ambos concessionários e permissionários na zona sul da capital paulista. Os dois foram enfáticos ao afirmar que será necessário pelo menos R$ 1 bilhão de subsídio para fechar a conta do sistema em 2009, caso a passagem seja mantida a R$ 2,30. “O dissídio do contrato das viações com o governo ocorre em março. Com certeza haverá um bom reajuste no R$ 1,58 pago por passageiro transportado, isso se o prefeito não quiser fazer remanejamentos para ampliar os subsídios”, disse um dos empresários.
Ao apresentar seu texto final, o relator do orçamento e responsável pelo corte no orçamento de 2009, vereador Milton Leite (DEM) - ligado às cooperativas de perueiros da zona sul -, dizia que o novo orçamento não vai causar aumento de passagem, apesar do subsídio menor. “O prefeito pode depois transferir mais dinheiro para os subsídios, como já fez neste ano”, afirmou um empresário, na época, que pediu sigilo. Por meio de transferências do superávit financeiro, Kassab aumentou em mais de R$ 80 milhões os subsídios pagos neste ano ao setor. O superávit acumulado pela Prefeitura nos últimos quatro anos, que era de R$ 1,7 bilhão em janeiro, hoje é de R$ 447 milhões.
Já o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo (SindMotoristas) teme que os 20 mil funcionários de viações e cooperativas fiquem sem aumento em 2009 para custear a manutenção da tarifa. O dissídio da categoria está previsto para ocorrer em março. “O prefeito concedeu 1 hora a mais de gratuidade (no bilhete único) e isso já causou um rombo nas empresas. Quero ver qual é a mágica que o governo vai fazer agora para fechar as contas. Ninguém é a favor de aumento de passagem, mas só espero que os trabalhadores não paguem por isso”, afirmou Isao Hosogi, presidente do SindMotoristas. “E os condutores com certeza vão querer aumento no ano que vem, pois a inflação em 2009 deve chegar a mais de 9%.”
NÚMERO
Votou nele esperando construção de creches? "sifu"

A obra da gestão Gilberto Kassab (DEM) foi largada e nenhum segurança ou guarda municipal foi colocado no local. Com isso, tijolos, madeiras e outras materiais de construção foram levados por invasores -no último sábado, a reportagem presenciou um caminhão sendo carregado na entrada do prédio por mais de uma hora.
A creche, projetada para abrigar 160 crianças, deveria ter sido entregue em agosto. O prazo foi estendido até anteontem, em razão de ocupações do terreno e de atrasos da construtora, mas tampouco foi cumprido. No local, há hoje apenas a estrutura de alvenaria.
Segundo moradores de Sapopemba, a obra enfrenta problemas desde o início de sua construção, em 2007. O último abandono, dizem, ocorreu entre o final de outubro e o início de novembro. Os operários haviam retomado os trabalhos após o primeiro turno eleitoral.
R$ 1,05 milhão
A cidade de São Paulo tem hoje um déficit de cerca de 80 mil vagas em creche. Na eleição, Kassab prometeu que iria "zerar o déficit". O presidente da Sociedade Estrela do Bairro, conhecido como Capoeira, reclama do que chama de "uso eleitoreiro da obra". "A construção já estava parada havia uns três meses. Os operários reapareceram por volta de duas semanas antes do segundo turno. Passados dois ou três dias das eleições, eles saíram novamente, deixando os materiais e a obra do jeito que está, abandonada"
A obra, localizada na rua Salvador de Mesquita, em Sapopemba, a construção era ocupada por meninos, que aproveitavam o último pavimento para empinar pipas. O portão principal se encontrava aberto e era transitado livremente, assim como uma porta com saída para a rua atrás da construção. Não havia operários trabalhando. Do lado de fora, entulho se acumulava. Os moradores dizem que à noite o local é mais perigoso, pois vira um ponto de uso de drogas. A construção é vizinha de uma escola pública infantil. O custo estimando da construção é de R$ 1,05 milhão. Até agora, foram feitas a fundação e 80% da estrutura, o equivalente a 40% da obra, segundo a Secretaria da Educação. Ah e tem mais: SP gastará R$ 600 mi para manter tarifa de ônibus.
SP fica atrás de 13 Estados e deixa de cumprir metas da educação

Lelê Teles: Em defesa de Lula
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Lula, a Folha e os intelectuais
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Três patetas

“Em nota conjunta, o PSDB, o DEM e o PPS rebateram às críticas do PT à suposta responsabilidade do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) pelos efeitos da crise econômica mundial no Brasil. Reportagem da Folha informa que o tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, disse que o governo FHC e o DEM foram os patrocinadores da crise.”
Li a tal “nota conjunta” assinada pelos presidentes do PSDB, do DEM e do PPS. Reproduzirei a íntegra abaixo e depois de cada parágrafo dela, que estarão em itálico, farei meu comentário.
O PT esgotou seu prazo de carência para atribuir ao passado a culpa pelos efeitos da crise econômica. Depois de seis anos do Governo Lula, a legenda do oficialismo surpreende o País com uma dupla incongruência: se o Presidente oficializou a versão, evidentemente falsa, de que o Brasil não sofre os efeitos da crise econômica, como atribuir a onda de desemprego e de forte recesso das atividades produtivas ao "governo anterior"? Como governistas no poder podem culpar o "passado" por uma "realidade" que o seu Presidente nega peremptoriamente?
Primeiro, não entendi uma coisa nesse primeiro parágrafo da tal nota: quando as coisas dão certo, são mérito de FHC – a tal “herança bendita”. Dizem que o PT manteve o modelo tucano. E agora a culpa por uma crise que surgiu bem longe daqui é do PT. Os oposicionistas perguntam como pode o PT “culpar o passado por uma realidade que o Seu presidente nega peremptoriamente”. Que realidade? Que há crise? Quando Lula negou que a crise exista e que o Brasil será afetado? O que Lula disse foi que o país será menos afetado do que outros países. O FMI diz a mesma coisa, a OCDE diz a mesma coisa e dezenas de economistas e instituições ao redor do mundo dizem a mesma coisa.
As manifestações petistas refletem o pânico que vivem em função das reações da população, por eles mesmos expostas detalhadamente na reunião de São Roque (SP). Reconhecem a crescente incapacidade do Governo para enfrentar a crise e indicam que escolheram um perigoso e débil álibi: queixam-se de um passado remoto - o qual denominam "governo anterior" - a que já tiveram tempo suficiente não apenas para superar, mas para revogar e denunciar seus atos, o que jamais fizeram.
Será que as “reações da população” contra o governo Lula a que se refere o triunvirato destro são as “reações” que se viu na última pesquisa Datafolha?
Após seis anos de juros altos, de populismo cambial, de permissividade nos gastos públicos, de escândalos financeiros e corrupção disseminada e acobertada, o PT e o Governo Lula não apenas têm todas as culpas como, em vez de procurar bodes expiratórios remotos, mostram-se incapazes de apresentar à Nação um programa efetivo e transparente de ações do Estado brasileiro para enfrentar os reflexos do quadro de evidente calamidade para o qual caminha a economia mundial e que se agrava a cada dia.
O que mais me chamou atenção nesse parágrafo foi a menção a “populismo cambial”. Os membros do governo que manteve o dólar engessado por decreto por cinco anos (o governo FHC) e que fez o Brasil mergulhar em recessão, desemprego e o endividou até o pescoço agora chamam de “populismo cambial” um sistema de dólar livre em que o governo, inclusive, vinha comprando essa moeda para segurar a cotação. Depois não entendem por que Lula não cai nas pesquisas.
Em vez de convocar as forças vivas da Nação, independentemente e acima das divisões partidárias, para a indispensável mobilização da sociedade, os petistas partem para provocações mesquinhas e facilmente desmoralizadas.
Essa história de “forças vivas da nação” já vi no Equador e na Venezuela, e é uma espécie de fetiche dos reacionários de ultradireita. Aliás, o presidente equatoriano, Rafael Correa, disse que não são forças vivas coisa nenhuma, mas forças “de vivos”, ou seja, de espertalhões que viram minguar sua fonte de moleza com as eleições dos presidentes de esquerda pela América Latina e, agora, até alguém da esquerda possível nos EUA passará a governar o país que manda nesses três patetas reacionários.
O Governo Lula já representa o próprio passado de que reclamam os petistas, que, portanto, atingem a si mesmos.
O papel aceita tudo. Eles acham que já elegeram Serra presidente só porque colocaram o Kassab na prefeitura da cidade mais conservadora do país, onde até o Maluf nadou de braçada durante décadas. Palhaços. Esquecem que Serra ganhou em 2004 e em 2006 a oposição levou uma surra nas urnas. E olhem quem nem em 2002 nem em 2006 Lula tinha tanta popularidade.
Brasília, 8 de dezembro de 2008
Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Sérgio Guerra (PSDB-PE)
Roberto Freire (PPS-PE)
De todos os três patetas do atraso, o mais patético é esse Roberto Freire. O cara era comunista. Acho que para deixar de ser comunista e virar aliado da nata da direita brasileira, e ainda por cima depois de velho, é preciso ter desprezo por ideais. É preciso ser um grandíssimo canalha.
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Fonte: Blog Cidadania